Vejo em teus olhos

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- Você não é mais criança. Tem que aprender a se defender!!! - Ming falou segurando Yíng. O mais jovem, que estava pálido, estremeceu e começou a chorar.

- Jovem Mestre! - Nana olhou para os dois sem saber o que fazer. Em seu coração ela sabia que aquilo não era um bom sinal.

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Décimo Terceiro Capítulo


Vejo em teus olhos

Vejo em teus olhos

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*Nana

Mal o Jovem Yíng começou a chorar, logo após a minha exclamação de surpresa perante a atitude do Jovem Mestre, Ming se encolheu e sua expressão mudou completamente.
Estava diante dos meus olhos e eu nada podia fazer para proteger esses dois meninos.
Um aperto invadiu meu coração, eles eram como netos para mim. O tanto que eu os amava não era possível medir.
Eu sabia que o futuro seria cruel para eles e não estava em minhas mãos evitar que sofressem. Tudo que eu podia era ajudá-los ao máximo para que não se precipitassem no despenhadeiro do destino.
Eles ainda não sabiam, mas estavam fadados a atravessar um longo caminho até que pudessem seguir juntos.
Não sei como, mais eu previa isso.
Porém, eles mesmos deveriam desvendar os próprios caminhos.
Que os céus os protejam.

💞💞💞

- Yíng, Pequeno Pardal, perdão... Não  chore. Eu sinto muito... por favor, pare de chorar.

- Meninos, parem os dois. Senão, seremos três a verter lágrimas e eu já estou muito velha para chorar por qualquer motivo. Venham cá, me deem um abraço.

Nana abriu os abraços e os dois se aconchegaram nela, como se ainda fossem pequenos bebês.
A Velha Senhora os envolveu com amor e a sua vibração foi como um bálsamo tocando os corações dos meninos.
Ela não estava só, outras duas mulheres também faziam parte daquele círculo, a mãe de Ming e a avó de Yíng.

Eles se recomporam, os três juntos acabaram sorrindo.
Nana deu um beijo na cabeça de cada um, encostando os lábios levemente e fazendo cócegas nos dois.

- Agora vou preparar um lanche para vocês. - disse Nana e deixou os jovens sozinhos.

Os rapazes se sentaram na grande mesa da copa, enquanto a Senhora Nana ia até a cozinha. Naquele horário não tinha mais ninguém por ali. O movimento dos empregados era na limpeza da área externa e nos preparativos para o jantar.

- Ming posso te perguntar uma coisa? - Yíng falou quase murmurando. -

- Desde quando você me pede permissão para perguntar?

- Estou falando sério. Eu tive medo.

- Medo de mim?

- Não de você, mas tive medo do que você estava sentindo. Era raiva de mim?

- Não. Eu não sei direito o que senti.
Me perdoe a forma como agi. Eu jamais teria raiva de você.

- Foi aquele homem. Ele me deixou constrangido, mas eu não fiz nada. Não pedi a ajuda dele...

Onde você está? - LavandaOnde histórias criam vida. Descubra agora