Capítulo XVII: Um armário, três trapalhões e um álbum.

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Olliver abre os olhos e o que vê a sua frente é um rosto descansado e tranquilo dormindo. Ele ri ao ver que estão tão próximos, e depois da noite de ontem não há ressentido nem preocupação. Se aproxima do dorminhoco, quase colando seus rostos, pretende dar um susto no menor.

— Bom dia, – vê os olhos do amigo abrindo. – PEQUENINO!

Dá um grito repentino, o recém acordado leva um susto imenso que faz seu corpo responder com um pequeno impulso.

— Você é louco! – murmurra se virando para o outro lado. – Deixa eu dormir.

— Tá cansado? – ele se levanta e se aproxima do ouvido do amigo.  – Ficou cansado depois de ontem!

O menor sofre um pequeno arrepio, pois a frase sussurada sobrou pequenos ventinhos em seu pescoço, em reflexo pega o travesseiro debaixo de sua cabeça e joga em seu amigo.

— Idiota! – se senta na cama.

— Ué, ressolveu não dormir mais? – fala se recuperando da travesseirada. – Ou você...

Fala se aproximando, o menor começa recuar...

— Meninos! – Alice abre a porta os dois tão um pulo. – Tá tarde, a Vovó ta chamando vocês, ela já vai desmontar a mesa do café. Então desçam logo.

Ela olha para os dois, que se recuperam do susto e sai. Alice nem notara o susto dos dois, muito menos a situação. Olliver ri, enquanto o menor apenas se levanta e vai ao banheiro. Ele o estranha, vai atrás do mesmo.

— A gente pode pedir pra Vovó deixar a gente assistir o filme hoje? – fala se encostando na porta, um pergunta simples, mas ele só quer conferir como vai ser respondido.

— Sim, eu quero assistir, mas será que ela ainda tem? – Thalles fala naturalmente, enquanto pega a escova de dentes, nem seguer olhou para seu amigo quando deu a resposta.

Olliver franze a testa, ele sabe que o menor não está normal. Em um movimento rápido pega nos ante-braços do menor e faz o corpo dos dois juntos se virar, após o termino da ação Olliver está na frente da pia impedindo seu amigo de usa la.

— Olliver! – fala auto em advertência.

— Você é ruim. – já começa sério e firme. – Ontem a noite assumiu que senti atração por mim, e adorou o que a gente fez depois. E agora me trata da mesma forma de antes como se nada tivesse acontecido.

O menor franze a testa em raiva.

— Sim, assumo que tenho atração por você. E ai?! O que tem?! – fala sério.

Olliver se assusta.

— E o que a gente fez ontem?! – fala irritado.

— Aconteceu... mas não significa que vamos fazer denovo. – empurra seu amigo com força para o lado, tirando ele da frente da pia.

O maior olha seu amigo assustado, enquanto o mesmo escova os dentes despreocupado.

— Então você tá me dizendo que não gostou?! – pergunta ainda confunso.

Thalles cospe o líquido da sua boca antes de se pronunciar.

— Olliver, olha, nós somos amigos. – olha nos olhos de seu amigo ao lado. – Não sou gay, nem nada, nem você, eu acho. Do que vai adiantar a gente ficar se pegando.

O maior se confundi ainda mais, o menor vai para o quarto, o segui novamente e olha seu amigo colocar uma camisa.

— Vamos tomar café antes que minha vó se irrite. – ele fala e sai fechando a porta.

Brotheragem (Romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora