18 Eighteen

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É impressionante como ele pode mudar de humor tão rapidamente, incrível!

— Sua mãe está vindo? — perguntou enquanto se sentava ao meu lado no sofá da sala.

— Pelo que ela falou, sim. — Respondi, sentindo uma leve ansiedade no peito. Ele já havia tomado banho e estava com os cabelos molhados, usando apenas uma calça moletom, um estilo bem diferente do que eu costumava vê-lo dentro da EMLA. A visão dele assim, tão relaxado, me fez questionar se havia um lado dele que ainda não conhecia.

Meus olhos percorreram seu corpo e parei em seu peitoral bem definido. Era difícil não notar como ele parecia confiante e à vontade.

— Gosta do que vê? — ele provocou, exibindo um sorriso malicioso que parecia iluminar seu rosto.

— Não é melhor do que o de outro cara. — Voltei meu olhar para o seu rosto, tentando esconder o quanto sua presença me afetava. Mas percebi que seu sorriso havia desaparecido. Ele coçou a garganta, e uma tensão começou a preencher o espaço entre nós.

— Quem seria 'outro cara'? — ele perguntou, ainda me encarando, sua curiosidade agora visivelmente despertada.

— Uma pessoa qualquer — respondi casualmente, evitando aumentar seu ego com elogios. A verdade é que não queria alimentar a competição que parecia brotar entre nós.

Ele endireitou sua postura e seu sorriso desapareceu completamente.

— Quem seria essa pessoa? — A intensidade de sua pergunta me fez sentir uma pontada de diversão. Era interessante vê-lo assim, tão interessado.

— Por que a curiosidade? — indaguei, me divertindo com a situação.

— Tem interesse em alguém? — ele perguntou, visivelmente inquieto e sério. A mudança de tom me deixou intrigada. O que estava acontecendo com ele?

Arqueei as sobrancelhas e observei sua reação.

— Talvez — respondi, apoiando o cotovelo esquerdo no joelho esquerdo e inclinando meu rosto para o lado.

Ele bufou e virou o rosto, como se estivesse tentando processar a informação.

— Posso perguntar por que essas respostas vagas? — Ele realmente queria saber, o que pude perceber por sua expressão.

— Por que de repente você quer saber sobre minha vida? — Minha curiosidade crescia a cada instante. O que ele realmente queria?

— Eu deveria saber, já que você me pertence. — Ele disse, apoiando o braço esquerdo no sofá atrás de mim e aproximando seu rosto. Essa afirmação me pegou de surpresa, e eu não sabia como reagir.

Endireitei-me rapidamente e o encarei incrédula.

— Eu não pertenço a você. — As palavras soaram mais firmes do que eu pretendia.

Ele aproximou ainda mais seu rosto, suas íris escurecendo, e senti sua respiração quente se misturando com a minha. Era uma situação estranha e confusa, mas eu não conseguia desviar o olhar.

— Você não tem escolha. É minha, me pertence e nunca pertencerá a mais ninguém — ele disse com convicção. — Preciso saber se você está com alguém, e se não me der uma resposta satisfatória, eu vou descobrir sozinho. —

Gortoz a RanOnde histórias criam vida. Descubra agora