Reencontro na Escuridão

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(Visão de Lyon Monteiro)

Eu finalmente terminei meu banho, troquei de roupa e estava superconfortável. No entanto, Luna estava lá fora no meio daquela chuva. Eliza foi arrumar o quarto para eu dormir, insistindo para deixarmos as buscas para o dia seguinte. Hesitei, preocupado com Luna, mas continuei firme. Uma interrupção na porta chamou nossa atenção, e ouvimos batidas.

Quando Eliza foi verificar, minha esperança de que fosse Luna se desfez ao ver que era uma garota linda. Sua pele clara e seus olhos brilhantes a tornavam como uma deusa. Engoli saliva, observando cada movimento dela. A cena pareceu se desenrolar lentamente enquanto ela entrava na casa.

A garota se aproximou de mim, me empurrou e, antes de eu cair sentado no sofá, com sua voz suave, disse: "Fecha a boca. Se deixar aberta, vai entrar mosca." Voltei à realidade quando Eliza a reconheceu como a filha daquele casal simpático. Embora ela não se parecesse nada com eles, era filha deles.

Eliza perguntou sobre mim, e a garota me olhou de cima a baixo com um olhar sensual. Sua mãe então comentou que não sabia o meu nome, e ela pediu que eu me apresentasse. Rapidamente respondi: "Claro, que inconveniência minha. Prazer, Lyon", apontando na direção da mão da moça.

Ela me puxou para um beijo no rosto e cochichou no meu ouvido: "Não precisa ter vergonha, bobo. Aqui somos todos íntimos."

Fiquei ainda mais interessado com a ousadia de Sophie ao me apresentar. Conhecíamos-nos há menos de dois minutos, mas ela já tinha uma desenvoltura intrigante. Após o nosso beijo no rosto, debochei dizendo que eu já havia me apresentado e agora era a vez dela. Ela me olhou com um sorrisinho de canto, seu olhar sensual me deixava intrigado, e eu só conseguia pensar em sentir seus lábios nos meus.

Sophie se apresentou, e tanto seu nome quanto sua atitude eram encantadores. Nossos olhares se encontraram por meros minutos, mas logo Eliza entrou na frente, comentando que estávamos nos dando bem e perguntando se Sophie ficaria para dormir. Ela explicou sua situação, procurando por sua meia-irmã desaparecida após uma trilha. Pensei em partir para não atrapalhar, mas Eliza insistiu que eu ficasse.

Sophie perguntou sobre o lugar para dormir, e Eliza sugeriu que eu poderia ficar no quarto com Sophie, enquanto Lohram, o irmão mais velho de Sophie que mora no Canadá, estava fora. Eu aceitei a oferta, e Sophie explicou que Lohram era seu irmão mais velho que estava fazendo intercâmbio no Canadá.

Quando perguntei se não seria um problema eu dormir no quarto com Sophie, todos disseram que não. No entanto, Claudio se levantou dizendo que estava cansado e precisava acordar cedo no dia seguinte. Despedi-me educadamente e fui para o quarto. Sophie também se despediu de sua mãe.

Quando as luzes se apagaram, Sophie se aproximou, fechou a porta e sentou-se na cama, perguntando se eu estava com sono.

Eu disse que não estava com sono, e Sophie me convida para sentar com ela na cama para conversarmos até pegarmos no sono. Aceitei o convite, interessado em saber mais sobre ela. Sophie começa a fazer perguntas sobre minha vida, questionando se sou solteiro. Respondo que aparentemente sou, e ela me olha de uma maneira diferente, mas eu ignoro e pergunto sobre o estado civil dela.

Antes que ela termine de responder, resolvo ser mais ousado e digo, sorrindo: "Claro que uma gatinha dessas não é solteira." Viro o rosto, tentando parecer desinteressado, mas Sophie, com suas mãos delicadas, puxa meu rosto para perto do dela e cochicha, chegando bem perto da minha boca: "Aí é que você se engana, gato."

Fico sem reação quando Sophie se aproxima, meu coração batendo forte com a proximidade de sua boca da minha. Ela se afasta e revela que, embora antes namorasse, o cara a traiu com sua melhor amiga. Eu compartilho que antes do coma também tive um relacionamento, mas terminei porque não sentia mais o mesmo amor pela pessoa.

Silêncio reina por alguns minutos, e a chuva, que havia dado uma trégua, retorna. Minha mente divaga, preocupado com Luna e como ela está. Sophie percebe minha distração, pergunta sobre o que eu estava pensando, e volto à realidade, dizendo que não é nada demais.

Sophie retoma o tema dos relacionamentos, perguntando sobre o meu último beijo. A pergunta me surpreende, pois é algo íntimo que eu não esperava compartilhar com uma pessoa que conheci há apenas uma hora. Fico pensando no meu último beijo, distraído pela situação e esquecido dos detalhes.

Sophie pega na minha mão, olha para mim descaradamente e diz que me achou um gato novamente. Ela segura meu rosto e o aproxima do dela, ficamos boca a boca. Desta vez, senti a necessidade de tomar uma atitude, mas antes que eu pudesse hesitar, Sophie cochicha perguntando se eu vou ficar ali parado. Sem pensar duas vezes, nos entregamos a um beijo.

O beijo era envolvente, perfeito, as bocas se encaixando de maneira harmoniosa. Sua boca era macia e doce, lembrando-me vagamente de Luna, mas eu não podia me deixar levar. Tentei esquecer o mundo lá fora enquanto estávamos aos beijos. O calor do momento parecia aumentar, e Sophie, com sua ousadia, começou a tirar minha camiseta. O calor tornou-se mais intenso, e a situação escapava cada vez mais do meu controle.

Por fim, enquanto a chuva ecoava lá fora, Sophie e eu nos entregávamos ao amor dentro do quarto escuro e aconchegante. Era prazeroso; ela acariciava-me com suas mãos doces e macias, e eu me perdia totalmente em seu corpo quente.

Tempo depois, concluímos nosso momento e percebi o erro que cometi. Estava ao lado de Sophie, que havia adormecido em meus braços. Rapidamente, vesti minha roupa e, silenciosamente, deixei o quarto. Decidi retomar minha busca por Luna. A chuva já havia parado. Peguei minhas coisas e saí da casa de Claudio e Eliza.

Sai novamente para a floresta, gritando pelo nome de Luna. Fui adentrando cada vez mais, até que ouvi um barulho. Eram 4 da madrugada, e a incerteza sobre o que encontraria naquele momento me deixava receoso. Silenciei meus passos e me aproximei. Vi uma sombra, e através da silhueta, reconheci que era uma pessoa.

Quando ela me viu, gritou e saiu correndo. Sem escolha, iniciei uma perseguição rápida. A pessoa andava devagar, parecia pálida e estava molhada, provavelmente pela chuva. Gritei: 'Ei, calma! Eu não vou te machucar, apenas quero uma informação.' Ela parou, e pude ouvir nitidamente meu nome sendo pronunciado com uma voz rouca e cansada: 'Lyo... Lyo... Lyon.' Após dizer isso, desmaiou.

Corri e me aproximei dela, aliviado ao perceber que era Luna. Ela estava pálida e molhada, claramente em péssimas condições. Sem hesitar, a peguei em meus braços e me encaminhei em direção à cabana de Eliza e Claudio.

𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖊𝖘𝖙𝖎𝖓𝖔𝖘Onde histórias criam vida. Descubra agora