𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 30: 𝕼𝖚𝖊𝖒 𝖙𝖊𝖒𝖊 𝖆 𝖕𝖊𝖖𝖚𝖊𝖓𝖆 𝖛𝖊𝖑𝖍𝖆 𝕿𝖍𝖊𝖔?

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Apesar de ter rejeitado a ideia logo de início, e passado a semana afirmando a todos que não havia necessidade, Theo amou ter um aniversário na Ordem da Fênix.

Na última noite das férias, a Ordem quase inteira fez um jantar especial de aniversário. Espaguete ao molho rosé, seu prato favorito. E a Senhora Weasley até mesmo assou um bolo de chocolate.

Não houveram muitos convidados, apenas os que já estavam vivendo no Largo Grimauld, além de Tonks e, para a surpresa de todos, o Diretor Dumbledore.

O velho homem jamais aceitava nenhum convite para ficar na sede por mais tempo que o estritamente necessário, e raramente interagia com os adolescentes. Contudo, naquele dia, Dumbledore se sentou a mesa de jantar e conversou imerso com várias pessoas.

— Então, senhorita Royer...— Theo se assustou ao ver o diretor chama-la. Theo estava sentada na cabeceira de frente, uma vez que era a aniversariante. Dumbledore estava do outro lado da comprida mesa. — Meus mais sinceros parabéns, que venham muitos outros aniversários. 

— Ah...muito obrigada, diretor Dumbledore! — a garota agradeceu, com o melhor sorriso gentil que tinha a oferecer. 

— Os quinze anos...uma idade maravilhosa. — o velho começava a contar. — Se me perguntassem diria, é o auge da juventude. 

Theo riu levemente, mas por dentro se preocupou. Se esse era o auge de sua juventude, imagine o que não traria a ruína? 

— É...é o que dizem...— Ela falou, e voltou a sua atenção para uma conversa de Ron e Harry, bem ao seu lado. 

Para sua gratificação, o diretor não se demorou. Antes que acendessem as velas do bolo, Dumbledore insistiu que já era tarde e precisava ir. Não antes de apertar a mão de Theo, e mais uma vez desejar o feliz aniversário.

— E eu sinto muito não ter tido tempo de trazer um presente. Minha velha mãe costumava dizer que o pior crime é não se levar presentes em festas de aniversário. — Ele dizia sorrindo, como se fosse algum tipo de avô.

— Não se preocupe, não é exatamente uma festa. — Theo afirmou, gentilmente. — Além disso, já recebi presentes demais. 

Theo de fato havia recebido alguns presentes, todos no momento estavam em uma pilha em cima de sua cama, mas também havia o fato que ela em nada queria um presente de Dumbledore. 

O diretor por fim foi embora, e Theo sentiu um alívio imenso em poder parar de executar a Oclumência. Não que ele tivesse tentado ler seus pensamentos, mas se por algum acaso tentasse, bom...Theo com certeza não iria mais receber presente algum. 

O bolo estava maravilhoso, Senhora Weasley cozinhava bem melhor do que qualquer chefe profissional da Mansão Malfoy. Harry passou boa parte do tempo listando as coisas nas quais havia ajudado, e só calou a boca quando Theo lhe deu um breve beijo de agradecimento. 

No mais, não deixaram nenhum dos jovens ficarem acordados por tempo demais. Teriam de partir logo pela manhã, e por tanto foram mandados para os quartos logo depois do bolo acabar. 

Theo entrou em seu quarto, ignorando Hermione e Ginny discutirem sobre a quem pertencia uma escova de cabelo, e foi direto para sua pilha de presentes. Queria deixar todos já em seu malão para Hogwarts, o que seria um problema uma vez que esse já viera quase cheio. 

Ganhara coisas realmente interessantes naquele ano: Astoria havia enviado pulseiras que ela mesma fez, Draco não se incomodou em comprar mais uma versão de Romeu e Julieta ("tente não destruir essa" ele avisou), Ron e Hermione se juntaram para lhe dar um livro sobre teatro grego, e Sirius e Remus deram um relógio novo, e a Senhora Weasley até mesmo costurara um suéter!

𝐘𝐄𝐒 𝐓𝐎 𝐇𝐄𝐀𝐕𝐄𝐍 | harry j. potterOnde histórias criam vida. Descubra agora