Capítulo 25

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Boa noite queridos leitores!!

Trago mais uma atualização para vocês ! 😅 Me perdoem a demora ❤️🙏🏻

Uma boa leitura e uma dica .... 🔞😏😉
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Charlotte Austin' Point of View

Minha mãe me abraça forte.

— Ouça seu coração, querida, e por favor, procure não dar demasiada importância às coisas. Relaxe e desfrute. Você é muito jovem. Ainda tem muita vida pela frente, viva-a. Você merece o melhor.

Suas tristes palavras sussurradas ao meu ouvido me confortam. Ela beija meu cabelo.

— Ai, mamãe. — Agarro-me em seu pescoço e, de repente, meus olhos se enchem de lágrimas.

— Carinho, já sabe o que dizem, terá que beijar muitos sapos para encontrar o príncipe encantado.

Dou-lhe um sorriso retorcido, agridoce.

— Parece que beijei uma princesa, mamãe. Espero que não se transforme em uma rã.

Ela me brinda com seu sorriso mais terno, maternal e amoroso e, enquanto nos abraçamos de novo, percebo o quanto amo esta mulher.

— Charlotte, estão chamando seu voo. — Bob me avisa nervoso.

— Irá me visitar, mamãe?

— É óbvio, querida... em breve. Amo você.

— Eu também. — Quando ela me solta, tem os olhos vermelhos das lágrimas contidas.

Odeio ter que deixá-la. Abraço Bob, dou meia-volta e me encaminho ao portão de embarque. Hoje não tenho tempo para a sala VIP. Não quero olhar para trás, mas faço... e vejo Bob abraçando minha mamãe, que chora desconsolada com as lágrimas escorrendo pelas bochechas.

Já não posso conter mais as minhas. Abaixo a cabeça e cruzo o portão de embarque, sem levantar os olhos do branco e resplandecente chão, turvado através de meus olhos empapados de lágrimas.

Uma vez a bordo, rodeada do luxo da primeira classe, me encolho no assento e tento me recompor. Sempre é difícil e doloroso me separar de minha mãe. Ela é atrapalhada, desorganizada, mas também perspicaz, e me ama muito. Com um amor incondicional, que toda criança merece de seus pais. O rumo que tomam meus pensamentos me faz franzir o cenho. Pego meu telefone e olho consternada.

O que sabe Engfa de amor? Parece que não teve amor incondicional durante sua infância. Aperta-me o coração e, como um vento suave, me vêm à cabeça as palavras de minha mãe: "Sim, Charlotte. Deus, o que mais precisa? Uma placa luminosa na sua testa?". Ela acredita que Engfa me ama, mas, claro, ela é minha mãe, como não vai pensar assim? Para ela, mereço o melhor. Franzo o cenho.

É verdade, e, em um instante de assombrosa lucidez, percebo. É muito simples, eu quero seu amor. Necessito que Engfa Waraha me ame. Por isso temo tanto nossa relação, porque, em um nível profundo e existencial, reconheço em meu interior um desejo incontrolável e profundamente enraizado de ser amada e protegida. E, devido às suas sombras, me contenho.

O sadismo era uma distração do verdadeiro problema. O sexo é alucinante, e ela é rica, e bonita, mas tudo isso não vale nada sem seu amor, e o mais desesperador é que não sei se ela é capaz de amar. Nem sequer se ama a si mesma. Lembro o desprezo que sentia por si mesma, e que o amor de sua mãe era a única manifestação de afeto que encontrava "aceitável".

Castigar, açoitar, bater, e tudo o que poderia fazer para elevar sua relação, não se considerava digna de amor. Por que se sentia assim? Como podia se sentir assim? Suas palavras ressoam em minha cabeça: "É muito difícil crescer em uma família perfeita quando você não é perfeito". Fecho os olhos, imagino sua dor, e não alcanço a compreensão.

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