O passado sempre se faz presente...

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Ollavo estaciona o carro e confere novamente sua vestimenta. Assume a si mesmo que talvez tenha exagerado, porém, hoje ele quer impressionar. Ele sai do carro e olha para a fachada do restaurante, achando tudo tão conveniente para a sua companhia que começa a achar graça de tudo que está fazendo.

É notável que ele não precisava ter vindo com a BMW, muito menos ter perdido tanto tempo se arrumando, o problema é que ele está de muito bom humor e quando esses dias chegam ele não precisa dizer nada, seu próprio corpo e gestos comunicam de maneira inconsciente o tamanho da sua felicidade. Entra no restaurante e logo é atendido pela recepcionista que confere sua reserva.

— Ah, ela já chegou e trocou de mesa, ela está na primeira varanda no segundo andar. – a jovem atendente o explica.

O homem solta um sorriso percebendo que os assuntos a serem tratados devem ser muito importantes para ela ter chegado adiantada. Ele entra, sendo acompanhado de uma garçonete até a mesa que a mulher está. Quando olha para a silhueta de sua companhia de almoço, sentada vestida como uma executiva, ele teve uma súbita vontade de dar meia volta e trocar de roupa.

— Achei que queria aproveitar o almoço. – Ollavo fala para a mulher que se vira e sorri para ele de lábios abertos se levantando para o abraçar.

O homem segura singelamente ela em seus braços, porém a mulher faz questão do ato se tornar mais íntimo ao passar seus braços na altura dos ombros do homem e o apertar como uma criança abraça o seu pai que esteve esperando durante o dia inteiro para brincar.

— Eu nunca paro de trabalhar e a culpa é sua. – Patricia diz após soltá-lo. – Olha eu, em plena tarde de sábado, tendo que resolver sua vida.

— Não, você se aproveitou da oportunidade para me fazer pagar caro em um almoço. – Ele a faz rir com a observação.

— São apenas meus honorários por tanto trabalho. – Patricia se afasta e olha bem para o homem, de cima a baixo. – Mas acho que você quer aproveitar mais esse almoço do que eu.

Ollavo se envergonha caindo em si que não precisava ter se arrumado tanto para um simples almoço, mas jurava que sua amiga estaria tão bem vestida quanto ele.

— Bem, pelo ambiente que eu estou é normal estar vestido assim. – uma boa desculpa.

— Não, não é o seu normal, mesmo em um restaurante assim. – Patricia se senta e gesticula para ele se sentar também. – E você está radiante hoje, não me diga que é porque ia me ver.

Ollavo não seria, nunca, jamais, sincero pelo real motivo de estar tão animado neste sábado.

— Só quero aproveitar o almoço mais caro da minha vida. – Ele reclama mais uma vez, a fazendo dar uma gargalhada.

— Pare de ser um mesquinho, Senhor Major do Exército. – Patricia começa com suas brincadeiras irritantes só para o provocar.

— Se ficar de graça, faço dividirem a conta. Senhorita projeto de Juíza. – Ollavo revida a brincadeira logo se arrependendo, parece que os dois voltaram ao jardim de infância.

Ela levanta a mão para chamar o garçom já animada com tudo que podem conversar nesta tarde.

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Thalles tendo acabado de tomar banho, mexe em sua mala e pega uma de suas camisetas se sentindo feliz por poder usar suas roupas novamente. Olliver que está na beira da cama com uma cara de cachorro triste quando seu dono está prestes a sair de casa, pondera se começa ou não um diálogo sobre como está inseguro com essa atitude dele de ir ver sua mãe. Ele gostaria muito de fingir que não está afetado e tem consciência de que é problema seu estar se sentindo assim por algo tão pequeno.

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⏰ Última atualização: Jan 27 ⏰

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