Capítulo 36

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Luci narrando

Eu só enxergava Violette na minha frente. Eu tentava me soltar do segurança.

- Eu vou matar essa vaca! Me solta! - Eles a levantaram e algemaram seus braços para trás.

Senti alguém me abraçando, mas ainda assim eu queria pegar Violette.
Daí um chorinho me fez sair do meu transe. Parei e olhei para o lado. Mariano estava abraçado, comigo de um lado e no outro braço segurava Miguel.

- Luci, fica calma. Está tudo bem agora. - Eu fui voltando aos poucos. - Pensa em mim, pensa em Miguel. Ele está assustado com tudo isso.

- Miguel, ele está bem? -  Meu choro veio logo atrás, após eu falar.

- Está, está tudo bem. Vem aqui. - Ele me puxou e me abraçou apertado. Trouxeram uma cadeira de rodas e me sentaram. Senti o sangue escorrer pelas minhas pernas. Eu me tremia e chorava.

- Mariano, vai ficar tudo bem, não vai?

- Vai, vai ficar tudo bem.

- Ele está bem, não está? - Eu tentava controlar os tremores.

- Está, está bem. Graças a você. Agora tenta se acalmar. - Estendi a mão e toquei o rosto de Mariano. Dei um sorriso para ele e senti meus olhos se fechando.

Mariano narrando

Quando o elevador abriu as portas, olhei para o corredor. Lá estava Luci, em cima de Violette. Ela batia tanto nela, estava em surto.
Um segurança tentava tira-la de cima de Violette, mas ela se agarrava cada vez mais nela.
Eu tentava fazê-la me ouvir, mas estava sendo em vão. Ela estava toda ensanguentada, eu tinha que dar um jeito dela me ouvir. A puxei com um braço e a abracei, tentei chamar sua atenção e foi em vão novamente.
Luci tentava se soltar para agarrar Violette, foi quando Miguel me deu uma grande ajuda.
Seu chorinho trouxe Luci de volta a si.
Após  se acalmar, sentou e tocou meu rosto. Seu sorriso era de alívio, sua mão caiu e eu corri a tempo de segurar sua cabeça.

O médico veio correndo e a levou para a sala de cirurgia, logo injetou um calmante em sua veia.
Após examina-la, veio em minha direção explicar a situação. Disse que tinha arrebentado os pontos e que o sangramento era por isso. Ela foi colocada no quarto em que estávamos e eu fiquei, lá com Miguel, esperando Luci acordar.

- Mariano. - Sua voz era fraca.

- Oi meu amor. Você está bem?

- Como está Miguel? - Ele estava sob o efeito do calmante.

- Está bem. Diga: oi mamãe... - Ele estava dormindo em meu colo.

- E Violette?

- Foi levada para a delegacia. Pedi meus pais para irem para lá. Daqui a pouco teremos informações.

- Aquela mau amada. Como pode existir pessoas assim? O que ia ganhar levando nosso bebê? Tomara que ela não apareça na minha frente, eu vou quebrar a cara dela. Ainda estou com um ódio dentro de mim.

- Você tem que ficar calma. Ela vai receber o que merece, eu não vou deixa-la sair impune dessa. Uma coisa é fazer o mal para mim, outra coisa é  mexer com minha família. - Eu ainda estava falando com Luci e meu celular tocou. Meu pai me informou que Violette ficaria presa e que tinha uma pessoa que estava dando cobertura a ela. Só que eles ainda não tinham conseguido chegar na tal pessoa. Desliguei o celular e fiquei ali pensando.

- O que houve meu amor? Que cara é essa?

- Meu pai falou que Violette vai ficar presa, mas que ela não está sozinha nessa. Estão tentando descobrir quem é que está dando cobertura para ela. - Meu celular tocou e aquele número era conhecido.

- Alô, Mariano?

- Oi, Matheo?

- Sim, sou eu. Desculpe estar te ligando cara. Sei que você deve estar com ódio de mim ainda, mas eu não poderia deixar isso passar. Voltei para o país tem uns dois dias, fui em um restaurante jantar. Para minha surpresa Violette estava lá, com um cara de cabelo grisalho. Escutei uma conversa muito suspeita, sobre um sequestro de uma criança. O nome da criança é Miguel, só sei que tem ligação com você pois no final eles falaram seu nome.

- Matheo, você conheceria o homem se eu te mandar a foto?

- Sim, eu tenho fotos e vídeos no meu celular. Eu tirei quando levantei para ir ao banheiro. Vou te encaminhar. Mas o que está acontecendo? - Ele parecia nervoso.

- Então Matheo, Miguel é meu filho. É um recém nascido e prematuro. Violette tentou sequestra-lo hoje, quando estávamos saindo do hospital.

- Que isso cara? Eu não acredito que essa bruxa seria capaz de algo tão terrível assim.

- Meus pais estão na delegacia, ela foi presa. Agora estão tentando descobrir quem é o comparsa dela. Pelo jeito eu já sei quem é.

- Me manda o endereço da delegacia, eu vou para lá agora. E como eles estão, seu filho e sua esposa?

- Estão bem, obrigado. Só Luci que vai ter que ficar em observação. Mas obrigado por perguntar.

- Vou encaminhar a foto para você e estou indo para a delegacia. Fiquem bem e parabéns mano. Você merece tudo de bom. Até mais.

- Até, obrigado por me informar.

-O que houve? - Luci escutava com atenção.

- Acho que já sei que está com Violette nessa. - Digitei o endereço da delegacia para Matheo e ele me encaminhou a foto. - Como eu suspeitei.

- Quem é? - Virei o celular para ela e mostrei a foto dos dois no restaurante.

- Giovanni e Violette estavam planejando sequestrar Miguel. - Minha vontade era de ir atrás daquele canalha e quebrar a cara dele.

- Esse ser humano lixo. Como eu não suspeitei dele? Que ódio. Como você descobriu?

- Um amigo, aquele que Violette me traiu com ele, foi ele quem me ligou.

- Talvez ele não seja tão errado na história assim, você deveria ouvi-lo. Quem sabe ela não enganou ele também. Vindo daquela mal amada, podemos esperar qualquer coisa.

- Vou fazer isso. Até porque, minha única tristeza foi perder o amigo. Ele está indo para a delegacia.

- Tomara que aquele maledetto seja preso. - Luci falou entre os dentes. Eu encaminhei a foto para Vietto e expliquei a situação. Expliquei que Matheo estava indo para a delegacia como testemunha.



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