Havia se passado um mês desde a prova e eu estava rolando a página onde anunciava os aprovados. A ansiedade me consumia, e cada segundo parecia se arrastar. Meu coração batia acelerado enquanto deslizava os dedos pela lista, tentando encontrar meu nome.Não, não, não... ainda não vi..
Rolei mais para baixo e, de repente, minha respiração trancou.
"68 - Lia McKenzie"
Os olhos se arregalaram e um grito escapuliu dos meus lábios.
— Mãe! — chamei, minha voz quase um sussurro de incredulidade.
Ela apareceu rapidamente, a preocupação estampada no rosto.
— O que houve, Lia?!
Eu não conseguia conter o sorriso que brotava de mim.
— Passei!
— Mentira! — Ela não conseguiu segurar a emoção e, em um piscar de olhos, estava me abraçando, seus lábios pressionando minha bochecha.
— Estou tão orgulhosa! — Ela disse, e eu podia sentir a alegria dela transbordando.
— Quando começa? — Perguntei, ainda em choque.
— Mês que vem! — Sua expressão se iluminou.
Levantei da cama, um turbilhão de sentimentos me invadindo. Corri para calçar meus tênis, ansiosa.
— Aonde vai? — Ela perguntou, levantando-se também.
— Vou contar para o vô e para a vó!
(...)
Cheguei na casa dos meus avós e toquei a campainha ansiosamente. Cinco toques rápidos, mal conseguindo conter a excitação.
A porta se abriu, e minha avó apareceu.
— Passei! — exclamei, não conseguindo conter um sorriso radiante.
Ela me encarou, confusa.
— No que você passou?
— Passei na EMLA! — Abracei-a, a adrenalina correndo em minhas veias.
Ela arregalou os olhos e puxou-me para dentro do quarto deles.
— Pai! — Ela exclamou, acordando meu avô.
Ele abriu os olhos lentamente e sorriu ao me ver.
— Passei! Vô, eu passei na EMLA!
Minha avó franziu o cenho.
— Pai, é a Escola Militar de Los Angeles.
A reação dele foi instantânea. Ele olhou para ela e, em seguida, para mim, um sorriso enorme se formando em seu rosto.
— Parabéns, minha neta! — Ele disse, a felicidade iluminando seu olhar.
Ele se levantou, dirigindo-se a um dos quartos, e minha avó o seguiu.
— Pai! Está cheio de poeira, saia daí! — Ela disse, batendo levemente em seu ombro.
— É só uma poeirinha, não vai me matar! — Ele respondeu, fazendo uma careta, enquanto saía com uma pasta.
— Lia, venha aqui. — Ele me chamou, sentando-se na cama.
— Essa pasta eu usava quando era mais novo. Aqui tem todos os meus materiais de desenho. Você é a única que herdou isso de mim e eu quero lhe entregar.
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Gortoz a Ran
FanfictionLia é uma jovem determinada e corajosa, que está disposta a fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos e ajudar os outros. Após uma conversa emocionante com seu avô aposentado, que expressou sua falta de honra por nenhum de seus filhos...