13 Thirteen

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Comentem bastante!

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Saí do meu quarto, determinado a enfrentar o que estava por vir, quando o Sargento Miles me chamou para a sala dos oficiais. O coração acelerou, uma sensação de apreensão me invadiu. Era um espaço que sempre parecia carregar um peso adicional, como se cada conversa ali fosse marcada pela gravidade das decisões que eram tomadas. Ao adentrar a sala, logo avistei Marrocos sentado à mesa enorme, sua presença imponente e séria me fez sentir um frio na barriga.

— Novamente? O que eu fiz desta vez? — perguntei, tentando dar um tom brincalhão à situação, mas a verdade é que sempre que me chamavam ali, nunca era por uma boa causa. A atmosfera carregava uma tensão palpável, como se uma tempestade estivesse prestes a se formar.

— Gracy, não estamos para brincadeiras. — A seriedade na voz dele era evidente.

“Estamos.” Olhei ao redor da sala, absorvendo cada detalhe. Minha visão caiu sobre Sebastian, um dos comandantes da escola, que, embora estivesse ao lado de Marrocos, não tinha autoridade superior sobre mim. Porém, a inquietação em seu olhar me disse que algo estava errado.

— Senta na cadeira. — Ele mandou, mas eu continuei em pé, desafiando a autoridade que emanava dele.

Pude notar o momento em que ele passou a mão pelo rosto, um gesto que revelava sua impaciência crescente.

— Por favor. — Pediu, e eu não pude evitar um sorriso irônico diante da sua súplica.

Fui até a cadeira que ficava de frente para ele e me sentei, tentando esconder a inquietação que estava crescendo dentro de mim.

— Então… por que minha atenção em uma hora dessas? — perguntei, mantendo o tom brincalhão, mesmo sabendo que não havia nada de engraçado na situação.

Sebastian então começou a despejar um monte de folhas sobre a mesa, lançando-as em minha direção.

— O que é isso? — franzi o cenho, encarando-o enquanto ele apontava para as folhas, que pareciam estar repletas de informações cruciais.

Puxei uma delas para mim e pude ver que algumas continham informações e fotos. O conteúdo fez meu estômago revirar.

— Olhe você mesmo. — Ele insistiu.

Olhei para a primeira folha e a realidade brutal se impôs diante de mim. Antony McKenzie e sua esposa foram mortas nesta madrugada, tudo indica que foram vítimas de assassinato. A descrição dos eventos era horrenda: os corpos de Antony, um idoso de 82 anos, encontrados sem vida em sua cama ao lado da esposa, que foi ferida com quatro facadas no peito, enquanto Antony recebeu 27 facadas e um tiro certeiro no rosto. A sensação de que tudo isso tinha uma motivação específica e pessoal me atingiu em cheio.

Parei de ler, a gravidade da situação me sufocava.

— O que pretende fazer me mostrando isso? — minha voz saiu mais baixa, mas a indignação estava presente.

— São os avós da McKenzie, ela irá endoidar. — A expressão de Sebastian era de preocupação genuína enquanto ele se levantava e apoiava os braços sobre a mesa.

— A organização vai ficar uma bagunça, Gracy. Ele era cabeça de tudo e agora não temos ele da noite para o dia. O que faremos em relação aos ataques?! — sua frustração era palpável, e isso aumentou a tensão em mim.

Franzi o cenho com a última palavra.

— Ataques?! — Perguntei incrédulo, a confusão se misturando à raiva. Ninguém havia me informado sobre isso.

Gortoz a RanOnde histórias criam vida. Descubra agora