Luna Monteiro :
Finalmente em casa depois da viagem chata e desesperadora, me vi envolto por uma mistura de sentimentos. O rancor se instalou em mim ao pensar que quase morri de desnutrição e ninguém pareceu se importar. Enquanto isso, Lyon estava confortável com uma garota, sem saber do que eu havia passado. Uma semana se passou desde o ocorrido, e agora, desiludida, decidi desistir do amor.
Decidi focar no meu futuro, nas oportunidades que surgiam. Uma viagem marcada para um intercâmbio no Brasil ao lado do meu primo Bryan se tornou um novo horizonte. Seria uma chance de recomeço, longe das complicações emocionais. A decisão de deixar para trás as preocupações amorosas e investir no meu crescimento pessoal tornou-se uma prioridade.
Em meio a essa nova perspectiva, comecei a traçar planos e metas para o intercâmbio. Talvez essa experiência pudesse trazer não apenas aprendizado acadêmico, mas também um novo entendimento sobre mim mesma. O capítulo da minha vida amorosa podia ter chegado ao fim, mas novas aventuras e descobertas estavam prestes a começar no Brasil.
Ainda sentada na cama, com meus pensamentos distantes, ouço batidas na porta. Olho friamente e permito a entrada, sendo Lyon mais uma vez. Ele pergunta se podemos conversar, e, com um olhar gelado, peço para que seja breve, pois estava ocupada. Lyon se senta, tentando se aproximar, mas eu me afasto. Ele parece confuso e começa a falar, mas o interrompo, pedindo para ir direto ao assunto.
Finalmente, ele diz: "Olha, Luna, não sei o que deu em você. Está estranha comigo há uma semana. O que eu fiz?"
Eu me levanto, decidida a expressar meus sentimentos reprimidos. Digo a ele: "Quer realmente saber o que está acontecendo comigo? Então, agora você vai ouvir. Você tem noção do que é ficar fraca, desnutrida, pedindo ajuda enquanto ninguém se importa? Foi a pior viagem da minha vida. Enquanto eu estava lá, vocês nem se importaram. Gabriel e mamãe estavam ocupados ligando para a polícia em vez de me procurar, e você estava ocupado o suficiente com a Sophie enquanto eu estava lá, precisando de ajuda."
Lyon tenta se justificar, afirmando que não era bem assim e que eu estava sendo ingrata, não percebendo o esforço que todos fizeram para me encontrar. Minha raiva aumenta, e não aceito suas desculpas. Digo de forma firme: "Olha aqui, se você acha que essas desculpas vão resolver, está muito enganado. Já chega. Ninguém pediu a sua ajuda, nemsua e nem de ninguém. Sai daqui, eu não quero te ver nunca mais."
Ele me olha com desprezo e responde: "Ninguém mandou você sair de perto da gente, e outra, eu também não quero te ver nunca mais. Você foi a pior pessoa que eu conheci em toda a minha vida. Você é ingrata, desprezada a todos, e tenho dó da pessoa que você está se tornando. Esqueça que eu existo." Bate a porta com força e sai, deixando-me com uma mistura de emoções, mas determinada a seguir em frente e focar no meu futuro no intercâmbio no Brasil.
Após todo aquele episódio, minha mãe vem até o quarto e pergunta o que estava acontecendo. Eu digo que não estou afim de papo por hoje e peço para que ela se retire. Ela me olha e sai dali. Eu fecho a porta, tranco e entro em prantos. O que eu estava me tornando era algo que nem eu mesma conseguia reconhecer. Sinto uma certa saudade da minha adolescência. Crescer dói, e dói muito. Passei o resto da noite chorando e nem desci para jantar.
Nesse impacto, acabo adormecendo sem perceber. Ao acordar, sinto o sol batendo no meu rosto, indicando que um novo dia estava à minha espera. Troco de roupa e decido descer. Certifico-me de que todos já haviam tomado café, e lá estou eu, sentada, comendo sozinha. Enquanto como, preparo mentalmente as palavras que direi à minha mãe sobre o intercâmbio. Eu já estava com tudo pronto, hotel e todos os detalhes que tenho direito. Estava criando a coragem e a paciência necessárias para compartilhar essa decisão com minha mãe.
Após tomar meu café, decido procurar minha mãe, encontrando-a com Gabriel e Lyon na piscina. Lembro-me da briga com Lyon, e meus olhos se enchem de lágrimas. Volto à realidade e peço para Abilyn chamar minha mãe. Enquanto aguardo na sala, ela finalmente aparece. Com determinação, digo em alto e bom som: "Mãe!"Ela pergunta: "Filha, o que você precisa falar comigo? Está me deixando preocupada."
Respiro fundo e respondo: "Olha, mãe, sei que é um assunto delicado, mas chegou a hora. Vou fazer um intercâmbio no Brasil junto com o Bryan. Já tinha planos de estudar fora, e agora que tenho 18 anos, posso realizar isso. Espero ter sido direta e clara. Ninguém vai me impedir.
Ela suspira e diz: "Nossa, agora você me deixou sem palavras. Não sei o que dizer. E você vai morar onde? Quanto tempo você vai ficar nesse intercâmbio?"Eu respondo com firmeza: "Olha, mãe, isso quem decide sou eu. Agora sou uma mulher e tomo minhas próprias decisões, okay? Já estou com as malas prontas e parto amanhã."
Minha mãe se levanta, alterada, e diz: "Ei, mocinha, não é assim que se fala com sua mãe. Exijo respeito enquanto você estiver sob o meu teto."
Eu a encaro e digo: "Olha aqui, isso aqui vai durar pouco tempo. Na verdade, acaba agora. Vou sair hoje de casa e não quero comentários."
O que era para ser um assunto prático e rápido se transforma em uma tempestade. Gritos e discussões começam, e logo Gabriel e Lyon se juntam à confusão. Eu os encaro com um olhar desprezível e saio, subindo para o meu quarto aos prantos. Enquanto arrumo minhas coisas, o mundo parece se mover lentamente ao meu redor. Ao descer as escadas, todos me olham. Eu vou em direção à porta com a cabeça erguida, prestes a abri-la. Minha mãe diz: "Se você sair por essa porta, não entra mais. Esqueça que eu sou sua mãe."
Eu olho para ela com nojo, também para Lyon e Gabriel, e saio.
la fora o carro de bryan estava a minha espera.
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𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖊𝖘𝖙𝖎𝖓𝖔𝖘
Любовные романыAos 17 anos, Luna muda-se para Seultown após problemas familiares, vivendo com seu primo Bryan. Sua vida toma um rumo inesperado ao conhecer Felipe. A amizade entre eles evolui para algo mais, desafiando Luna a reavaliar suas escolhas e definir seu...