Te encontro ao amanhecer

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"...Me desculpe se eu entendi errado.
Você pode, por favor, me tirar essa dúvida?
Isso tudo é coisa da minha cabeça?
Apenas me diga.
Estou disposto a aceitar.
Me diga que você nunca me amou."

💞💞💞

Décimo Capítulo

Te Encontro ao Amanhecer

*Ming e Yíng

Quase todas as manhãs, durante quatro anos, os meninos se encontraram no mesmo lugar.
Raras vezes, por algum impedimento que fugia ao controle, um dos dois faltou ao compromisso.

Como prometido, Ming passou a ensinar a Yíng tudo o que aprendia.
O pequeno era esperto e atento. Sugava os ensinamentos com avidez.
O tempo não era muito para tudo o que tinha a aprender.
O Pequeno Mestre era detalhista, cuidadoso. Logo percebeu que Yíng tinha mais habilidade para a escrita. Mesmo assim, não desistiu de ensina-lo as artes marciais. Sempre com cuidado, Ming repetia várias vezes a mesma lição.
Eles deixavam os últimos instantes dos encontros para brincar um pouco, contar as novidades e comer o lanche que Nana preparava.
O lema era: "Primeiro a lição".

A Velha Senhora continuou seguindo  Ming que, com o passar do tempo, não pode deixar de desconfiar das coincidências provocadas pela ama. Pobre Nana.
Teve que prestar juramento sagrado de cumplicidade e segredo.
Ela era a guardiã do Projeto do Pequeno Mestre.
Ele faria com que Yíng se tornasse capaz de passar na grande prova do Sistema de Exames.
Ming ainda não entendia como realmente funcionava o sistema.
Em sua ingenuidade infantil, achava que Yíng poderia competir com igualdade frente aos demais candidatos.
A partir daí seriam inseparáveis.

Durante aqueles quatro anos, a afeição cresceu cada vez mais entre os meninos. Eles se entendiam e percebiam naturalmente o estado de humor um do outro. Yíng procurava alegrar Ming, que tinha uma relação formal com seu pai e sentia muita falta da mãe.
Ming tinha medo de esquecer sua imaginem, se apegava às poucas lembranças que tinha. Nana procurava consolá-lo, contava histórias sobre ela, fazendo-o reviver as memórias que guardava.
Ela ensinou a Yíng algumas canções. A voz do pequenino era um bálsamo para o coraçãozinho de Ming.

Nessa época, os meninos já confiavam na discrição e proteção de Nana. Ela era muito respeitada e amada pela maioria dos servos da casa central. O Grande Mestre também tinha afeição por ela.
Ele não aceitava que ninguém a desrespeitasse, nem mesmo um hóspede. Alguns achavam que era excentricidade da parte do Mestre. Porém, só ele sabia o quanto o colo da bondosa senhora fora seu amparo na infância. Além disso, ela cuidou da sua esposa até o final e agora cuidava do seu filho.

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