Capítulo 27

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Olá englotinhas!!! Voltei pra mais uma atualização!

Peço desculpas pela demora !! Mas partir daqui estou por minha conta . É sempre bom ter uma perspectiva diferente né ? 😏

Espero que gostem e que vale a pena a espera !

Boa leitura 😘
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Charlotte Austin' Point of View

Tenho sobrevivido durante três dias sem Engfa, e hoje é meu primeiro dia de trabalho. Tem sido uma boa distração. O tempo voou em meio a uma névoa de caras novas, tarefas a cumprir e o Sr. Kanchai Kamnerdploy…. ele sorri para mim, com seus olhos pretos cintilantes, enquanto se inclina contra a minha mesa.

— Excelente trabalho, Char. Acho que faremos uma grande equipe.

De alguma forma, consigo erguer a cabeça para curvar meus lábios em um semblante de sorriso.

— Estou indo para casa, se estiver tudo bem com você — murmuro.

— Claro, são cinco e meia. Vejo você amanhã.

— Boa noite, Kanchai.

— Boa noite, Char.

Pegando minha bolsa, encolho os ombros no meu casaco e saio. No ar do início da noite em Seattle, respiro fundo. Ele não consegue preencher o vazio no meu peito, um vazio que está presente desde sábado de manhã, uma lembrança dolorosa e oca da minha perda. Ando em direção ao ponto de ônibus com a cabeça baixa, olhando para meus pés, meio triste por estar sem minha amada Wanda, meu velho Fusca... ou o Audi.

Fecho imediatamente a porta desse pensamento. Não. Não posso pensar nela. Claro, posso comprar um carro, um carro novo e agradável. Suspeito que ela foi muito generosa em seu pagamento, e o pensamento me deixa com um gosto amargo na boca, mas o rejeitei e devo manter minha mente fechada e o mais vazia possível. Não posso pensar nela. Não quero começar a chorar de novo, não na rua.

O apartamento está vazio. Sinto falta de Heidi, e a imagino deitada em uma praia em Barbados, bebericando um coquetel gelado. Ligo a televisão de tela plana, mais para ter algum ruído do que para preencher o vácuo e proporcionar uma aparência de companhia, mas não ouço nem assisto. Sento e olho fixamente para a parede de tijolos. Estou dormente. Não sinto nada, apenas dor. Quanto tempo vou suportar isso?

A campainha da porta me tira da minha angústia e meu coração salta uma batida. Quem poderia ser? Aperto o interfone.

— Entrega para a Sra. Austin  — uma voz cansada e entediada responde, e a decepção me atravessa. Desço as escadas com indiferença para encontrar um jovem mascando chiclete ruidosamente, segurando uma caixa de papelão grande e inclinando-se contra a porta da frente.

Assino o recebimento do pacote e o levo para cima comigo. A caixa é enorme e surpreendentemente leve. Dentro estão duas dúzias de rosas brancas de haste longa e um cartão.

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Parabéns pelo seu primeiro dia de trabalho. Espero que tudo tenha ocorrido bem. E obrigado pelo planador. Isso foi muito atencioso. Eu o tenho com orgulho sobre minha mesa.
Engfa.
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Olho para o cartão digitado e o buraco no meu peito se expande. Sem dúvida, sua assistente enviou esta mensagem. Engfa provavelmente tem muito pouco a ver com isso. É doloroso demais só de pensar. Examino as rosas; elas são lindas, e não posso jogá-las no lixo. Obedientemente, vou para a cozinha procurar um vaso.

E assim se desenvolve um padrão: acordar, trabalhar, chorar e dormir. Bem, tentar dormir. Não posso escapar dela, nem mesmo em meus sonhos. Olhos castanhos ardentes, seu olhar perdido, seu cabelo reluzente e brilhante, tudo me assombra. E a música... tanta música, que não posso suportar ouvir qualquer música. Tenho muito cuidado para evitá-la a todo custo. Até mesmo os jingles em comerciais me fazem tremer.

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