O Reencontro

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"Será que eu ouvi direito? O que teria ela para me retribuir?

Ela me abraçou e eu senti seu perfume suave de lavanda.

Meu corpo estremeceu e uma sensação de segurança me invadiu.
As lágrimas correram sobre minha face. Parecia que eu tinha voltado para casa."

Trigésimo Oitavo Capítulo

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Trigésimo Oitavo Capítulo

O Reencontro

*Yuji

Depois daquele abraço e das lágrimas que derramei, a mãe de Shori também me abraçou e me ofereceu um lanche para esperar pelo almoço.
Eu sabia que eles estavam tentando me agradar. Procurei ser educado e não recusei a tigela de sopa que recebi. Estava saborosa, mas eu não tinha vontade de comer.
A Senhora Shori percebeu e ficou ao meu lado acariciando meus cabelos.
Parecia estranho, mas eu não conseguia evitar a emoção de estar perto daquela criatura.
Ela me lembrava a minha mãe.
Não sei explicar porque, não era uma aparência física e nem alguém que pudesse substituí-la.
Doía muito lembrar que não voltaria a ver minha família.
O que quero dizer é que a Senhora Shori tinha algo que me tranquilizava.
Ela fazia-me sentir seguro.
Ela ficou falando comigo sem falar.
Eu tenho certeza que podia ouvir seus pensamentos, me dizendo para me alimentar e que tudo ía ficar bem.

Depois, o Senhor Akarui me levou até onde estavam as outras crianças.
Todas correram e me cercaram.
Eu me encolhi e ele fez elas se afastarem um pouco.

- Crianças sejam educadas, esse é o Yuji. Ele veio morar conosco. Tratem-no com respeito. Mostrem tudo para ele, mas deixem ele ficar à vontade. Nada de ficar fazendo perguntas indiscretas. Esperem que ele queira falar. Se apresentem, um de cada vez.-

As crianças foram se apresentando, do mais velho para o menor, com exceção dos primeiros. Havia um bem pequeno, chamado Yhan, que estava no colo da menina mais velha, kara. Ela tinha quatorze anos e o bebê um ano e meio. Ela foi a primeira a se apresentar.

Logo que o Sr. Akarui entrou, quase todas as outras crianças se dispersaram, voltando ao que faziam antes.
Eu fiquei parado olhando ao redor, tentando encontrar um lugar para ficar sozinho.
Dois pares de olhos me encaravam, eram as gêmeas que permaneciam ao meu lado.
Fiquei quieto para ver se elas desistiam de me olhar.
Fingi que não as estava vendo.
Elas continuaram ali, uma de cada lado, me olhando e olhando uma para outra, como se estivessem competindo para falar primeiro.
Eram duas menininhas incomuns.
Seus olhares não me incomodavam, mas eu não estava disposto a falar com ninguém.
De repente, meus olhos encontraram um canteiro de lavanda.

De repente, meus olhos encontraram um canteiro de lavanda

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