Filhos nascem do coração

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"Não fique triste...
Olhe a sua volta, você não está sozinho"

Olhe a sua volta, você não está sozinho"

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Trigésimo Terceiro Capítulo

Filhos nascem do coração


Yang ajudou no parto dos Ling, tanto do pai quanto do filho, e Nana estava presente. Ele acompanhou a dedicação e o amor, da inspiradora mulher, aos dois. Ela foi a figura materna que cuidou e consolou nos melhores e nos piores momentos.
Nana foi, também, mãe para Xun, assim como amparou muitos outros jovens. Sempre cuidou e pouco se deixou cuidar, mas o amor foi seu alicerce. Recebeu como recompensa a própria paz e conquistou muitos corações. Deixava seu exemplo de dignidade aos que ficavam.

Zhenni não cabia em si de emoção.
Como amava aquela mulher.
O tanto que aprendeu com ela era inestimável. Ela era sua melhor amiga, mentora e companheira. Teria dificuldade de continuar sem ela. Faria de tudo para estar à altura do seu exemplo.
Ficou cuidando dela com todo o carinho. Procuro confortá-la. Arrumou seus cabelos, com cuidado para não cansá-la ainda mais, colocou sobre ela o seu manto preferido. Não usou água de cheiro, para não piorar a falta de ar. Porém o ambiente estava exalando, de forma suave, o familiar perfume de lavanda.
Zhenni pediu a um dos servos para avisar Xun e ao Senhor Gan, eles também teriam a chance de se despedir.
Pediu à um dos guardas que ficasse à porta do quarto, para evitar que entrassem todos ao mesmo tempo.
Claro que, além dela e do médico, os patrões tinham prioridade.

Dr. Yang falou primeiro com Ming, que estava na biblioteca, escrevendo suas mensagens diárias. Depois seguiu para os aposentos do Sr. Ling, para dar a notícia.

Ming correu para o quarto de Nana.
Entrou com cuidado e viu que a Senhora estava respirando com dificuldade. Olhou para Zhenni, como se pedisse permissão para se aproximar. Ela acenou com a cabeça. Ming se colocou ao lado da cabeceira da cama e segurou a mão direita de Nana. Ele sentia o peito apertado, uma dor lancinante, lágrimas correram pelo seu rosto.
Neste momento, seu pai entrou abruptamente no quarta e se conteve por instantes na soleira da porta. Respirou fundo e se dirigiu ao lado contrário de Ming. Ajoelhou-se próximo a cama e segurou a mão esquerda de Nana. Ela, sentindo a pressão em suas mãos, abriu os olhos. Viu os dois e seus lábios se abriram em pequeno sorriso, os olhos se iluminaram e ela com voz fraca falou:

- Obrigada, meus filhos queridos. Vocês são a alegria da minha vida.

Fechou os olhos e deu seu último suspiro naquela existência.

Pai e filho emitiram soluços de dor, choraram compulsivamente. O mais velho parecia em maior desespero.
Ele sempre procurava esconder seus sentimentos, mas diante da morte da mulher que cuidou dele por toda a sua vida, finalmente conseguia externar sua dor. Agora realmente se sentia só.

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