Brotheragem (Romance gay)

Capitulo XV: Viado, não Veado!

Observação:
O título do capítulo novamente é um trocadilho, para entender só lendo.

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Quando finalmente chegaram na conclusão do trabalho já se passava das 18h00, então compraram pizza para as visitantes antes que fossem para casa. Durante toda a tarde Thalles ficou trancado no quarto, não saiu de lá para nada e Olliver que, apesar de ter ficado tomando conta das visitas, foi o mesmo se não estivesse. O Tirano chegou no final do lanche e ofereceu carona a cada uma das visitas, que aceitam a gentileza.

Olliver, após arrumar a cozinha, ainda com sua cabeça perturbada, entra no quarto e encontra Thalles encostado no canto da parede em cima da cama com a cabeça entre as pernas.

— Thalles. – o chama baixo, duvidando que o mesmo possa estar dormindo naquela posição desconfortável.

Não a resposta, sobe na cama e chega mais perto, sua dúvida agora está confirmada. Desmonta o posição de seu amigo cuidadosamente, o mesmo nem seguer esboçou reação. Colocou seu ante braço atrás das costas do amigo e outro embaixo de suas coxas, o mesmo se encaixou perfeitamente em seus braços, o levantou de leve e o deitou na cama devagar, deixando em uma posição reta e confortável. Após isso se deitou ao lado dele e olhou seu rosto, que está tranquilo enquanto dormi.

— Você podia ser assim o tempo todo, seria mais fácil... – sussura as palavras.

Olha a hora no relógio em cima da escrivaninha e percebi que ainda é cedo, apenas 20h00, mas mesmo assim se junta ao seu amigo, cobre o corpo dos dois, sem se importar com a roupa que está usando e adormeci.

Thalles que atua muitíssimo bem, abre os olhos e a primeira coisa que vê é o rosto dorminhoco de seu companheiro. Seus pensamentos se volta as palavras ditas nessa tarde.

"Você já fez isso com outros amigos nossos? Ou eu sou o primeiro? Você senti atração por homens e nunca me contou? Eu sinto atração por homem e não sabia? Ainda somos considerados irmãos  depois do que fizemos? Meu Deus! Como isso é errado. Tá tudo errado!"

Senti um aberto no peito, se vira para a parede e assim acalma seus pensamentos e adormeci.

No dia seguinte os dois voltaram as suas atividades normais, era como se nada tivesse acontecido, os dois assumiram para si mesmo que era melhor enfrentar a situação assim – as coisas que devem ser esquecidas – só que não conversaram para chegarem em tal conclusão. Algumas restrições foram tomadas pelos dois; não entraram no banheiro enquanto o outro estivesse lá, não trocaram de roupa na frente do outro, não tocaram em assuntos eróticos ou algo parecido, não desmontaram afeto, nem seguer se olharam por mais de dez segundos. De resto tudo normal, mesmas piadas e confusões de sempre, é como uma amizade superficial, e os dois não estão incomodados com isso.

Já é de tarde, Alice está sentada no canto do sofá enquanto Tati está deitada com a cabeça em seu colo, as duas estão tentando terminar de assistir a série favorita pelas duas "Orange is the new Black" e Olliver as acompanha. Foi quando Thalles chegou desesperado depois de terminar mais umas de suas tarefas.

— Eu perdi o cachorro! – fala após bater a porta, sua voz treme.

— Como assim criatura? – Alice pergunta.

— Eu perdi um dos cachorros! – inquieto anda pela sala.

— Só falar pro dono que perdeu o cachorro, pronto. – Olliver é direto e firme enquanto se encosta no braço do sofá.