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𝔐𝔞𝔯𝔦𝔞 𝔈𝔡𝔲𝔞𝔯𝔡𝔞 𝔅𝔢𝔠𝔨𝔢𝔯

Assim que o avião pousa em solo gaúcho, meu coração acelera. Que saudades. Solto a mão do colombiano e me levanto do assento. Ele tira minhas coisas de mão do bagageiro e me entrega, agradeço e me dirijo para a saída. Uma enorme fila de jogadores e o pessoal da comissão técnica se forma no corredor do avião. Ao meu lado está Isabelly, com sua câmera na mão, filmando tudo.

Me sento em uma das poltronas, esperando até que o corredor esvazie. Isa vira a câmera para mim e eu sorrio. Ela volta a filmar o pessoal saindo do avião e eu me levanto, seguindo-a. Quando chegamos perto da porta avisto Leila.

—Pode ir na frente. —Falo para ela. Se ela saísse na frente, a atenção iria toda para ela e eu passaria despercebido. Não que eu não goste dos torcedores, pelo contrário, mas sinto muita vergonha.

—Vamos juntas. —Ela fala sorrindo para mim e começa a caminhar ao meu lado. Isa registra o momento.

Seguimos pela ponte telescópica e já começo a ouvir os gritos dos torcedores. Que energia. Assim que saímos da ponte, passamos por um corredor e ao virar à esquerda, tive a visão da torcida verde. Sorrio.

Alguns começam a gritar e chamar por Leila. Isa mantém o foco na presidente do time e eu continuo andando.

—Maria! —Escuto uma voz me chamando. Olho para a direção e me aproximo da pessoa que me chamou. Uma menina, deve ter uns 15 anos. Sorrio para ela.

—Oii. —Falo nervosa, porém simpática.

—Posso tirar uma foto com você? —Ela pergunta eufórica.

—Claro. —Respondo e me aproximo mais da grade que nos separa. Ela posiciona o celular e bate a selfie.

—Você assina aqui para mim? —Ela fala me entregando uma caneta e a camiseta do Palmeiras.

—Em qualquer lugar? —Pergunto vendo a camisa toda assinada.

—Aqui. —Ela fala apontando para o local vazio embaixo da assinatura de Richard.

Estendo a camisa para que ela me ajude a segurar e assim, eu consiga assinar, e então, assino. Eu uso essa assinatura desde os meus 8 anos de idade, será que é muito feia?

—A última coisa. —Ela fala rindo. Volto minha atenção para ela e vejo ela tirando uma pulseira do braço. —Eu dei uma para o Richard, essa é para você. Eu tenho uma também. —A garota fala erguendo seu pulso. —Eu acompanho vocês desde a época do Flamengo e sei que ainda se amam. —Ela continua, me deixando cada vez mais sem reação. —Sou a filha de vocês.

—Obrigada pelo carinho. —Falo rindo sem jeito. Caramba. —Qual seu nome?

—Gaby. —Ela fala e eu sorrio para ela.

—Até mais, Gaby. —Me despeço e dou um abraço nela.

Coloco a pulseira em meu braço e continuo andando no meio da torcida. Aceno para alguns e assino mais duas camisetas. Leila está atrás de mim. Espero por ela para que saíssemos juntas do aeroporto e adentremos no ônibus. Entregamos a mala para o motorista e entramos no veículo.

Olho para o meio do ônibus e o colombiano me chama erguendo as mãos, vou até ele e me sento ao seu lado.

—Olha o que eu ganhei. —Ele fala todo animado me mostrando a pulseira.

—Nem te conto. —Falo mostrando minha pulseira também. Ambos rimos.

—Agora a gente tem uma filha. —Ele fala sério enquanto me olha.

—Grande compromisso. —Falo entrando na brincadeira.

—Deixa eu fazer um em você? —Rios me pergunta porém não entendo. Ele logo percebe que não entendi e explica. —Um filho. —Ele responde.

—Depois do casamento. —Falo brincando.

—Tá bom. —Ele me responde sério até demais. Ele não tá brincando?

—Já volto. —Falo me levantando e me dirigindo até o local em que o motorista fica. Ainda estamos saindo do aeroporto. Sei que o Hotel em que vamos ficar é perto da Arena do Grêmio, logo, é perto da casa dos meus pais. Durante o trajeto, penso melhor e volto.

—O que você foi fazer? —Richard pergunta curioso.

—Eu ia ver com o motorista se dava para ele me deixar na casa dos meus pais, mas eu tenho que fazer o check-in, então não dá.

—Eu te levo. —Ele fala calmo.

—Você não pode. —Falo sorrindo.

—Então você vê eles na segunda, que vai ser depois do jogo, a gente adia a passagem.

—Richard. —Falo me virando desajeitadamente para ele. Respiro fundo pensando em como falar que não quero levar ele até a casa de meus pais.

Não reatamos, e sei que se eu levar ele lá, darei falsas esperanças aos meus pais, meus irmãos e a mim também.

—Já entendi. —Ele fala olhando para a janela. —Relaxa. —Sempre que falamos "relaxa" é porque a situação não é digna de relaxamento.

—Tenta me entender. Minha família te adora e adora mais ainda a ideia de nós sermos um casal. —Falo rápido. Estou nervosa e não sou boa para esses tipos de conversa. —E te levar lá vai ser um passo grande demais. Eles vão confundir tudo, vai ficar um clima chato. Você sabe como eles são. —Concluo e ele me encara por alguns longos segundos, odeio quando ele faz isso.

—Tudo bem. Eu te entendo. —Richard fala e entrelaça nossas mãos. Isso me deixou inquieta, confesso. —Acha que estamos indo rápido demais? —Ele pergunta me olhando. Olho confusa para ele.

—Não. Você acha? —Pergunto preocupada. Richard da de ombros. Solto minha mão da dele. —Ta agindo como se não ligasse? —Falo tentando controlar minha raiva.

—Estou agindo igual você. —Ele responde e eu fico indignada.

—Então tá. —Falo e me levanto, se eu continuar perto dele vamos brigar aqui dentro, ou eu vou abrir essa janela e jogá-lo para fora. Me sento ao lado de Isabelly que me olha curiosa. —Te conto depois. —Falo e ela assente.



↬Parece que o clima esquentou entre nosso casal (e não foi em bom sentido 😭)

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↬Parece que o clima esquentou entre nosso casal (e não foi em bom sentido 😭)

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                                                           Beijocas 💋

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