Quando Dois Corações Colidem!

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Olliver fica feliz em recordar de sua infância cozinhando com sua avó, os cheiros dos temperos, o jeito que ela cantarola enquanto prepara a comida, a mania de colocar o pano de prato nos ombros, o faz lembrar de seus melhores dias. Ele abre um sorriso besta ao perceber que em todos esses momentos a uma coisa em comum – Thalles. Ele sente seu coração pular ao puxar na memória todas as coisas que já acontecera em sua vida e percebe que tudo mudou, menos um detalhe... Thalles continua ao seu lado.

Acaba se perdendo no que está fazendo lembrando do mais novo, foi quando se tocou e se questionou: “A quanto tempo eu amo você? Por que só agora eu me toquei disso?!”

— No que meu neto está pensando para estar tão alegre? – Célia pergunta contente, olhando o jovem cortar batata sem nem olhar para a mesma com um sorriso enorme estampado no rosto.

Olliver desperta de seu sonho lúcido e volta ao seu trabalho, sorri sem graça para sua avó após perceber que nem entendera o que ela perguntou. A mais velha logo percebe que não terá resposta e resolve brincar.

— Com esse olhar perdido e sorriso bobo, poço afirmar que você está sofrendo de paixonite aguda! – Célia conclui rindo, mas quando vê o rosto do neto ficar vermelho percebe que sua brincadeira é verdade. – Ué, e tu tá mesmo?!

— Não! – ele logo percebe que foi muito eufórico em sua resposta e vê sua avó assumir um rosto de dúvida, ele não quer mentir, na verdade pra ele não haveria motivos para esconder seu relacionamento se não fosse por essa ligação de família que ele e Thalles mantém. – Quer dizer, só tô lembrando de quando eu e o Thalles éramos crianças... Era uma época boa.

Célia volta para o fogão, da um sorriso enorme vendo que Olliver é feliz com seu primo, que apesar de tudo que passaram eles continuam juntos.

— É... Você e o Thalles vão ser semelhantes a Fernanda e a Sandra, vão ser amigos pro resto da vida... Irmandade mesmo sendo filhos de outra mãe.

O jovem pensa nessas palavras e conclui consigo.

“Não é mais que isso... Ele vai ser meu marido!” – ele pensa e imagina isso se realizando, ele solta um riso involuntário em só pensar em colocar uma aliança naquele dedo pequeno e chama-lo de seu, a confusão que arrumaria com sua família para se unir com ele. Quando vê está sendo observado de novo e para de rir.

— As memórias com o Thalles são tão boas assim?! Quem pensa acha que você tá apaixonado por ele! – ela diz brincando e rindo, e logo volta a olhar a panela.

O mais jovem fica sem fala por alguns segundos, rindo sem graça para desfaçar, mas quando ia dar sua resposta é parado por um aberto no peito. Ele perde o ar de repente e puxa de volta profundamente, isso não é comum, é uma sensação ruim tomando conta. Começa a pensar seriamente se ele não esta tendo uma recaída permanente de seus ataques, seria algo ruim se isso acontecesse de novo, logo agora que ele está tão feliz, não a motivo para isso acontecer. Ele já perdoou Ollavo e está tendo um relacionamento maravilhoso com Thalles. Mas por que isso agora?

— Você está bem Olliver? – Célia pergunta após perceber o rosto de seu neto assumir uma expressão vazia e ao mesmo tempo dolorida.

— Só senti um aperto no peito, acho que é nada demais... – ele lembra de Thalles, e que o mesmo sempre esteve em seu lado nesses momentos.

Foi quando lembrou que quer retribuir isso, ainda está em dúvida sobre contar a verdade sobre o que descobrira sobre Dulce, esta com medo de machucar seu amado em vão. Quer contar e segurar em suas mãos, abraça-lo e protege-lo como o mesmo fez com ele anos atrás. Mas mesmo assim... Depois desse exemplo... sente receio.

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