Brotheragem (Romance gay)

O Inimigo Dorme ao Lado!

Dulce ainda não saíra do banheiro quando todos a mesa se levantam e começam a arrumar a cozinha.

— Estou louco pra ficar sozinho com você! – Olliver sussurra passando por de trás de seu amigo e dando um leve tapa no traseiro do menor que estava indo direto para a pia levando os copos sujos consigo.

Thalles sente um arrepio enquanto vê seu amigo se afastar a caminho do balcão, se surpreende ao lembrar que quanto mais o maior faz isso mais seu corpo corresponde com hesitação, sorri de cabeça baixa, mas quando volta para sua visão periférica percebe que está sendo observado por Erico que sorri de volta para ele gentilmente. O maior viu toda a cena, mas antes que Thalles pudesse conversar com ele, para tentar se explicar, Alice o chama para secar a lousa.

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Após se acalmar, Dulce guarda a revista na gaveta do banheiro, lava o rosto e as mãos, respira fundo e sai do banheiro. Percebe que todos ainda estão na cozinha. Olha para seus dois netos, sente um arrepio frio passar por seu braço, foi quando o telefone a sua frente toca lhe dando um baita susto. Por reflexo pega o telefone rapidamente e se surpreende ao ouvir uma voz conhecida. Fica feliz, pois essa ligação a ajudara, pelo menos por esta noite a separar seus dois netos. Termina sua ligação com êxito e vai para a cozinha, começa uma conversa sem pé nem cabeça com os jovens, ela precisa de tempo e que Tati e Erico continuem em sua casa até tarde para ajudar em seus planos.

Quando os dois irmãos visitantes já estão de saída, supreendentemente Ollavo chega com o argumento de que ninguém voltara para casa esse final de semana pois ocorreu uma infiltração na casa do vizinho que acarretou em um vazamento de água pelo cano da cozinha no qual inundou o apartamento, e que até resolverem ninguém volta pra casa.

A mais velha entre eles sorri de satisfação após convencer com muita barganha os dois jovens visitantes a dormirem também essa noite na casa dela. Erico realmente não entende o que passa pela cabeça de sua inimiga para querer que ele durma no mesmo teto que ela, mas depois de escutar: “Seria uma honra, e vai ser divertido, essa casa nunca ficou tão viva e cheia de pessoas.” Ele quer ver realmente aonde isso vai leva-lo e não pode hesitar de pensar que dormira na mesma casa que Ollavo.

Thalles e Olliver estranham tal ato, só há três quartos. Como comporta tantas pessoas? Foi quando todos a questionaram, mas ela, preparada, já tem a resposta na ponta da língua.

— Simples, eu e as meninas dormiremos em meu quarto, Eurico e Thalles no ultimo quarto do corredor, e o Ollavo com o Olliver no quarto do meio. – facilmente joga as palavras, sem pensar nas consequências de sua absurda escolha.

Todos se espantam ao perceber que ela colocara no mesmo quarto duas pessoas que poderiam juntas provocar a 3° guerra mundial. Mas quando resolvem discordar ou darem sua opinião recebem uma resposta grosseira e hostil.

— A casa é minha e eu separo os quartos como bem entendo. – seria, sabe que não vai se arrepender, seu tom saiu tão grosso que até se assusta consigo mesma.

Todos a olham, Olliver tenta se acalmar, seu coração descontrola, ele realmente não pode ter pesadelos essa noite, não ao lado do Ollavo, seria humilhante. Chega a pensar que não vai pregar o olho. Já Ollavo não vê mal algum, não se sente nem um pouco receoso com tal situação. Alice fica pacifica ao lembrar de todas coisas que Olliver se propôs a fazer por seu pai, chega a acreditar que talvez o maior esteja perdoando o Tirano. Mas de todos ali há um único pensamento favorável a escolha da mais velha, o único que podia entender a situação com clareza.

“Ela quer juntar os dois... Não me admira a ideia de colocar todo mundo pra dormir aqui só para ele juntar os dois... Será que ela está pensando... Não ela não faria isso, ela não é louca...” – Thalles ficou inquieto após analisar a situação, mas sua tormenta só está para começar.