Um Presente...

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Já é fim de tarde e Alice finalmente saiu do quarto trazendo em suas mãos uma surpresa para os dois jovens. Entra na cozinha aonde vê os dois meninos cozinhando juntos, silenciosos.

— Meninos. – chama os dois com coragem.

Thalles que está na beira da pia se vira para ver a mocinha encostada na mesa, já Olliver fecha a geladeira com os pés, pois suas mãos estão oculpadas com dois massos de espinafre, coloca a verdura em cima da mesa e começa a prestar atenção na pessoa a sua frente.

— Bem, quero fazer um acordo com vocês. – segura, se senta na cadeira ao lado dela.

— Acordo?! – Olliver pergunta fechando os braços e arqueando as sombrancelhas.

— Sim, meu pai não pode nem imaginar que eu bate em uma pessoa com uma vasora, se não ele me dá uma surra com uma. – sincera, esconde o objeto debaixo da mesa o esfregando em suas mãos. – E muito menos... que eu gosto da Tati.

Seus olhos tremem, os dois meninos percebem o medo refletido nos olhos da menina.

— Alice, nós nunca vamos contar, conhecemos a peste, pode confiar na gente. – Olliver diz soltando um sorriso doce, o que reconforta a mais nova.

— Só que agora temos que inventar uma história pra contar pra ele. – Thalles fala voltando a descascar alho. – Ele vai querer saber porque tivemos que ir pra escola hoje.

— Mas isso é fácil, falam que eu matei aula depois de brigar com o professor de Sociologia, o Miro. – os dois a olham em dúvida. – É que eu já sai da aula dele um milhão de vezes, ele meio que me odeia e eu também odeio ele. Briguei com xinguei ele, porque ele chamou meu pai de hipocrita avarento e de falso moralista. Meu pai não vai se importar se for isso, é capaz de me dar até os parabéns.

Os dois se olham e acenam com a cabeça em concordância, voltam os seus afazeres quando Alice lembra do objeto em suas mãos.

— Meninos, eu quero dar isso a vocês. – coloca gentilmente o tablet em cima da mesa e o arrasta para frente. – Sei que estão sem os celulares de vocês, e eu no lugar de vocês não sobreviveria um dia. Eu teria dado antes, mas não o achei em lugar nenhum, ai ontem ele apareceu. Já faz uns anos que eu ganhei, é umas das primeiras versões do Android então não pega Whats e nem Mensager, mas o Facebook vai de boa, o Instragram também. Podem ficar com ele... mas escondam do meu pai. Tá?

Os dois a olham, ficam mudos e depois dão um sorriso.

— Obrigado, Alice. – Olliver pega o aparelho na mão. – Era com isso que ia nos comprar?!

— É... Pode se dizer que sim. – ela diz encolhendo os ombros.

— Alice você pode confiar na gente, você é nossa amiga, nunca iamos te dedurar. – Thalles fala carinhosamente. – Mas estou muito feliz pelo presente.

É direto, fazendo Alice rir.

Quando Ollavo chega, logo quer saber o que a mocinha aprontou e como no combinado, contam a versão de Alice. Advertência nenhuma lhe foi aplicada. Estão todos a mesa quando Ollavo entra em uma conclusão, uma coisa rara o assume, senso de recompensação, com algo quase impossível de sua parte, confiança.

— Meninos, vocês ainda estão com os seus documentos? – é maleável em suas palavras.

— Não, está em cima da sua cômoda, junto com a chave do carro. – Thalles responde no automático colocando mais uma colher de comida na boca.

Brotheragem (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora