𝔐𝔞𝔯𝔦𝔞 𝔈𝔡𝔲𝔞𝔯𝔡𝔞 𝔅𝔢𝔠𝔨𝔢𝔯
Estou organizando minhas coisas dentro da mala antes de me deitar, já jantei. O hotel separou um local para comermos, tipo um salão de eventos. Falei pouco com os jogadores, sentamos em mesas diferentes. Mas conversei bastante com a Isa.
Quando termino de arrumar tudo, vejo a tela do meu celular acender. Não faz barulho nenhum, mas meu celular sempre fica no silencioso mesmo.
Pego o aparelho e vejo uma mensagem do Richard.
"Sobe aqui no terraço."
Bloqueio a tela e não respondo a mensagem. Vou até o banheiro e me encaro no espelho que tinha ali. Será que eu estou bonita? Pera, por que eu to fazendo isso?
Pego meu moletom e visto-o. Pego meu celular e o cartão de acesso ao quarto e vou até onde Richard pediu. Entro no elevador e aperto o botão do último andar. Eu já havia ido lá, mas apenas de dia, a vista era linda, agora de noite deve estar mais.
As portas do elevador se abrem, passo por dentro da academia para que possa sair para fora do prédio. Vejo ele encostado parapeito. Se fosse eu ali, meus pensamentos intrusivos já tinham se deixado por levar.
Caminho em silêncio até ele. Acho que ainda não me viu aqui. Richard está de bermuda e camiseta, está muito frio. Típico das noites gaúchas. O vento sopra forte, bagunçando meus cabelos. Ele vai ficar doente.
—Vamos entrar. —Falo parando do lado dele enquanto aperto meus braços.
—Por quê? —Ele pergunta sem nem me olhar.
—Tá frio.
—A vista é bonita.
—Sabe o que não vai ser bonito? —Falo me virando de frente para ele. —Você doente.
—Não ligo. —Responde e então, se vira de frente para mim.
Sorrio para ele, ele sorri de volta.
—Nossa, pera aí. —Richard fala me assustando. —Fica assim mesmo. —Ele completa e eu não entendo nada.
O colombiano tira o celular do bolso e aponta a câmera do mesmo para mim. Sorrio envergonhada e ele tira uma foto minha.
—Para com isso. —Falo e ele guarda o celular.
Será que eu tenho que agradecer o gol? Que vergonha.
Me viro para olhar a vista da cidade e ele continua me olhando, ok, estou ficando intimidada.
—Seus gols foram bem... bonitos. —Porra, Maria Eduarda, não sabe falar?
—Só isso que você tem a me dizer? —Richard fala rindo.
—É. —Falo tentando parecer calma. Não estou nada calma. Richard continua rindo.
Ele se aproxima de mim e me abraça por trás. O toque dele me causa arrepios, e não são de frio. Só ele me causa isso. Seguro em seus braços e faço carinho no local.
—Vai cumprir sua aposta? —Sussurra em meu ouvido.
Me viro de frente para ele e enlaço meus braços em seu pescoço.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O tᥱ꧑ρ᥆ ꧑᥆᥉trᥲ ᥲ ᥒ᥆᥉᥉ᥲ dιrᥱᥴ̧ᥲ̃᥆. | Rιᥴhᥲrd Rι᥆᥉
FanfictionApós sair do Clube de Regatas do Flamengo, Maria Eduarda passa a exercer sua profissão de preparadora física na Sociedade Esportiva Palmeiras. Ela só não sabia que seu ex amor (talvez nem tão ex) seria o novo reforço do time. Será que essa história...