A Noite Carioca

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Logo ao chegarmos ao Rio de Janeiro, fomos recebidos com uma festa animada, uma introdução surpreendente à cidade. Mesmo antes de nos instalarmos, um mordomo pegou nossas malas e as levou para nossos quartos no luxuoso hotel.

Na festa, fomos abordados por uma jovem chamada Laila, que se apresentou como filha do dono do hotel. Dançamos, conversamos e rapidamente me dei conta de que gostava muito dela. Laila mostrou-se educada, gentil e parecia estar disposta a tornar nossa estadia no Rio de Janeiro ainda mais especial.


Bebemos, dançamos e a noite se desenrolou como uma das melhores que eu já tinha vivido. No entanto, algo que me intrigava era o rapaz de olhos azuis que eu tinha visto mais cedo. Perguntei a Laila se ela o conhecia, e ela apontou para ele, que estava na pista, em pé, dançando com um copo de bebida nas mãos. Ela disse: "Aquele ali é o Caio meu irmão. Bonito, não é?". Fiquei chocada, como assim o bonitão era irmão de Laila? Era uma surpresa inesperada, mas explicava a boa aparência de ambos. A noite ganhava mais histórias interessantes a cada revelação.


Laila, sorrindo, revela: "Ele é meu irmão gêmeo. Toda vez que papai viaja, a gente dá uma festa aqui no hotel. Por acaso, você criou um sentimento por ele?"

Eu, ficando vermelha e sem saber muito bem onde enfiar a cara, respondo: "Claro que não, amiga. Eu apenas achei ele bonito e me intriguei com sua beleza. Vocês não se parecem em nada. Nunca passaria pela minha cabeça que vocês eram irmãos gêmeos."

Laila ri da situação, e eu percebo que essa noite no Rio de Janeiro estava cheia de surpresas e reviravoltas.


Por pura coincidência, minha música favorita começou a tocar, e eu fiquei ainda mais feliz e surpresa. Exclamei: "Olha, minha música favorita! Vamos dançar!" Desde a hora que cheguei até meia-noite, continuamos curtindo a festa. Eu já estava um pouco embriagada, mas não tirei meus olhos de Caio, o irmão bonitão de Laila. Ele também não perdeu a oportunidade de me olhar dançando, ainda de um jeito elegante para deixá-lo mais interessado.

Por um instante, lembrei do meu primeiro encontro com Felipe na festa do meu primo. Eu e Caio estávamos olhando da mesma forma. O que faltava era ele ter uma ex-namorada problemática e piscar para mim. Decidi que eu mesma teria que tomar uma atitude, já que ele parecia ficar na mesmice. A noite prometia mais reviravoltas, e eu estava disposta a torná-la ainda mais interessante.


Cheguei próximo dele e sussurrei em seu ouvido: "Perdeu alguma coisa? Você não para de me olhar." Ri enquanto aguardava sua resposta.

Ele olhou para mim e disse: "Você acredita em amor à primeira vista, ou devo passar por aqui de novo?" Ambos rimos, tornando o clima descontraído. Parecia que a noite no Rio de Janeiro estava cheia de surpresas e flertes animados.


A música animada deu lugar a uma melodia romântica, e todos ao redor começaram a se juntar e dançar agarrados. Caio estendeu a mão para mim, olhando romanticamente, e me juntei a ele para dançar. Ele era gentil, simpático, e seu sorriso era encantador. Eu me perdi em seus olhos.

Contudo, ao olhar para o lado, vi Felipe de braços cruzados e com a expressão fechada, ainda dançando. Pedi um tempo a Caio e fui até Felipe para ver se conseguia puxar algum assunto. A noite estava repleta de emoções, e eu me via no meio de um turbilhão de sentimentos.

Fê, vamos se animar, por que você está aí parado?" disse eu. Ele me olha com aquela cara de "O que você quer comigo?" e responde: "Olha, Luna, na boa, não precisa ter dó de mim. Volta lá fazer o que você estava fazendo e me deixa aqui só." Ele sai, me deixando ali sozinha. Eu nem ligo e volto para a pista de dança, mas não encontro Caio por onde ele foi parar. Decido que, para mim, aquela festa já deu, então vou para o quarto descansar, pois amanhã seria um dia longo e talvez cansativo.

Subi para o quarto e entrei. O quarto era lindo e grande. Por sorte, ou talvez azar, eu teria que dormir com Felipe. Decidi não ir dormir, pois ele já estava lá. Fiquei vendo um pouco de TV até o sono bater, e finalmente, acabei dormindo.

Horas se passaram desde que eu adormeci. Acordei com o sol batendo em meu rosto e uma barulheira vinda da cozinha. Ainda submersa em meu sono, olhei e vi Bryan, Lia e Felipe preparando o café da manhã.

Ouço Bryan dizer: "Mais precisa, prima! Acorda, dorminhoca. O café está na mesa. Se apresse que a gente já tem que ir para a faculdade!"

Dei um pulo tentando sair do sofá, e eles riram de mim. Rapidamente, me apressei, pois já estava atrasada. Fui até o quarto, peguei minha melhor roupa, tomei um banho frio para refrescar a mente, me arrumei toda, tomei meu café e descemos para ir até a faculdade.

Pegamos o famoso Uber, o aplicativo mais usado no Brasil, e, após alguns minutos, finalmente chegamos. Meu sonho estava diante de mim, a oportunidade finalmente bateu à minha porta. Após alguns minutos de espera, fomos atendidos e nos inscrevemos nos cursos escolhidos. Lia e Bryan escolheram o mesmo curso, e eu optei por outro alternativo. Já Felipe escolheu o mesmo que o meu. "Pera aí, almas gêmeas?" pensei em minha mente e soltei uma leve risada.

"Ok, calouros, vocês foram aceitos. Vocês dois (apontando para Lia e Bryan) estão na sala 4A, e vocês dois (apontando para mim e Felipe) estão na 7C. As aulas começam na semana seguinte. Sejam bem-vindos e aproveitem bem as aulas!"

Eu estava estranhamente ansiosa; finalmente, meu sonho se tornou realidade. Vou cursar medicina. Para comemorar, fomos até um barzinho próximo. A música era estranhamente legal, mas quem sou eu para discutir gostos? Apenas deixei o momento levar, nada mais me abalaria. Dançamos, curtimos, comemos e decidimos ir para casa. A gente teria ido por volta das 17:00 para o barzinho e voltamos para casa às 1:00 da manhã, cansados e exaustos.

𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖊𝖘𝖙𝖎𝖓𝖔𝖘Onde histórias criam vida. Descubra agora