Capítulo 38

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Mariano narrando

Os dias passaram voando, aproveitamos ao máximo a visita de Seo-joon e Sunshine. Nossos pais amaram conhece-los. Ele voltaram para o Brasil e nós seguimos a vida aqui na Itália.
Miguel parece um anjinho, não dá trabalho nenhum. Só mama e dorme.
Luci o amamenta a madrugada toda, dá para ver o cansaço em seu rosto. Mas ela fez questão de cuidar dele.
Ele gosta de dormir no meu tórax, eu deito de barriga para cima e ponho Miguel em cima de mim, ele rapidinho dorme.
Estou tão feliz com a minha família, nem nos meus melhores sonhos eu pensaria que poderia ser feliz assim.
Estou vivendo um momento mágico, já penso em encomendar outro herdeiro. Quero encher a casa de filhos, agora é saber se Luci vai concordar. A parte mais fácil fica para mim, que é cuidar da família. Ela fica com a parte mais difícil, que é gerar e cuidar do bebê.

Enquanto fico com Miguel durante o dia, Luci consegue descansar e tomar um banho relaxante. Ele parece uma máquina de mamar, não sei para onde vai tanto leite. Como um ser tão pequeno se alimenta tanto?
Ele está ganhando mais peso, está crescendo rápido também. Suas roupinhas estão ficando apertadas. Os seios de Luci ficam pesados de leite. É engraçado que quando dá a hora dele mamar, os seios de Luci começam a vazar leite. Parece que o corpo sabe que está na hora do mamazinho.

Meus pais e a mãe de Luci nos visitam todos os dias. É uma babação nesse neto, minha mãe e a mãe de Luci já estão planejando o aniversário dele de um ano.

Resolvi marcar com Matheo para ouvir a história dele, após mais de um ano sem querer ouvir sua versão. Não quis ouvir o motivo da traição, agora decidi ouvir.
Marcamos dele vir na nossa casa, Luci concordou até porque não quero sair e deixa-la sozinha.
Matheo chegou e o recebi, logo fomos para o escritório, deixei a porta aberta para caso Luci precise de algo.

- Seja bem-vindo, fique a vontade. Quer alguma coisa? - Recebi Matheo e tentei fazê-lo ficar a vontade.

- Obrigado, Mariano. Gostaria de um copo de água , por favor. - Fui até a cozinha e o servi, fomos para o escritório.

- Pode ficar a vontade. Sentamos no sofá dentro do escritório.

- Bem cara, vou direto ao ponto. Vim falar como aquilo tudo aconteceu naquele dia.

- Tudo bem, só quis ouvir para não ser injusto com você. Isso já não faz mais diferença.

- Bem, Violette tinha falado que tinha terminado com você e que estava sofrendo muito. Falou que tinha pego uma traição sua. Comecei a conversar com ela pelo celular, estávamos trocando mensagens diariamente. Eu cogitei a possibilidade de te falar, mas ela pediu para não falar nada, pois não sabia sua reação. Sei que errei com você, sendo seu amigo, eu deveria ter te contado. Ela ia todos os dias no horário do almoço, onde eu trabalhava, almoçava comigo e chorava horrores. Deu pra acreditar na mentira e sentir pena dela. Falava que você tinha ido embora e deixado o apartamento para ela pagar, eu cheguei a dar dinheiro para ela. - Ele riu e balançou a cabeça negativamente. - No dia em que você nos pegou, foi a primeira e última vez que fui naquele apartamento. Eu estava saindo de casa para correr, ela ligou desesperada. Falou que estavam ameaçando jogar as coisas dela na rua. Ela mandou o endereço, fui o mais rápido que pude para lá. Chegando lá, ela estava chorando horrores, parecia que ia dar um treco. Entrei no quarto para ajuda -la a separar as coisas para colocar nas malas. Ela começou a me seduzir e eu acabei caindo. Me envergonho disso. - Ele abaixou a cabeça. - Quando você entrou naquele quarto eu tive vontade de entrar no chão. Aquela filha da mãe me fez trair o meu melhor amigo. - Ele tinha uma mochila, abriu a mochila e tirou uns papéis. - Aí está , todas as conversas, imprimi tudo. - Ele deu na minha mão um monte de folhas com as mensagens do celular impressas. - Estava esperando esse dia chegar. Como sofri durante todo esse tempo. No mesmo dia sai do país, quis sumir. Discuti tanto com Violette naquele dia, ela só ria da minha cara. Parecia que só queria destruir nossa amizade mesmo. Eu tenho o vídeo, tive que ter provas para você acreditar em mim. Ela só pode ser louca mesmo. Decidi voltar para o país e bater na sua porta, como já estava noite parei para jantar, para minha surpresa aquela bruxa estava lá. Ela não me viu, estava empolgada na armação com aquele homem. Eu fui na delegacia e fiz questão de olhar dentro dos olhos dela, para mostrar que eu que denunciei eles.

- Nossa cara! Desculpa por não ter ouvido sua versão.

- Eu errei feio com você irmão. Você não tem do que se desculpar. Eu no seu lugar, talvez tivesse feito coisa pior. Ouvi-la falar de sua mãe, me partiu o coração. Mandei ela calar a boca, mas ela não calava.

- Minha única tristeza foi perder sua amizade. De Violette não esperava nada mesmo, ainda bem que ela disse tudo aquilo. Pude me separar sem nenhum arrependimento. Sabe quem doou o sangue para minha mãe? Foi Luci.

- Sério? Sua esposa? - Ele me olhava com os olhos arregalados.

- Sim. Para você ver como as coisas boas dão um jeito de voltar para nós.

- Fico feliz que está tudo bem com vocês. Sua família é linda, parabéns irmão.

- E você? Não vai casar não? - Perguntei.

- Estou com uma pessoa, sosseguei. Tem um mês que estou namorando, em breve a tratei para conhecer vocês. Ela mora aqui na Itália também, conheci pela internet em uma reunião de empresa. Hoje vou conhece -la pessoalmente. - Ele sorriu.

- Essa cara aí eu conheço, está apaixonado. - Dei um soquinho no ombro dele.

- Confesso que estou sim mano. Ela é diferente, sabe? Parece que foi feita para mim. Estou me sentindo um adolescente. - Ele sorriu.

- Eu sei bem como é. Eu fiquei assim com Luci. Ainda parece que estou namorando minha esposa, toda vez que a olho meu coração dispara. É algo que não dá para explicar, é uma conexão muito forte. Desejo que você seja tão feliz quanto eu sou.

- Obrigado mesmo irmão. Bem, vou indo. Estou ansioso para conhecer Ágata pessoalmente. Olha, tirei um peso das minhas costas. Obrigado por ter me ouvido.

- Obrigado por ter me contado. - Levantei e o puxei para um abraço. - Volte mais vezes e traga sua futura esposa. - Sorri para ele e ele sorriu de volta.

- Pode deixar! - Nos despedimos e ele saiu, entrando no carro .

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