21 Twenty-one

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Comentem bastante! ):)

Lia McKenzie.

Essa foi a mulher que me cativou apenas com seu sorriso, olhar, glamour e talento. Muitas me olham, mas só consigo ver ela.

A menininha de sete anos, com seus cabelos cheios de cachos castanhos, o olhar mais marcante na multidão. O amor das crianças é insignificante? É inútil? Apenas algo passageiro? Na verdade não. É o amor mais verdadeiro e puro. As crianças não conhecem a completa maldade do mundo, são os seres mais puros que existem.

Elas tem o amor verdadeiro.

Por essa razão, se apaixonar na infância não deveria ser tão condenável aos olhos dos adultos que não conseguem encontrar alguém para si. Os adultos buscam amor no dinheiro e na aparência, enquanto as crianças se amam pelos mesmos gostos e pelo carisma compartilhado.

Quando a vi, percebi seu carisma, e foi isso que me pegou de surpresa. Nunca senti meu coração saltar tão forte como naquele momento... Mas será que eu poderia amá-la?

Meu pai desde sempre me ensinou que dinheiro é mais importante que tudo, uma mulher nunca daria isso a mim, era o que ele falava, mas Lia McKenzie é rica e não estou falando de dinheiro.

Desde sempre, meu pai me ensinou que o dinheiro é mais importante do que tudo. Ele costumava dizer que uma mulher nunca poderia me oferecer isso, mas Lia McKenzie é rica, e não estou falando de dinheiro.

Ele sempre me advertiu para nunca me aproximar dela, dizia que era errado, mas eu nunca quis manter distância.

"Não há amor entre crianças" - essas palavras surgiram de um adulto alcoolizado que agredia sua esposa e seu filho, alguém que não consegue encontrar seu lugar nesta sociedade.

Porque o amor certo e puro é errado e o errado sem amor é certo?

A convivência de uma criança com pessoas assim podem torná-la desta forma e comigo não foi diferente.

Ser fechado não foi uma escolha minha.

Ser odiado não foi uma escolha minha.

Ser o que eu sou não foi escolha minha.

Me olhei no espelho do meu quarto, estava apenas de cueca box enquanto olhava aquela cicatriz, a pior cicatriz que alguém pode ter.

A pior de todas.

Senti a vontade de chorar me invadir, mas eu jurei me odiar e não faria isso.

Leon nunca iria voltar. Existe apenas Gracy agora.

Coloquei meu short e fiquei apenas com ele.

Saí do quarto e me dirigi até a cozinha para preparar meu café.

Quando estava indo até a panela escutei meu celular vibrar contra a pedra de mármore.

O encarei por alguns segundos.

Número desconhecido.

Receio foi o que senti, mas e se for ela?

Me estiquei e peguei o celular, o atendi e coloquei por cima da minha orelha.

— Alô?

Um burburinho foi escutado atrás.

— Alô? Senhor Gracy? Sou o doutor do hospital Swar teria como vir aqui? O paciente que foi internado ao seu pedido acabou de entrar em cirurgia imediata.

Blake.

— Estarei aí.

Desliguei o celular e larguei o que estava fazendo, fui até meu quarto e me vesti o mais rápido que pude. Uma blusa preta, calça social e jaqueta de couro juntamente ao meu tênis.

Gortoz a RanOnde histórias criam vida. Descubra agora