Após sair do Clube de Regatas do Flamengo, Maria Eduarda passa a exercer sua profissão de preparadora física na Sociedade Esportiva Palmeiras. Ela só não sabia que seu ex amor (talvez nem tão ex) seria o novo reforço do time. Será que essa história...
—Crianças! Venham comer. —Luan chama e eles saem correndo.
Já estamos jogando a um bom tempo e sabe qual o placar? 8 a 3 para nós meninas. Chupa, Rios. Acho que já posso entrar no lugar dele em algum jogo.
E eles não tão jogando leve não, tá. Murilo já derrubou a Pía umas duas vezes, a irmã então, nem se fala.
Richard me deu uns bons dribles mas eu também sei driblar ele. Fiz 6 gols.
—Viu como eu sou melhor que você em tudo que eu faço? —Falo provocando o colombiano.
—Cala a boca. —Ele responde rindo. —A gente não tá jogando para valer. —Ele fala e agora quem ri sou eu.
—Não? Explica esse meu pé arranhado então. —Falo fazendo um pouco de drama.
—Fui eu que fiz? —Richard pergunta com tom de preocupação.
—Lucca.
—Bom garoto. —Ele fala enquanto mexe a bola com o pé.
Em um passe rápido, roubo a bola dele e ele rapidamente corre atrás de mim.
—Vem buscar. —Falo fazendo embaixadinhas com a bola.
—Se eu for buscar, não vai ser a bola. —Richard fala não tão próximo à mim.
Não respondo, apenas avanço em direção ao gol com a bola e sinto ele vindo atrás de mim. No momento em que me preparo para chutar a bola ao gol, sou rodeada pelos braços do jogador e erguida do chão.
—Você odeia perder para mim, né? —Falo me virando de frente para ele, seus braços ainda me rodeiam.
—Eu odeio perder você. —Ele fala sério e meu sorriso se cessa.
Fico olhando para o jogador e ele para mim. Será que ainda estaríamos juntos se ele não tivesse ido para o México? O que seríamos hoje? Afinal, o que somos?
—Casal, vem comer. —Veiga fala próximo ao campinho.
Me separo rapidamente de Richard e me dirijo para a churrasqueira. O jogador vem logo atrás.
Abro a ducha da piscina para lavar meus pés. Estão pretos. Como estava de chinelo, os tirei e joguei descalça. Não sei se choro ou sorrio.
—Para de me olhar desse jeito. —Falo quando sinto seu olhar sobre mim.
—Caralho, mano. Como você percebe? —Ele fala indignado.
—Eu sinto. —Falo simples e ele lava seu pé também. Ele estava de tênis mas tirou pois disse que poderia nos machucar.
—Tio Richard! —Cecília chama-o. —Vocês perderam, então agora você vai ter que beijar a tia Duda. —Ela fala e nós rimos.
—Menina, para com isso. —Clarisse fala para sua filha. Olho para ela e sorrio para que ela entenda que é só uma brincadeira.
Pego um pedaço de carne na tábua e me sento ao lado de Endrick, em um sofá. Rios se senta ao meu lado.
—Fã. —Digo para ele.
—O famoso aqui sou eu, linda. —Ele fala e pisca o olho para mim. Desabafo do dia, meninas.
Ignoro o que acabou de acontecer e começo a prestar atenção na conversa dos adultos.
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