O caminho parecia interminável, e Luna estava pesada em meus braços. Depois de meros minutos de caminhada, finalmente cheguei à cabana. Bati na porta com Luna ainda em meus braços, e Eliza logo atendeu, com uma expressão assustada. Perguntou o que estava acontecendo, e eu expliquei sobre a história da minha meia-irmã desaparecida na mata. Disse a ela que a havia encontrado pela madrugada, pálida e caída no chão.Eliza pediu que eu mantivesse a calma e foi até a cozinha preparar um chá quente. Claudio, por sua vez, se encarregou de preparar um banho quente e buscar roupas limpas. Na correria, percebi que algo estava faltando.
Eu senti falta de Sophie, mas logo a vejo se aproximar na porta do quarto. Fico sem jeito, ela me olha com uma expressão brava e decepcionada. Eu nem me importo, pois o que mais importava já estava ao meu lado. Confesso que estava feliz e preocupado. Esperei até que Eliza terminasse o chá e Claudio arrumasse as coisas para banhar Luna. Eliza coloca um pouco de chá na boca de Luna e logo diz que é tiro e queda para a friagem; ela ficará boa em breve. Fico aliviado.Vou até minha mochila para pegar meu celular e avisar meu pai que encontrei Luna e que está tudo bem. Ao pegar o celular, percebo que ele está encharcado devido à chuva e não funciona mais. Eliza sugere que eu use o telefone da casa. Pego o telefone e ligo para meu pai, informando que está tudo bem, Luna está bem, e estamos seguros em uma cabana na floresta, etc. Meu pai tem um leve surto, mas diz que estará a caminho para nos buscar, a mim e Luna.
Passados cerca de 8 minutos, Luna ainda estava desacordada. Sentei-me no sofá, aguardando a chegada de meu pai, que estava prestes a vir nos buscar. Sophie se aproximou de mim e perguntou sobre o estado de Luna. Respondi que estava indo na medida do possível e aproveitei para perguntar se ela estava bem. Sophie afirmou que sim, mas em seguida disse:
"Olha, Lyon, eu já percebi na hora que você não quer nada comigo. Foi apenas uma noite, eu fui só mais uma pra você, não é mesmo?"
Antes que a situação se tornasse mais complexa, interrompi Sophie, explicando que ela não foi apenas mais uma. Eu estava desenvolvendo sentimentos por outra pessoa e sempre deixei isso claro. Se ela não havia entendido, o problema era dela. Sophie revirou os olhos e saiu, visivelmente insatisfeita.
Enquanto aguardava a recuperação de Luna, refleti sobre a conversa com Sophie. A situação estava delicada, mas eu sabia que era importante ser honesto sobre meus sentimentos. O tempo passou lentamente até que Luna finalmente começou a acordar, trazendo um alívio momentâneo à atmosfera tensa na sala.
Em instantes, ouvimos batidas na porta, e Eliza vai abrir. Era meu pai e a mãe de Luna, ambos visivelmente desesperados. Eles entram apressados, e meu pai se aproxima de mim, dando-me um abraço apertado."Você está maluco! Ficou dois dias desaparecido! Já basta a Luna e agora você some também. Eu já estava perdendo as esperanças", diz meu pai, expressando sua preocupação.
Eu respondo, explicando que também estava preocupado e que saí naquela noite na esperança de encontrar Luna, mas acabei me perdendo. Peço a ele para acalmar os nervos, pois todos estão bem e vivos. Ele me abraça forte, e um suspiro coletivo de alívio enche a sala, com todos ao redor se comovendo com a preocupação dele.
A mãe de Luna, aliviada por ver a filha segura, abraça Luna com lágrimas nos olhos. Eliza e Claudio expressam sua satisfação por tudo ter terminado bem. A tensão que pairava no ar começa a se dissipar, substituída por um sentimento de gratidão e alegria por estarmos todos reunidos e seguros novamente.
Enquanto a noite avança, compartilhamos histórias do que aconteceu, agradecemos a hospitalidade de Eliza e Claudio, e prometemos manter contato mais frequente. O episódio, apesar dos momentos difíceis, fortaleceu os laços entre nós e reforçou a importância de apreciar a presença daqueles que amamos.
Eliza convidou a todos para um café, mas educadamente recusamos. Meu pai informou que o carro já estava pronto para partirmos, e nos despedimos. Antes de sairmos, meu pai puxou a carteira, retirou várias notas de 100 e entregou nas mãos de Eliza. Ela tentou recusar, mas meu pai fechou sua mão gentilmente, sorrindo. Eliza agradeceu sinceramente, e assim partimos de volta para casa.
Horas se passaram, e finalmente chegamos em casa. Desci do carro e ajudei Luna a entrar. Nos dirigimos para seu quarto, onde a deitei sobre sua cama. Ao tentar puxar assunto, percebi que algo a incomodava. Vendo que ela não queria conversa, decidi deixá-la sozinha e fui realizar minhas tarefas.Respeitando o espaço dela, fui para outra parte da casa e comecei a ocupar minha mente com as tarefas do dia a dia.
pensei comigo mesmo acho que ela deve estar exausta com a viagem entao ela so quer um tempo para descansar fui para a piscina emparecer me sentei sobre a espreguçadeira e me peguei lembrando do momento de eu e sophie naquele quarto escuro ela era linda seus olhos se encontravam com o meu e uma pena que nao irei ve-la nunca mais.
Decidi ir tomar um banho de piscina, e bem na hora em que saí da espreguiçadeira, meu celular vibrou. Estranhando, verifiquei o email e me deparei com um comunicado da escola sobre a inscrição que fiz para fazer intercâmbio no Brasil. Fiquei perplexo, pois não esperava que a oportunidade se concretizasse. Teria que deixar minha família para construir meu futuro justamente quando as coisas pareciam se encaixar.
Larguei o celular no mesmo estado em que o encontrei e dei um mergulho profundo na piscina, tentando absorver a notícia. A ideia de deixar tudo para trás, especialmente agora que as coisas estavam se estabilizando, era avassaladora. Fiquei por horas pensando nisso, perdido em meus próprios pensamentos, até que Abilyn, nossa nova empregada, me chamou para o jantar.
Ao sair da piscina, percebi Luna se aproximando com um olhar raivoso e estranho. Não consegui entender o motivo, mas decidi deixar a questão de lado por enquanto e entrei para me trocar. A tensão pairava no ar, e eu sabia que precisava lidar com as notícias do intercâmbio e também resolver o mistério do olhar de Luna. A noite prometia ser intensa, cheia de revelações e decisões a serem tomadas.
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𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖊𝖘𝖙𝖎𝖓𝖔𝖘
RomanceAos 17 anos, Luna muda-se para Seultown após problemas familiares, vivendo com seu primo Bryan. Sua vida toma um rumo inesperado ao conhecer Felipe. A amizade entre eles evolui para algo mais, desafiando Luna a reavaliar suas escolhas e definir seu...