A Mal Fuga

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Luna Version...

Barbara disparou a arma, mas por sorte, ninguém foi atingido. O silêncio tenso que se seguiu foi quebrado pelo grito dela.

Barbara: E isso que vai acontecer com vocês se novamente acharem que são espertinhos. Vasculhem o quarto e encontrem o maldito celular!

Os capangas obedeceram às ordens, revirando cada canto em busca do celular que eu havia escondido. Mas eu era a única que sabia onde encontrá-lo.

Depois de um tempo, eles saíram da sala, mas não sem antes receberem um aviso silencioso de Bárbara, que fez um gesto significativo com as mãos antes de fechar a porta. Era um lembrete claro de que ela estava de olho em mim.

Lyon Version...

Felipe e eu despertamos lentamente, ainda sentindo os efeitos da ressaca castigando nossos corpos. Eu pego meu celular e, ao verificar as notificações, percebo uma chamada de um número desconhecido. Esfrego os olhos, tentando clarear a visão ainda turva pelo sono, e acordo Felipe rapidamente.

Lyon: Felipe, acorda. Olha isso.

Felipe, com voz sonolenta, responde:

Felipe: O que foi, cara?

Lyon: Olha isso, um número desconhecido me ligou. E se for Bárbara tentando fazer um acordo conosco para soltar Luna?

Felipe, agora mais desperto, pede:

Felipe: Me passa esse celular aqui. Deixa eu ver de perto.

Lyon entrega o celular para Felipe, que verifica a chamada e decide retorná-la. Ao atender, uma voz doce responde:

Voz desconhecida: Lyon?

Felipe grita: Luna, onde você está?

Luna responde: Felipe, Lyon, juntos? O que aconteceu para juntar esse fenômeno?

 Ela ri e depois diz:

 Luna: Calma, eu posso explicar isso outra hora. Prestem atenção, vocês dois. Eu não tenho muito tempo e não posso ficar de conversa afiada. Eu quero dizer que, se der qualquer coisa de errado, eu amo vocês.

Assim a ligação se encerra.

Luna Version...

Depois de desligar a ligação, não pensei duas vezes antes de destruir o celular em pedacinhos, aproveitando o buraco que já estava ali há semanas. Decidi fugir, sem hesitar em olhar para trás. Corri sem parar, sem ter ideia de onde estava indo, apenas seguindo em linha reta, sem sequer perceber o que estava ao redor. Logo me vi em uma espécie de deserto, sem saber como cheguei ali.

Caminhei por um longo tempo, sem encontrar nada além de areia e céu. O deserto parecia não ter fim, e minha exaustão começava a pesar. Decidi parar ali mesmo, na esperança de encontrar algum sinal de civilização em breve, talvez um posto ou algo do tipo.

ao andar muito vi que nao havia nada por perto entao pensei o que eu estava fazendo ali e se eu morresse de desitraçao ou algo do tipo nao arrisquei ja que nao estava com comida e suprementos para aquela fuga o certo a se fazer era voltar para aquele inferno entao foi o que eu fiz andei por muito tempo e consegui chegar la sem ser percebida entrei pelo mesmo local que sai e vida que segue.

sem celular sem nada apenas eu e minha fe para lutar contra as barbaridades de barbara por quanto tempo aquilo iria durar? eu ja estava exausta o que eu fiz foi me deitar e esperar para os dias que viriam para ver se algo de novo aconteceria.

Lyon Version...

Eu estava exausto; não havia notícias de Luna. Depois daquela fuga, acho que acabei estragando a única chance de trazê-la de volta. Felipe e eu estávamos nos lamentando por estragar tudo aquilo. Se tivéssemos tido um momento de preparação antes de invadir daquela forma, nada daquilo teria acontecido.

Luna Version...

Barbara entrou no quarto com uma bandeja de comida. Ela se aproximou, colocando a bandeja sobre a mesa ao lado da cama.

"Luna, trouxe sua comida," disse ela com um tom neutro, sem a habitual hostilidade.

Eu estava encostada na parede, tentando parecer o mais normal possível, apesar da adrenalina ainda correndo pelo meu corpo. Notei que ela estava me observando com um olhar mais atento do que o usual, como se tentasse decifrar algo em meu comportamento.

"Obrigada," respondi, mantendo minha voz firme. Peguei a bandeja e comecei a comer, tentando não demonstrar minha ansiedade.

Barbara ficou por ali por mais alguns minutos, observando. Eu me esforcei para não levantar suspeitas, comendo devagar e tentando agir como se nada tivesse mudado.

"Você está estranhamente calma hoje," comentou ela, sem tirar os olhos de mim.

Dei de ombros, tentando parecer indiferente. "Acho que estou me acostumando com a rotina aqui."

Ela franziu a testa, claramente desconfiada, mas deixou de lado qualquer suposição. "Aproveite a comida. Vou voltar mais tarde."

Assim que ela saiu do quarto, soltei um suspiro de alívio. Eu sabia que precisaria manter a calma e a cautela até conseguir uma oportunidade real de escapar.

Porém, percebi que fugir seria uma péssima ideia. Se eu fosse pega, as consequências seriam terríveis. Eu estava curiosa para ver até onde a vingança de Barbara chegaria.

O que me restava era apenas deitar e esperar pelos próximos dias, para ver no que tudo isso daria.

Assim fiz. Então, adormeci sem perceber.

Lyon Version...

Enquanto os dias se arrastavam, a incerteza parecia pesar ainda mais sobre meus ombros. Cada amanhecer trazia consigo a esperança de notícias dela, mas também o temor do desconhecido. No entanto, eu estava determinado a permanecer forte, aguardando pacientemente o desenrolar dos acontecimentos, na esperança de que o destino nos reunisse novamente.

Felipe e eu, a cada dia que passava, fazíamos de tudo para descobrir seu paradeiro. Espalhamos cartazes pela cidade e utilizamos todos os recursos disponíveis. Estávamos correndo contra o tempo, já haviam se passado cinco dias desde seu desaparecimento. Julia, sua mãe, estava aos prantos, implorando para tê-la de volta.

Horas e dias se passavam, e a única pergunta que martelava em minha cabeça era: o que Barbara queria fazer com Luna? Até que me veio uma ideia. Barbara sempre foi apaixonada por Felipe. E se usássemos ele como isca para acertar o alvo? Se Felipe a conquistasse novamente, ganharíamos sua confiança, aumentando nossas chances de dar o bote.

Fui até o apartamento de Felipe para contar minha ideia genial. No entanto, fui recebido com um 'não' imediato. Felipe argumentou que poderia dar errado e colocar a vida de Luna em risco. Insisti, tentando convencê-lo de que era nossa melhor chance. Depois de muita discussão, Felipe finalmente cedeu e concordou com meu plano. Juntos, estávamos determinados a dar um fim a essa história o mais rápido possível.

𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖊𝖘𝖙𝖎𝖓𝖔𝖘Onde histórias criam vida. Descubra agora