Capítulo 32

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Mariano narrando

Como eu amo essa mulher. Com certeza estou disposto a fazer tudo por ela. Desde que Luci entrou na minha vida, só tenho motivos para ser feliz e agradecer.

Nos mudamos para o apartamento e Luci começou a fazer as aulas. Eu a levo e busco, sempre que estou disponível.
Nossa vida está sendo mágica, nunca pensei ser tão feliz assim, Luci é uma mulher extraordinaria.
Ela está se dedicando aos estudos, por enquanto decidiu não trabalhar.

Os meses tem passado voando, a barriga de Luci já está enorme. Ela está mais linda ainda.
Descobrimos que nosso bebê é um menino. Ele está crescendo forte e saudável. Quando Luci estiver perto de dar a luz, vamos nos mudar para a casa no condomínio. Estaremos perto de nossos pais, assim eu poderei trabalhar mais tranquilo. Ela só vai estudar mais essa semana, está com oito meses e seus pés estão começando a ficar muito inchados.

- Bom dia, flor do dia... - Me aproximei dela e dei um selinho. - Vou preparar seu café. - Entrei no quarto para ver se  ela a tinha acordado . - Já volto para trazer.

- Bom dia, meu amor. - Ela se virou de lado, para levantar. - Eu vou tomar café com você. Estou ficando muito preguiçosa e tenho te dado muito trabalho. - Ela sorriu e eu a ajudei levantar.

- Sabe que a cada mês você está mais linda? - Dei um beijo em sua barriga. - Bom dia meu príncipe. - Sussurrei perto da barriga e Miguel pulou. Ele sempre fazia isso quando eu falava perto.

- E puxa saco, pra mim não faz essas graças todas. - Ela falou olhando para a barriga e sorriu em seguida.

- Dúvido, ele vai ser um grude em  você. - Passei a mão em sua barriga e dei um selinho em Luci.

- Se for agarrado com você não tem problemas, e sou feliz por ter vocês. - Caminhamos em direção a cozinha. Ela já está  andando remando. Eu já tinha colocado tudo em cima da mesa, só tinha ido verificar se ela tinha acordado. Ia levar para o quarto, mas ela preferiu comer na cozinha.

- Senta aqui, vem. - Segurei sua mão e a ajudei sentar.

- Amor, eu estou com uma dor estranha no quadril. Estou sentindo uma pressão para baixo também.

- Vou te levar no médico. Vou pedir para um funcionário ir na reunião em meu lugar.

- Será que esse menino vai querer nascer antes do tempo? - Aquilo me fez sentir um arrepio. - Hoje eu tive um sonho tão estranho.

- Por isso se mexeu tanto a noite. Como foi? - Coloquei o suco em seu copo e fiquei esperando ela contar.

- Sonhei que nosso filho tinha nascido, mas eu não podia pegá-lo, estava muito fraca. Parecia que eu tinha feito uma cesariana. Daí eu pedi o médico para leva-lo para eu ver e ele  disse pra mim que já tinham o levado para casa. Daí você entrava na sala e começava a chorar. Lembro de você falando que nosso bebê tinha sido levado por alguém. Eu começava a chorar e perguntava quem tinha levado Miguel. Você não respondia, só chorava. Por fim disse ele tinha sido sequestrado.

- Para com isso, foi só um sonho ruim. Ninguém vai levar nosso bebê. Eu vou contratar mais seguranças, só pra você ficar mais calma. Tome seu café e evite pensar em coisas ruins. - Eu tentei acalma-la, mas eu mesmo fiquei nervoso em ouvir aquilo. Depois da consulta, vou pedir mais seguranças.

Acabamos de tomar café e levantei para colocar as coisas na pia, meu celular tocou. Era um número desconhecido, atendi e desligaram.

- Quem era? - Ela estava levantando para tomar banho.

- Desligaram. - Após eu falar o celular dela tocou. - Olha, um número desconhecido.

- Deixa que eu atendo. - Atendi, mas não disseram nada e desligaram.

- E aí? - Ela perguntou.

- Não disseram nada também. - Coloquei o celular na mesa.

- Que estranho. - Ouvimos o barulho do interfone. Fui atender.

- Oi, quem é? Oi... - Só se ouvia barulhos de respiração. Apertei para abrir a câmera do interfone. Me assustei quando vi. Tinha uma pessoa com um capuz preto, só dava para ver a ponta de seu nariz. - O que você quer? Ei... - A pessoa se virou  e saiu.

- Eu estou ficando assustada. - Luci começou a tremer e ficar nervosa.

- Fica calma, vai dar tudo certo. Vamos nos mudar hoje para o  condomínio, tem mais segurança lá. Vou tentar pegar as imagens para levar para a polícia. - A abracei e dei um beijo em sua testa. - Fica calma, você está segura. Eu não vou deixar ninguém fazer nada com nossa família.

- Me ajuda a chegar no banheiro? Estou sentindo mais dores, talvez seja por causa do susto.

- Eu te levo até no colo, se você quiser.
Vem, fica calma. - A ajudei a chegar no banheiro, ela tomou seu banho e eu fiquei ali pensando nas coisas estranhas que tinham acabado de acontecer. A ajudei  se vestir após o banho.

- Vou pegar minha bolsa, pega uma garrafa de água por favor? Tenho que tomar o remédio.

- Claro. Já volto. - Cheguei na cozinha e escutei o grito de Luci vindo d quarto. Voltei correndo o mais rápido que pude. - O que foi? - Eu estava nervoso.

- Mariano, a bolsa.

- Qual bolsa você quer? Quer que e pegue? Que susto você me deu.

- A bolsa amor, a bolsa estourou.

- O quê? Que bolsa? - Daí minha ficha caiu. Olhei para o chão e estava tudo molhado. - Meu Deus! O que vamos fazer? - Meu nervosismo era nítido.

- Vou pegar mês documentos, pega a bolsa de Miguel? Está no quarto.

- Vem aqui, vou te sentar. Eu pego tudo, só me auxilia no que eu tenho que fazer.

- Tá bom. - Ela falou o que eu tinha que pegar e eu peguei o mais rápido possível.

- Você está com dor? - Eu estava mega nervoso e preocupado.

- Está  tudo bem. Só dores fracas.

- Dá pra andar?

- Dá sim, fica tranquilo. - Fomos andando até o elevador e depois até o carro. Liguei para o médico durante o trajeto.

- Amor, fica calmo, já deu tudo certo. - Ela tentava me acalmar. E não sabia se chorava ou se ria. Se sentia medo ou alegria. Nosso Miguel queria nascer de oito meses. 

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