Lia é uma jovem determinada e corajosa, que está disposta a fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos e ajudar os outros. Após uma conversa emocionante com seu avô aposentado, que expressou sua falta de honra por nenhum de seus filhos...
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Estava sentado lá há uma hora, aguardando, o instrutor que deveria ser o primeiro a chegar no local. A ansiedade me consumia enquanto os minutos passavam lentamente. Alguns minutos depois, pude ver a silhueta de alguém saindo de dentro da escola. A escuridão dificultava minha visão.
Cerrei um pouco os olhos e consegui distinguir um garoto saindo. Pelos rostos que analisei, Luke. Ele parou em minha frente e prestou sua continência com a mão direita, um gesto que me fez ponderar sobre sua disciplina.
— Sente-se.
Ordenei, e ele se acomodou ao meu lado, a tensão entre nós era palpável. Os poucos momentos em que o vi, ele estava com as únicas duas meninas que passaram, a ruiva e a McKenzie.
— Bom, hoje será bem pesado, não é mesmo? — Escutei ele perguntar, mas não o respondi. Na verdade, estava mais preocupado em como o dia se desenrolaria.
— Não viu mais ninguém vindo para cá? — Sua voz soava ansiosa, mas eu não estava no clima para conversas.
Não sou do tipo de instrutor que é muito rigoroso, exceto quando devo ser ou se a pessoa é marcada por mim. O que quero dizer com "marcada"? Quando alguém se destaca muito, tanto pela base ruim quanto pela boa. Se fez merda? Viro o inferno na vida da pessoa. Chamou minha atenção? Também.
Pude ver seu rosto se virar pela minha visão periférica. Havia um misto de expectativa e preocupação em sua expressão.
— Bom, apenas bati na porta da Lia para acordá-la, de resto? Provavelmente estão todos dormindo.
Virei meu rosto para encará-lo, e ele franziu o cenho, talvez percebendo minha falta de interesse.
— Falei algo de errado?
Não respondi, apenas olhei para frente. De certa forma, eu estava avaliando-o, tentando entender sua personalidade.
100 flexões de punho cerrado. 09 barras. Onde uma garota que nem é soldado conseguiria fazer isso? Muitos aqui subestimam o sexo feminino. Então, quando acabou todo o TAF, eu fui obrigado a escutar somente "McKenzie" dentro da sala de oficiais.
**Flashback on**
Adentrei a sala de oficiais e pude ver todos sentados ao redor da mesa. A atmosfera estava tensa, e o peso da responsabilidade me pressionava.
— Boa noite, senhores.
Me sentei sobre a única cadeira vaga em frente à mesa e logo recebi alguns papéis. A expectativa era palpável.
— Esta reunião está sendo executada para escolhermos os recrutas que irão participar de cada pelotão.
Começamos a folhear e minha primeira folha foi a de um homem.
"Luke Donfort. 17 anos. Filho único. 3º ano do ensino médio. Formado em Informática básica e enfermagem.
