Poder & Paixão - Dante Porcello

Capitulo 21

DANTE POV

Olho rapidamente pro doutor atordoado por longos segundos.

— Por que...está perguntando isso doutor? — Pergunto intrigado.

— A substância não é muito boa para o feto nesse caso...

Olho pra Maria que parecia perdida em pensamentos mas finalmente fala.

— Eu...eu não estou gravida. — Olha pra mim hesitante.

O doutor assente e injeta o chip no pescoço dela de uma maneira professional e gentil.

— Okay...evite esforço fisíco nas próximas horas. — Diz e Maria coloca a mão no pescoço.

Doutor Carmelo fecha a maleta e eu sorrio levemente pra ragazza lhe dando um pouco de conforto.

Mais tarde...

Depois de uma longa discussão pra convencer Maria a ficar na cama descansando, estou no escritório com Nick, estou nervoso andando de um lado pro outro.

— Ele não deu nenhum sinal de vida ainda... — Nick diz sentado e contraio os lábios.

— Isso é o que mais me intriga...Max deixou muito claro que ele iria atrás de Maria, ele já deveria ter feito algum movimento.

A porta se abre lentamente e Lauren coloca a cabeça pra dentro.

— Meu Don...o jantar está pronto, devo levar pra garota?

— Sim Lauren...leve o jantar pra Maria. — Digo firme e ela assente fechando a porta.

— Talvez ele está esperando que você que faça um movimento e ele se aproveite disso. — Nick diz voltando ao assunto.

— Isso não faz sentido, Maria está comigo 24 horas por dia, ele não tem espaço pra chegar até ela...além do mais ela agora está com o chip o que a mantém mais segura. — Coloco as mãos nos bolsos enquanto ando encarando o chão.

— E Max certamente sabe disso, ele sabe que Maria é seu ponto fraco e você não a deixará sozinha.

— Não saber onde aquele figlio di putanna está é o que está me deixando maluco!

— Ele não está no território dele, o que dificulta mais ainda pra ele chegar até você...mas nós pegaremos ele mais cedo ou mais tarde.

Paro de andar e olho pra ele.
— Será mais cedo do que mais tarde, isso não pode continuar por muito tempo, não sou o Don da Itália pra ficar esperando por tempo demais.

Nick assente em silêncio.
— E a propósito...amanhã é dia de pagamento.

— Sim estou lembrado, amanhã eu e você faremos a coleta.

Depois de um tempo Nick se vai, estou nervoso como o inferno mas tento manter todas as minhas emoções sob controle, ouço um barulho no quarto e me viro pra porta intrigado.
Caminho até lá e vejo Maria ajoelhada em frente ao vaso sanitário vomitando.

— Maria...bella você está bem?

— Eu...eu não sei... — Diz num gemido de dor e eu fico mais ansioso.

— Você está com dor?

— E...eu... — A vejo fechar os olhos e suspira e rapidamente a pego nos braços.

A levanto rapidamente e caminho em direção a cama a deitando na mesma, tiro meu celular ligando pro Doutor Carmelo totalmente nervoso.

— Doutor venha aqui o mais rápido que puder...minha mulher está muito doente e estou preocupado.

A encaro desmaiada e com os lábios sem cor, cazzo eu nunca passei por uma situação assim e não saber o que fazer é uma tortura.

15 minutos depois...

— Ela está fraca...talvez ela comeu alguma coisa, eu terei que fazer uns exames. — O doutor diz pra mim e eu continuo sério com os braços cruzados.

Ele tira o sangue dela numa pequena quantidade e vejo Maria abrir os olhos lentamente o que me faz soltar um ar de alívio.
O doutor continua no exame rápido e eu contraio o lábio pra direita completamente ansioso, até que ele olha pra mim.

— Eu tenho minhas dúvidas...mas parece que ela comeu alguma coisa tóxica. — Diz sério e vejo Maria franzir a testa curiosa.

— Algo tóxico? Como isso pode acontecer? — Pergunto totalmente preocupado mas tentando pensar que não é nada grave.

— Eu teria que fazer exames mais detalhados o que leva mais tempo pra coletar os resultados mas...ela ingeriu alguma coisa que numa dose maior teria causado danos maiores.

Vejo que Maria quer se sentar mas rapidamente vou pro seu lado a segurando pelo ombro pra que fique deitada.

— Há a possibilidade dela ter ingerido veneno? — Pergunto sério torcendo que a resposta seja um "não".

— Não posso dizer isso agora Don, mas...é uma possibilidade.

Meu coração afunda, meus olhos começam a demonstrar preocupação e medo.

— Quanto...quanto tempo pra se ter os resultados? — Pergunto tentando manter a expressão neutra.

— 2 dias... — Diz fechando a maleta e Maria ainda parecia atordoada.

— Alguém quer me matar... — Diz baixo mas eu escuto claramente, rapidamente a faço me encarar.

— Eu não vou deixar ninguém machucar você amore mio, confie em mim...eu vou proteger você com toda minha força. — Digo firme e ela só me encara com medo.

O doutor sai do quarto e vejo Maria querer sair da cama mas rapidamente a impeço.

— Fique aí, você ainda está fraca...

— Mas Dante...

— Amore mio... — Me aproximo mais dela acariciando sua bochecha. —...você tem ingerido alguma coisa e nem mesmo o doutor tem certeza do que fez você se sentir tão fraca, então você vai ficar na cama até esses resultados saírem.

Ela grunhe irritada e se deita na cama o que me faz sorrir de canto, a teimosia dela já é um bom sinal.

— Agora descanse...eu estarei no meu escritório. — A beijo na testa e saio do quarto.

Sento na minha poltrona no escritório perdido em pensamentos e acendo um cigarro, eu odeio não ter o controle do que está acontecendo agora, principalmente quando envolve Maria.

Batidas na porta me despertam e Lauren aparece novamente.

— Meu Don...

— O que é Lauren? — Digo frio sem a encarar.

— Precisa de mim pra alguma coisa?

A encaro por longos segundos, em outros tempos fuder com ela encima dessa mesa séria uma ótima maneira de aliviar minha tensão, mas não consigo mais.

— Vá pro quarto da Maria e fique com ela, ela precisa descansar e não quero que ela saia da cama pra nada além de usar o banheiro...agora vai!

Lauren parece hesitar mas se vira finalmente e sai do escritório fechando a porta, volto meu olhar pra janela soltando a fumaça do cigarro.

Eu não posso perder a minha ragazza.