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—Ju, a gente voltou. —Falo minha língua nativa animado assim que minha prima atende ao telefone.

Maria Eduarda acabou de ir para o quarto dela, com muita relutância, por mim ela ficaria aqui. Não estou conseguindo conter minha felicidade, precisava falar com alguém, logo, liguei para minha prima.

—Mentira! —Ela fala olhando chocada para a chamada. —Detalhes. Você nunca mais falou nada.

—Falei sim.

—Falou só até antes da viagem de vocês.

—Bom, a gente fez meio que uma "aposta". —Falo fazendo aspas com as mãos e ela já me encara confusa. —Falei que ia fazer um gol no jogo contra o Grêmio, que é o time da família dela, e daí ela falou que duvidava, aí eu falei "quer apostar?" e foi isso.

—Que merda. —Juvena fala rindo. —Se você não fizesse ia acontecer o que?

—Não existia a possibilidade de eu não fazer o gol. —Falo convencido.

—Coitada da Duda, vai ter que te aguentar de novo.

—Nossa, muito difícil. —Comento irônico.

—Vou poder rever minha cunhada favorita. —Juvena fala entusiasmada. Ela sempre chamou a Maria de cunhada. Somos como irmãos, então não vejo problema. As duas também era bem amigas quando estávamos juntos e eu sei que até hoje elas trocam algumas mensagens.

—E rever seu primo você não quer, né?

—É que antes, eu só tinha um motivo para ir aí, agora vou ter dois.

—Então eu não sou um motivo suficiente para você vir para o Brasil? Beleza, Juvena. Quando você quiser pegar jogador, não conte comigo. —Falo relembrando das vezes que ajudei ela a ficar com meus colegas de trabalho.

—Richard! —Ela fala ofendida. —É brincadeira.

—Trouxa. —Falo rindo.

—Falando nisso, não tem ninguém solteiro no Palmeiras?

—Juvena! —A repreendo. —Já sei. O Piquerez.

—Ele? Por que ele?

—Porque sim. —Falo simples.

—Cheiro de ciúmes. —Saco, Juvena realmente me conhece.

—Eles já tiveram um rolo. —Falo com descaso.

—E eles são amigos?

—Eles conversam normal.

—Então não tem problema nenhum. —Ela fala óbvia. É, não tem. —Mas também não é esforço nenhum eu ficar com ele.

Rio da fala dela e começamos outro assunto. Não to nem aí com o fato de que amanhã voltamos para São Paulo, posso dormir no avião mesmo. Estou feliz demais para conseguir pegar no sono.

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Fecho a porta do quarto de Richard e penso em voltar para o meu quarto, mas acabo decidindo dar uma volta pelo hotel.

Chamo o elevador e aguardo pacientemente até que ele chegue. Quando acontece, entro dentro dele e aperto o botão do térreo. Pego meu celular e envio um oi para a Isa. Se ela responder vou falar para ela descer aqui.

As portas do elevador se abrem e eu saio do mesmo, tendo a vista da recepção silenciosa com apenas dois atendentes. Vou em direção a cafeteria e me sento em uma mesa do lado da janela. Fico observando a avenida com poucos carros passando ali.

O tᥱ꧑ρ᥆ ꧑᥆᥉trᥲ ᥲ ᥒ᥆᥉᥉ᥲ dιrᥱᥴ̧ᥲ̃᥆. | Rιᥴhᥲrd Rι᥆᥉Onde histórias criam vida. Descubra agora