Mariano narrando
Voltei para onde Luci estava e contei a ela o que aconteceu. Não poderia omitir algo assim, ainda mais depois do sonho e dos telefonemas.
Óbvio que ela ficou nervosa e preocupada.Informamos ao hospital sobre o ocorrido, eles começaram a vasculhar em todo o hospital. Luci teve que voltar para o quarto, pois o horário de ficar com Miguel tinha acabado.
- Mariano. - Ela parou no corredor e segurou na parede. Corri para perto dela e a segurei.
- O que foi? Está com dor? - A peguei no colo.
- Estou com muito medo. E se levarem nosso bebê? - Ela me abraçou e começou a chorar.
- Não fique assim. Desculpe ter te contado, mas eu não poderia esconder algo desse tipo. Eu também tenho medo, mas vamos nos manter otimistas. Você não pode ficar nervosa.
- Quem tentaria fazer algo tão ruim assim? - Ela soluçava.
- Nós vamos descobrir. Já contatei um amigo, ele é muito bom nisso. É o capitão Lorenzo Vietto. Ele chega em algumas horas.
- Eu estou muito nervosa. - Ela se tremia toda. A coloquei na cama.
- Você tem que manter a calma. Isso pode atrapalhar na lactação. Vamos aguarda-lo. Já dei ordens para ninguém tirá-lo do berçário.
- Obrigada, Mariano. Você sempre pensando em tudo e cuidando de mim.
- Vocês são minha vida, eu morreria por vocês. Eu farei tudo o que estiver ao meu alcance, ninguém vai encostar na minha família. Eu vou proteger vocês. - Dei um beijo em sua testa e a abracei.
- Obrigada por ser tudo para nós. Eu farei o que estiver ao meu alcance. Vou manter a calma. - Ela secou as lágrimas e respirou fundo. - Não vai adiantar eu ficar aqui com medo e preocupada. - Ela sorriu para mim. - Vamos passar por essa juntos.
- Com certeza, um apoiando o outro. Ninguém vai atrapalhar nossa felicidade. Eu te amo. - Olhei em seus olhos.
- Eu te amo. - Ela me olhava com um olhar profundo. Pedi para ela deitar e deitei do seu lado. Ficamos ali abraçados um no outro. Em algumas horas Vietto chegou. Ouvi batidas a porta e levantei para atender.
- Olá, senhor Mariano. Com licença. Senhora Luci, como está? - Vietto entrou e nos cumprimentou. Contei tudo o que havia acontecido e ele fez algumas ligações. - Pode deixar que vamos resolver isso. Fiquem despreocupados. Até mais e parabéns pela família linda. - Ele sorriu para mim e caminhou em direção a porta.
- Ele parece ser muito bom no que faz. - Luci sorriu aliviada.
- É sim, ele é o melhor. Já o vi agindo, sei bem como é seu trabalho.
- Fico feliz por você conhecer alguém assim.
Já se passaram quatro dias que Miguel nasceu, nesse período recebemos algumas ligações. Como sempre, desligavam após três segundos. Passei para Vietto e ele começou a rastrear de onde estava vindo as ligações.
Era dia da nossa alta, Miguel iria conosco para casa.
Havia uma escolta do lado de fora do hospital, alguns seguranças estavam dentro do hospital também.
Luci pegou Miguel e se dirigiu para a saída, eu fiquei mais atrás pois estava esperando o papel da alta.
Quando ela virou o corredor indo em direção ao estacionamento, pude ouvir um grito por socorro. Sai correndo em direção ao corredor.
Uma mulher tentava pegar Miguel dos braços de Luci, ela o segurava enquanto a mulher puxava seus cabelos. Luci caiu de joelhos enquanto a mulher tentava puxa-lo. Alguns seguranças vieram em nossa direção e chegaram na Luci antes do que eu. A mulher ao vê -los chegando, saiu correndo e entrou no elevador.Cheguei em Luci para ajuda-la. Ela levantou mais que depressa, entregou Miguel nos meus braços e saiu correndo atrás da tal mulher.
- Luci. LUCI! Você não pode correr assim. Luci! - Eu não sabia se corria atrás dela ou se segurava Miguel. A porta do elevador fechou e Luci entrou na porta ao lado, que dava acesso as escadas. O elevador estava indo para o terceiro andar. - Alguém me ajuda, pelo amor de Deus! - Os seguranças começaram a subir as escadas correndo e eu estava de mãos atadas. Só pude esperar o outro elevador abrir as portas. Não iria conseguir subir as escadas correndo com Miguel no colo.
Luci narrando
Peguei Miguel e fui caminhando em direção ao corredor, estava indo para o estacionamento.
Uma enfermeira passou por mim assim que virei o corredor, ela veio por detrás e tentou puxar Miguel dos meus braços. Eu dei um grito pedindo socorro.
Ali começou minha luta com ela. Ela envolveu as mãos nos meus cabelos e começou a puxar. E me joguei de joelhos para proteger Miguel com o meu corpo. Olhei para seu rosto e conheci aquela vaca.
Assim que ela viu os seguranças me soltou e correu em direção ao elevador, dei graças a Deus que Mariano chegou logo em mim.
Na hora não pensei em nada, só queria pegar aquela mau amada.
Dei Miguel no colo de Mariano e esqueci completamente que eu estava de resguardo.
Corri o mais rápido que pude, mas a porta do elevador se fechou. Vi que ia para o terceiro andar e entrei no acesso as escadas. Nem ouvi o que Mariano gritava atrás de mim.Subi o mais rápido que pude, pulava os degraus de dois em dois. Realmente quando nos tornamos mãe as coisas mudam. Eu sempre tive medo de brigas e de enfrentar alguém, mas por meu filho eu fui capaz de superar meus medos e minhas dores.
Cheguei no terceiro andar e ela tinha acabado de sair do elevador, corri mais rápido que pude pelo corredor e a alcancei.
Agarrei em seu braço e a puxei, a virando para mim. Fechei o punho e com toda força que eu tinha, dei um soco no nariz de Violette. Sua peruca preta caiu para um lado e ela caiu para outro.
O sangue começou a descer de seu nariz. Sentei em cima dela, segurei sua cabeça e bati no chão.- Você não mexe com a minha família , sua louca. Eu te mato, você está ouvindo. Sua mão amada. - Eu estava em surto batendo a cabeça dela no chão.
- Socorro, alguém me ajuda. - Só escutava Violette gritar. Alguém me segurou por trás e tentou me tirar de cima dela. Eu me agarrava cada vez mais nos cabelos dela e batia em Violette.
- Chega Luci. Chega! Deixa com eles agora. Luci, me ouve. - Mariano tentava me acalmar, enquanto o segurança me segurava. - Luci, me escuta por favor. Está tudo bem agora.

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Angel Baby
RomantizmMariano, um jovem empresário italiano amável, atencioso e muito gentil descobre que nem todas as pessoas só pensam em dinheiro. Que existe amizades verdadeiras. Que vida é muito mais do que casa e trabalho. Que o amor pode estar mais perto do que...