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𝔐𝔞𝔯𝔦𝔞 𝔈𝔡𝔲𝔞𝔯𝔡𝔞 𝔅𝔢𝔠𝔨𝔢𝔯

—Finalmente em casa. —Falo assim que Isa abre a porta do meu apartamento.

—Que saudade de ouvir você roncando aqui. —Minha amiga fala enquanto me abraça.

—Eu não ronco. Vai se fuder. —Respondo e vejo Richard rir. —Ta rindo do que?

—Nada. —Ele fala erguendo as mãos em rendição.

—Ronca sim, filha. —Minha mãe fala.

—Ronca e fala. —Meu pai acrescenta.

—Muito obrigada pelo apoio, Dona Ana e Seu Joaquim. —Falo ironicamente.

Meus pais foram me buscar junto com o Richard no hospital, inclusive, eles estão hospedados na casa do colombiano, já que aqui não tem espaço.

Vou para o meu quarto e me deito em minha cama. Que saudade das minhas coisas.

—Amor, vou dormir com você hoje. —Rios fala entrando no quarto.

—Não precisa. —Falo irritada. Já estou cansada de toda essa preocupação comigo e de ter que ver todo mundo saindo da sua zona de conforto por minha causa.

—Isso não está em discussão, Maria Eduarda. —Ele responde calmo enquanto se deita ao meu lado na cama. Que saco.

Fico imóvel encarando o teto do quarto enquanto sinto o olhar dele sobre mim, em outras circunstâncias eu até me incomodaria com isso, mas hoje não. Ainda não superei o fato de ter perdido um filho, o fruto do nosso amor. E por mais que não fosse planejado, nem nada, eu estou me sentindo culpada.

Involuntariamente uma lágrima escapa do meu olho e eu viro meu rosto para o lado, não quero que Richard me veja chorando. Logo em seguida mais lágrimas começam a cair e quando vejo já estou desabando em lágrimas.

Me viro para o homem deitado ao meu lado e encaro seus olhos enquanto os meus já estão embaçados de tanta água que está saindo dali. Ele não fala nada mas eu percebo o quanto ele está incomodado. Sua mão envolve minha cintura e ele me puxa para mais perto dele, abraço seu corpo e deito por cima do mesmo, e assim, desabo em lágrimas.

—Ta tudo bem. —Richard fala enquanto faz carinho em minha cabeça. —Se você quiser a gente pode fazer outro, agora mesmo.

—Para de ser idiota. —Falo rindo. Ele afasta meu rosto e limpa minhas lágrimas.

—Eu te amo. —O jogador fala e eu sorrio.

—Eu te amo. —Respondo.

Passei dois dias internada e nesses dois dias ele não foi para os treinos. Abel deixou ele faltar. Mas hoje ele vai, não tem escolha.

—Treino hoje a tarde, né? —Questiono.

—Uhum. —Ele concorda.

—Que horas?

—Duas. Por quê?

—Vou junto. —Falo e ele me olha surpreso, mas tenta disfarçar.

—Certeza?

—Absoluta. Eu já to bem.

Nos levantamos da cama e fomos até a cozinha, onde vejo meus pais fazendo o almoço.

—Isso aqui é para você recuperar tudo que você perdeu quando comia só metade do prato do hospital e dava o resto pro Richard. —Dona Ana fala.

—Eu comia mais da metade.

—Eu que comia, né? —Richard fala e eu dou um beliscão nele. Você vai ver o que você vai comer, Colombiano.

Ele faz menção de ir ajudá-los mas meus pais negam ajuda e praticamente nos expulsam da minha própria cozinha, absurdo.


Ele faz menção de ir ajudá-los mas meus pais negam ajuda e praticamente nos expulsam da minha própria cozinha, absurdo

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reflexão do dia!

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