Capitulo XX: Acordo selado... mas um segredo a ser guardado!

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O primeiro a abrir os olhos, ainda confuso senti a respiraçao de seu amigo ao pé do ouvido. Levanta seu rosto para ver o dorminhoco que ainda o envolve em seus braços confortavelmente, ele sorri tranquilo. Lembra de cada detalhe da noite passada, o esquecimento não o afetou, e porque afetaria se o mesmo quer lembrar. Ele não se embreagou o suficiente para esquecer e nem para perder seu juizo, tudo o que fez, disse e sentiu foi por vontade própria e lúcida. "Um bom ator é o que nunca abandona a cena, mas um excelente ator é o que usa seu dom para seus proprios proveitos."

Agora pensa em como vai conduzir o restante da cena, ser sincero não é seu forte, mas é isso que ira fazer, não pode usar mais seu amigo e nem seus sentimentos.

Se levanta, desmontando a cena típica de um casal pela manhã. Coloca uma roupa e escova os dentes na frente do espelho, mas sua visão não está em sua higiene, está focado no reflexo do maior que dorme tranquilamente. Devolta ao quarto, sobe na cama, se aproxima do colega e o observa ternamente. Ele quer brincar um pouco com a cabeça de seu amigo, mas não sabe como.

Fica ali, ao lado dele o observando, até que o mesmo abre os olhos e leva um susto com a proximidade de seus rostos.

— O que foi?! – Thalles ri se afastando e levantandoda cama.

Olliver fica mudo, sério e duvidoso vê seu amigo abrir o guarda roupa. Recobra sua memória dos fatos da noite passada, se senta na cama e encosta na cabeceira.

— Você se lembra? – pergunta com cautela.

— Por acaso eu esqueci alguma coisa? – pergunta automaticamente sem seguer olhar para seu amigo.

— Então você sabe o que a gente fez? – persiste ainda calmo.

— A gente fez alguma coisa? – ele finge estar focado no guarda roupa, preocurando algo.

— Será que dá pra parar de me responder com perguntas?! – bate o braço na cama em revolta.

Thalles não se senti intimidado.

— Posso, se você parar de falar pelas "entre linhas". – diz calmo sem virar seu olhar, pega um caderno antigo, fecha o guarda roupa e começa a folhear as páginas.

Olliver analisa toda a cena e conclui.

— Você lembra!

Thalles anda com o caderno na mão, para de frente com a cama e levanta seus olhos, com uma expressão cínica em seu rosto.

— Lembra do que?

— Ahhhh, – Olliver ruge. – Qual é?! Vai ficar de mimimi denovo?

Thalles fecha o caderno com força.

— Eu estou de mimimi?! – sua voz sai com revolta, mas continua calmo. – Me pergunta direito, quem sabe eu respondo direito. É você que não é capaz de pronunciar o que a gente fez.

— Então a gente fez alguma coisa?! – ele arquea as sombrancelhas, ele pegou seu amigo, o mesmo acabara de assumir.

— Não sei... foi você quem disse. – joga as palavras facilmente e abre denovo o caderno.

— Então fala você! – Olliver se levanta, fica ao lado da cama. – O que a gente fez ontem em cima dessa cama?

Ele aponta para cama e espera sua resposta, seu amigo o olha, mas não para móvel em destaque, fica fixados por alguns segundos no corpo de Olliver nu. Ele pensa um pouco.

— A gente dormiu... E antes disso se chupou! – as duas frases saem fácil, sem nenhum peso.

Apesar de desanimar no começo da fala de seu amigo, o final foi surpreendente. Thalles vai em direção a porta, após ver a expressão que o maior fez com sua pronuncia.

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