Angel Baby

Capítulo 31

Mariano narrando

Eu estava ali, agarrado com Luci e só conseguia chorar.
Ouvi as batidas na porta, era a comida e o teste. A sentei na cama e fui pegar as coisas na porta.

- Eu vou fazer o teste e volto para comer. Ela caminhou até o banheiro e eu fiquei sentado ansioso. Em poucos minutos ela voltou e se sentou ao meu lado.

- E aí? - Eu estava mega ansioso.

- Deixei lá, daqui a pouco temos o resultado. - Ela sorriu gentilmente.

- Desculpe Luci. - Meus olhos estavam rasos de lágrimas.

- Desculpe pelo o quê? Do que você está falando? - Ela sorriu e limpou a lágrima que escorria no meu rosto.

- Eu não te perguntei se você queria ser mãe, não perguntei se já estava preparada... - Eu me sentia uma pessoa ruim, mas ao mesmo tempo eu estava radiante com a ideia de ser pai.

- Pare com isso! Um dos meus maiores sonhos é ser mãe. Tenho um privilégio tão grande de você ser o pai. Sei que nosso bebê será muito amado e terá uma ótima educação. Eu que te peço desculpas, você está preparado pra ser pai?

- Você nunca mais me peça desculpas por nada. Esse é um sonho que achei que nunca iria realizar. Eu não estou sabendo lidar com tudo o que está acontecendo. - Eu a abracei e dei m beijo em sua testa. - Senta, eu vou pegar a comida. Agora mesmo que você tem que se alimentar. - Ela sentou e eu peguei sua comida.

- Está preparado para saber se vai ser pai ou não ? - Ela riu para mim. Se levantou após comer e caminhou em direção ao banheiro. Eu não conseguia me levantar da cama, não sentia minhas pernas. Ela trouxe o teste com o visor virado para baixo.

- E aí? O que deu? - Eu estava suando frio. Arranquei a gravata e o blazer, desabotoei a blusa no colarinho e nos pulsos.

- Ainda não vi. Vamos ver juntos. Está preparado?

- Sim. - Respirei fundo.

- 3, 2 ,1... - Ela virou o visor do teste e estava lá + ou - uma semana. - Mariano! Estamos grávidos. - Ela caiu na gargalhada e chorava ao mesmo tempo.

- É sério? Meu Deus! Eu acho que vou ter um treco. - Meu coração disparou de uma forma que eu comecei sentir dormência por tudo meu corpo. Minha boca estava seca e tudo ao meu redor girava.

- Mariano! Deita aqui. Deita! - Ela ria de mim e chorava ao mesmo tempo. - Você está pálido.

- Luci, eu não estou me sentindo bem. - Coloquei a mão no peito, parecia que meu peito ia explodir. Eu não estava acreditando no que estava acontecendo.

- Não vai me deixar viúva e com um filho pra criar sozinha, heim! - Ela ria de mim, pegou água e me ajudou a beber.

- Deita aqui perto de mim. Vem aqui, vem... Eu não sou louco de deixar uma mãe gostosa dessa viúva. Com certeza vai ter um monte de caras querendo criar nosso filho. - Tentei me concentrar e normalizar meus pensamentos.

- Você é um bobo. Obrigada por me fazer tão feliz.

- Eu que agradeço. - Ficamos deitados por alguns minutos. - Agora temos que falar para o pessoal, eles podem estar preocupados. Ainda mais nossos pais. Ah, meus pais... Eles vão ter um treco quando descobrirem, com certeza estão mega ansiosos pra saber o que está acontecendo.

- Então vamos logo contar, você está melhor? - Disse que sim com a cabeça. Ela levantou e me deu a mão. Fomos caminhando até a escada. Avistei meu pai e minha mãe entrando na sala. Soltei a mão de Luci e desci a escada correndo, como se fosse uma criança ansiosa para contar algo.

- Pai, mãe. Vocês vão ser avós. - Não consegui fazer rodeios, já joguei logo a bomba. Não dava para ser formal. Peguei meu pai no colo e comecei a correr com ele pela casa.

- O quê? É sério isso Luci? - Minha mãe perguntou. Luci estava descendo a escada. Ela gargalhava me vendo com meu pai no colo.

- Sim... - Ela correu em direção a minha mãe e a abraçou. - Nossa família já vai aumentar. - Minha mãe não se conteve e caiu em lágrimas.

- Chame a mãe de Luci, por favor. - Eu falei com um dos seguranças que estavam perto da entrada. Meu pai abraçou Luci, depois que o coloquei no chão, éramos só choro.

- O que houve? - A mãe de Luci estava assustada.

- Mamãe, a senhora vai ser avó. - Luci a abraçou.

- Que notícia maravilhosa, minha filha. - Estávamos todos chorando juntos.

- Parabéns meus amores. - Minha mãe batia palmas. - Nossa família vai crescer. Eu tenho que contar para minhas amigas que eu vou ser vovó. Vem aqui. - Ela puxou a mãe de Luci e lhe deu m abraço. - Obrigada por essa filha especial. Obrigada Luci, por ter entrado na nossa família e fazer o nosso filho feliz. - Ela segurou a mão de Luci.

- Vamos avisar aos convidados? - Luci falou com empolgação.

- Sim. Vamos sim. - Dei a mão para ela e saímos para o quintal. Pegamos o microfone e chamamos a atenção de todos.

- Você fala. - Luci empurrou o microfone para mim. Como eu queria gritar pro mundo que eu ia ser pai, nem questionei.

- Olá, boa tarde. Estamos aqui pra agradecer a todos que estão aqui nos prestigiando. Mais cedo Luci teve um mal estar e graças a Deus temos um médico aqui que pode examiná-la. - Fiz reverência a ele. - Como alguns aqui sabem, a minha relação com Luci foi tudo muito rápido, mas para que esperar quando se tem amor? E pra não quebrar as regras, gostaria de comunicar que nossa vida de casado começou hoje e já vamos ter um grande presente. Nossa família vai aumentar, estamos grávidos. - Todos aplaudiram e gritaram nos parabenizando. A emoção era visível nos olhos dos convidados. Eu abracei Luci e só sabia chorar.

- Obrigada por todo esse amor. Eu te amo. - Luci falava e me olhava com olhos profundos e apaixonados.

- Ainda não acabou a surpresa. - Fiz o sinal e entraram com o carro que meus pais compraram para Luci. - Tem casa também, a nossa e a da sua mãe. Tudo aqui no mesmo condomínio. Feliz aniversário meu amor. - A puxei e tomei seus lábios.