Entre o Vão da Porta e o Patente a Luz da Verdade se Revela!

2.3K 211 171
                                    

Thalles olha para aqueles olhos intensamente, sentindo o peso da pergunta que seu amado o fizera. Não pode deixar de se perguntar se isso não seria ir longe demais. Porém, pensa em quão fácil é para Olliver escolher ele, desde o começo isso fora uma tarefa simples para o mais velho, tem certeza que ele o ama, mas tem medo que isso acabe depois da verdade ser revelada e não tem certeza se isso realmente vai durar. Mas ele realmente o quer, ele também o ama, então o que ele pode responder em um momento como esse.

Olliver ainda espera sua resposta e fecha os olhos em preocupação quando vê Thalles demorar a responder. Quando ia desistir da proposta e dormir ouve finalmente algo ser dito por aqueles lábios...

— Eu escolho você... – ele diz hesitante e baixo, sentindo a tormento da sua escolha, enquanto vê os olhos de seu amado brilhar em alegria, mas ainda existe o porém... – Mas você tem que me prometer uma coisa.

Olliver está tão feliz que não liga pro que tem que prometer, vai dizer sim, definitivamente. Ele tem vários planos, ele já até pensara em aonde os dois iram morar quando finalmente contarem a verdade a todos. Thalles podia até estar se sentindo confiante ao ter afirmado sua escolha, mas o que pretende dizer agora não tem certeza.

— Prometa não me odiar... – seus olhos tremem, ele vai chorar, ele sabe que vai e é o que acaba acontecendo quando sente seus olhos marejarem. – Prometa nunca deixar de me amar, mesmo eu sendo um imbecil, bipolar, inseguro e falso... Promete que não vai me abandonar mesmo se eu mentir ou não ser totalmente sincero com você...

— Thalles... – Olliver pronuncia esse nome surpreso e manso, vendo os olhos do mesmo escorrerem lágrimas sem sentido para ele.

— Promete?! – o menor está com os olhos bem abertos focados em seu amante, ele realmente está com medo.

Olliver sorri no meio de tanto drama. Ele coloca seus braços envolta da cintura do pequeno e o puxa para um abraço. Ele encaixa o menor em seus braços, como se a forma de seus braços fossem perfeita para o corpo do outro.

Se fosse antigamente ele riria muito dessa cena e zoaria o menor, mas ele entende o medo que o mesmo tem, pois ele também se questiona. – Se os dois irem longe demais e não dar certo? E se o amor não for suficiente? – Não é como se ele não tivesse parado pra pensar nisso, mas está tão convicto que simplesmente prefere ignorar esse hipótese.

— Prometo... – fala ao lado do ouvido de seu amor, realmente não entende o que está acontecendo com o menor, então resolve brincar. – Mesmo você sendo mais dramático do que uma menina com TPM, mesmo com você sendo bipolar pra caralh*, mesmo com sua insegurança desnecessária e inútil, mesmo com seu senso de falsidade que vive aparecendo, mesmo você sendo chato e patético.

Thalles ouve isso e se acalma, mas se irrita ao mesmo tempo, dá um chute forte e preciso na colcha direita do maior que murmura, mas não o larga, ao contrário, o puxa para mais perto.

— Isso era pra ser romântico!? – Thalles fala com desdém, mesmo sabendo que está amando esse momento. – Eu que tenho que te suportar com essa romance fajuto que você insiste em ficar fazendo...

Olliver afasta seu rosto só para olhar mais claramente seu amado, vê que as lágrimas sumiram dos seus olhos. Thalles não estaria tão aliviado se não fosse por esse abraço, não a nada mais reconfortante e seguro do que os braços de seu amado.

— Ah, então você não gosta?! – Olliver faz beiço com os lábios e puxa para mais perto ainda Thalles, o segura firme em seus braços. – Você tá vermelho de vergonha e eu ainda te fiz parar de chorar. Você que tá agindo como um típico apaixonado. Só falta colocar uma flor na orelha e começar a cantarolar sertanejo universitário.

Brotheragem (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora