A manhã seguinte chegou acompanhada de uma terrível dor de cabeça. Nada dormira, caíra mais uma vez em lágrimas, repassou todos os momentos da madrugada em sua cabeça, apenas para desejar que nunca tivesse saído do quarto.
Pensou em quando Harry falou sobre a porta misteriosa, Theo não deu atenção de início. O sol começou a querer despontar no céu noturno quando a ideia do que poderia significar preencheu sua mente.
Se fosse uma visão, e se fosse Voldemort...bom, tinha um problema enorme em mãos.
Ao fingir acordar de manhã, e sorrir para suas amigas com o rosto amarfanhado, Theo decidiu que precisaria descobrir isso. Seu pai havia deixado muito claro que iria usa-la no plano, mas se recusou a fornecer qualquer informação sobre esse. Isso a deixava estressada demais.
No final da madrugada, se perguntou o que faria caso seu pai a mandasse fazer algo horrível. Como mandara com Cedric, como mandara com os Grant. O final iria mudar caso o alvo da vez fosse Harry? O seu Harry?
O final do sonho invadiu sua visão, e Theo chorou novamente.
Quando Ginny perguntou por que os olhos de Theo estavam vermelhos, ela respondeu que era a poeira da Casa Black que culminara em alergia.
Se sentindo terrível, estava novamente se preparando para voltar a Hogwarts. Cobriu as olheiras e palidez com maquiagem, e decidiu por se atrasar um pouco em troca de finalizar as ondas de seu cabelo comprido. O efeito era mais legal com a cor, e começou a se sentir mais bonita assim do que com ele todo preso.
Houve uma operação generalizada para o primeiro dia de aula por parte da Ordem da Fênix. A auror Tonks, Remus Lupin e o verdadeiro Alastor Moody iriam acompanha-los até a estação. Sirius insistiu em ir também, na sua forma de cachorro.
Muitas pessoas olharam torto na estação, mas nada de muito ameaçador. O vento forte indicava uma chuva, e balançava os cabelos de Theo por todos os lados conforme caminharam até o embarque, ela sentiu Harry um tanto tenso ao seu lado. Claro, os olhares tortos eram todos em sua direção. A garota segurou o braço dele enquanto caminhavam.
Não haviam conversado pela manhã. Não falaram sobre a madrugada. Harry parecia um pouco frio, mas podia ser apenas impressão. Ao toque de Theo, ele pareceu relaxar, e sorriu para ela.
— Vamos entrar logo...— Harry comentou depressa. — As cabines do trem vão acabar todas ocupadas...
— Ah... Harry, eu vou para a cabine dos monitores...— Theo respondeu, em um tom de quem se desculpa. — Eles disseram na carta que temos que ir pra lá...pra darem instruções...
— Claro...tudo bem! — Harry respondeu, mas um sorriso um pouco mais forçado passou por seu rosto.
— Sinto muito...— ela sussurrou. Acabara de notar que Ron e Hermione, e Draco, iriam pro mesmo lugar que ela. Não gostava da ideia de deixar Harry sozinho.
— Não tem porque. — ele balançou os ombros. — Vejo vocês todos mais tarde, então?
— Assim que acabar a gente vai atrás de você. — Hermione se intrometeu, e puxou Theo pela mão para que andasse mais rápido.
A entrada do trem estava tão lotada que quando Theo tentou olhar para trás, Harry não estava mais a vista.
E seguiu.
Nada muito relevante aconteceu na tal reunião. Acabou por ser os monitores mais velhos lendo em voz alta um panfleto com regras e funções. Isso em nada ajudou a dor de cabeça de Theo.
— Alguém podia avisar pra eles que sabemos ler por conta própria. — Draco sussurrou, lendo seus pensamentos. Hermione riu, e Ron não prestou atenção, pois estava mais ocupado com a comida que deixaram sobre a mesa.
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𝐘𝐄𝐒 𝐓𝐎 𝐇𝐄𝐀𝐕𝐄𝐍 | harry j. potter
Fanfic𝐒𝐀𝐘 𝐘𝐄𝐒 𝐓𝐎 𝐇𝐄𝐀𝐕𝐄𝐍 || Theodora Elena Lestrange Riddle é uma mentirosa profissional. Uma arma. A garota criada para se juntar ao seu pai em um trono de ossos e sangue, e honrar o legado de terror deixado por sua família. Com um sobrenom...