Capítulo 34

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Mariano narrando

Liguei para um segurança e ele se posicionou próximo ao berçário. Após algumas horas, Luci pôde levantar para tomar banho. Auxilie no que pude e ajudei vestir suas roupas.
Após tomar seus medicamentos pôde se alimentar.

- Você está bem? - Eu sentei do seu lado da cama. - Parece outra pessoa depois desse banho.

- Estou muito bem, só os seios que estão doendo e os pontos incomodando um pouco. Realmente o banho me renovou. Estou tão exausta, mas feliz.

- Você é incrível, sabia? Eu sou seu fã.

- Tudo graças a você. Obrigada por estar sempre comigo. Eu te amo.

- Tenta descansar um pouco, vou dar uma olhadinha em Miguel.

-  Está bem. Se puder toca-lo, de um beijo nele por mim.

- Pode deixar. - Me inclinei e dei um selinho nela. - Já volto. Te amo.

- Te amo.  - Cheguei no berçário e lá estava nosso pequeno gigante, seu olhinho estava fechado e ele chupava o dedinho. - Oi meu amor. - Ele abriu o olhinho e tentou me olhar. - Oi Miguel do papai, você está conhecendo minha voz? É o papai.  - As lágrimas escorriam  e o sorriso travou no meu rosto. - Papai te ama tanto. Obrigado por me tornar pai. Você vai ser meu melhor amigo, assim como eu e seu avô. Seu avô vai ser um babão. Pode se acostumar, você vai ser muito mimado e paparicado. Você é uma pessoinha que todos esperavam,  já é muito amado por todos nós.

- Olá, com licença. Senhor Mariano, seus parentes estão aí fora. Vou deixa-los entrar e ver pelo vidro. - Uma enfermeira veio falar.

- Tá bom. Obrigado. - Em alguns minutos lá estavam os avós babões de Miguel. Tinha balões e ursos de pelúcia nas mãos deles. Ele nem ia brincar com isso tão cedo, mas vai explicar isso para eles... Empurrei a encubadora para mais perto da parede de vidro que dividia a sala.

- Ele é tão lindo. - Minha mãe falou e secou uma lágrima no canto do olho.

- Que grandão. Ele é tão lindo. - A mãe de Luci falou. E meu pai? Meu pai só sabia chorar.

- Parabéns filho! - Enfim, ele conseguiu falar em meio as lágrimas. - Está tudo bem com ele e Luci? - Fiz que sim com o polegar. Ele secava os olhos com um lenço.

- Amo vocês. - Falei e sequei as lágrimas. Coloquei a incubadora na posição que estava e sai para abraça-los. Meu coração parecia que ia estourar de tanta felicidade.

- Você vai ser um grande pai, assim como seu pai é. - Minha mãe passou a mão no meu rosto enquanto falava. - Que orgulho de você. - Ela me puxou para um abraço apertado. Após muita babação e receber o carinho de todos, fomos para o quarto onde Luci estava. Quando acabou o horário de visita eles foram embora e eu fiquei com Luci.

- Mariano, deita aqui comigo. A cama é comprida, cabe você.

- Não quero te atrapalhar. Quero que você descanse.

- Não vou conseguir descansar com você sentado na poltrona.

- Está bom aqui. Não se preocupe.  - Me ajeitei na poltrona.

- Então vou aí sentar com você. - Ela ameaçou levantar.

- Pare com isso. Tá bom, você venceu. Vou deitar com você. - Levantei e me deitei do lado dela. - Até que a cama nos coube.

- Viu? Eu falei que Deus ajude aqui.  Deixa eu deitar em seu peito? Quero sentir seu corpo e seu cheiro.

- Claro que sim. Vem aqui. - Eu a puxei e a ajeitei no meu tórax. - Está confortável? Só não posso ficar assanhado com você assim muito perto de mim. - Sorri para ela.

- Para de bobeira. - Ela gargalhou. - E sim, está muito confortável. Sentir seu cheiro é tão bom, me traz paz e conforto. Eu te amo meu amor.

- Eu te amo. Vou ficar aqui cuidando de você. Tenta descansar.

- Você também tem que descansar.  Qualquer coisa me chama. - Ela estava tão cansada que adormeceu logo e eu fiquei ali, acariciando seu rosto. Como é bom ter um lar, uma família. Luci dormiu por uma hora, mas logo acordou.

- Oi... - Luci se espreguiçou. - Já estou bem melhor, vou ver como Miguel está.

- Você só teve uma hora de sono. Descansa mais. - Passei a mão em seu rosto.

- Depois eu durmo mais, quero saber como ele está.

- Mas você não está com dor? Tem certeza que pode andar? Quer que eu te leve no colo? - Estava muito preocupado.

- Está tudo bem, meu amor. Eu vou caminhando vagarosamente. Tenho que caminhar, eles falam que é bom caminhar. Sinto um pouco de dor,mas é normal.

- Então eu vou com você, se sentir alguma coisa você me avisa.

- Está bem. - Ela sorriu. Levantei da cama e a ajudei a levantar.

- Sabe que você é linda? Não me canso de te olhar. Eu te amo. - A puxei para um abraço. Ela passou seus braços ao redor da minha cintura e encostou a cabeça no meu peitoral.

- Eu te amo. Sou grata por ser sua esposa. - Dei um beijo no topo de sua cabeça. Fomos caminhando em direção ao berçário, o segurança já tinha ido e outro estava no lugar.

- Boa noite. - Ele nos saldou quando nos viu e deu um passo para o lado, nos dando passagem.

- Boa noite. - Falamos uníssono. Já era seis da noite.

- Algum movimento estranho por aqui? - Perguntei enquanto Luci estava entrando no berçário.

- Não senhor. Só uma enfermeira que queria levar Miguel para tomar uma vacina e a outra não deixou. Falou que ele não pode sair daqui por enquanto. Mas ela estava insistindo muito.

- Como que é essa enfermeira? Vou lá na sala das câmeras. Já voltou, fique de olho aí.- Abri a porta e fiz um sinal para Luci, dizendo que já voltaria. Ela estava se limpando para pegar Miguel.

- Volta logo. Te amo. - Ela sussurrou para mim.

- Pode deixar. Te amo. - Sussurrei de volta. Caminhei até a sala das câmeras. Ao entrar fui logo pedindo as imagens do berçário. Vi que tinha uma enfermeira com cabelo curto e preto. Ela toda hora rodeava a incubadora de Miguel. Teve um momento em que ela parou e tirou uma foto dele. Aquilo fez meu sangue ferver.  Como ela tira uma foto do meu filho assim?

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