Durante toda a viagem as duas meninas no banco de trás do carro interagiram com os dois maiores, que por sua vez, entraram no clima de animação juntamente com elas. Quando chegam a parte dois do plano começa, as duas saem correndo deixando os meninos sozinhos para se divertirem e fazerem sua própria trilha pelo parque, os dois meninos as perdem em menos de cinco minutos. Alice deu o palpite de ficarem todos juntos, para se assegurar que os dois maiores não brigassem, mas Tati insistira para deixa-los a sós, assim será muito mais fácil de se acertarem.
Os dois meninos andam despercebidos, um ao lado do outro, seguram os passos, querendo prolongar o caminho, mesmo sabendo que o parque é grande e que teram bastante tempo. Estam de frente a fonte quando Thalles para e coloca sua mão na água fria, o céu está aberto, um dia ensolarado e fresco, os raios batem na água limpa formando peguenos arcos de cores vivas, lembrando a um arco íris.
— Olliver você lembra da última vez que viu um arco íris? – pergunta perdido em seu reflexo na água.
— Não, mas acho que faz muito tempo. – fala sem se importar muito com o assunto, foi quando viu um sorriso nascer no rosto do colega através do reflexo.
— Pois é... Também nunca mais vi um. – ele quer fazer as pazes, mas não sabe como.
Os dois andam e o maior se perturba tentando lembrar a última vez que vira um arco íris, pois sabe que seu amigo ama jogos, e o único motivo para ele quebrar o tão famoso jogo do silêncio, é só quando quer começar outro. Param na fila de pilastras brancas envolvidas com folhas verdes, Thalles passa por debaixo daquele lindo teto verde, passando a mão nas folhas a cima dele, seu amigo o acompanha logo atrás.
— Olliver, você lembra a última vez que você brincou no quintal? – ele pergunta parado, encostado na última pilastra da fila.
— Não, mas acho que a última vez foi quando eu era criança. – responde sem entender as perguntas, muito menos suas respostas.
— É... a gente tá velho. – sorri e volta a caminhar em frente.
Andam, o silêncio entre os dois faz eles pensarem, o som das pessoas envolta felizes os afetam. Passam por um caminho de coqueiros grandes enfileirados, o maior está atrás de seu amigo, que repentinamente se vira para trás e começa a andar de ré olhando para ele que acompanha seus passos.
— Se lembra da última vez que comeu algodão doce? – suas perguntas tinham propósito, ele só precisa chegar na pergunta certa.
Olliver vê logo a frente dele um casal de jovens que estão dividindo um algodão doce juntos.
"O que ele quer com tudo isso?!"
— Não sei denovo... Só sei que deve fazer anos que não como um. –responde confuso, não sabe o que seu amigo quer, mas vai continuar respondendo as perguntas.
— Eu também. – sorri ternamente e volta a andar de frente.
Param no lago, lindo com a paisagem verde a sua volta, engraçado, não havia ninguém ali perto o suficiente para ouvi-los. O menor anda pela ponte pequena e estreita do lago, para no meio dela e olha para as vitórias régias na água, seu amigo se encosta na ponte de madeira ao lado dele e olha o reflexo dos dois na água.
— Você lembra a última vez que me viu como um amigo de verdade? – sua voz sai seria, não olha para seu amigo que se espanta com a pergunta. – Sabe... Faz bastante tempo, acho que foi quando a gente era criança que você me via como seu amigo de verdade.
Termina sua pronuncia e sai andando em passos largos, Olliver não entendi o que acabara de ouvir.
— Como assim?! – corre atrás do seu amigo e o alcança, começa a andar apressado junto com ele. – O que você quer dizer com isso?!
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Brotheragem (Romance gay)
RomanceThalles e Oliver, amigos de infância, considerados como irmãos pelas respectivas famílias acabaram crescendo com um vínculo muito forte. Famosos por serem "companheiros de confusão", aprontam uma atrás da outra, mas em sua última trapalhada acabam f...