Capítulo 5

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Charlotte Austin' Point of View.

Tudo está em silêncio, as luzes estão apagadas. Estou muito cômoda e aquecida nesta cama. Que bom... Abro meus olhos, por um momento estou tranquila e serena, desfrutando do ambiente, que não conheço.

Não tenho nenhuma ideia de onde estou. O travesseiro da cama tem a forma de um sol enorme. Parece-me estranhamente familiar. O quarto é grande e está luxuosamente decorado em tons marrons, dourados e bege. Já vi isso antes. Onde?

Meu ofuscado cérebro procura entre suas lembranças recentes. Droga! Estou no hotel, em Heathman... em uma suíte. Estive em uma parecida junto com Heidi. E esta parece maior. Oh, droga! Estou na suíte de Engfa Waraha! Como cheguei até aqui? Pouco a pouco, as imagens fragmentadas da noite começam a me torturar.

A bebedeira.. OH, não! A ligação. OH, não, a ligação e meu vômito. OH, não, eu vomitei… Mew e depois Engfa. OH, não! Morro de vergonha.

Não recordo como cheguei aqui. Estou vestindo uma camiseta, sutiã e calcinha. Sem as meias e nem o jeans. Droga! Observo uma mesinha do quarto. Há um copo de suco de laranja e dois comprimidos. Ibuprofeno. Sua obsessão por controle está em todos os
lugares.

Levanto-me da cama e tomo os comprimidos. A verdade é que não me sinto tão mal, certamente estou muito melhor do que mereço. O suco de laranja está delicioso. Tira-me a sede e me refresca.

Ouço uns golpes na porta. Meu coração bate tão forte e minha voz quase não sai por minha boca, mas mesmo assim, Engfa abre a porta e entra.

Ah, ela estava fazendo exercício. Veste short e top preto de ginástica, e ela esta deliciosamente vermelha e suada. Eu respiro profundamente e fecho os olhos. Sinto-me como uma menina do colegial.

 Sinto-me como uma menina do colegial

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- Bom dia, Charlotte. Como se sente?

- Melhor do que mereço. - Eu murmuro. Levanto o olhar para ela.

Ela larga uma bolsa grande, de uma loja de roupas, em um divã e pega ambos os extremos da toalha que tem ao redor dos ombros. Seus impenetráveis olhos castanhos me olham fixamente. Não tenho nem ideia do que ela está pensando, como sempre. Ela sabe esconder o que pensa e o que sente.

- Como cheguei até aqui? - Pergunto-lhe em voz baixa, constrangida.

Ela senta-se num lado da cama. Está tão perto de mim que poderia tocá-la, poderia cheirá-la. Minha nossa…Suor, frescor e Engfa. Um coquetel embriagador, muito melhor que as margaritas, agora sei por experiência.

- Depois que você desmaiou não quis pôr em perigo o tapete de pele do meu carro te levando para a sua casa, assim te trouxe para este local. - Respondeu-me sem se alterar.

- Você me colocou na cama?

- Sim. - Ela respondeu-me impassível.

- Voltei a vomitar? - Pergunto-lhe em voz mais baixa.

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