- Finalmente, podemos conversar? -Yíng se acomodou no banco de madeira e fez sinal para que Ming sentasse a seu lado.
Décimo Nono CapítuloUma conversa delicada
* Yíng e Ming
- Podemos conversar à vontade aqui.
Esse será nosso novo lugar seguro.
Você gostou da minha escolha?- Sim, este lugar é lindo.
- Yíng, eu não falo só deste jardim. Quero saber o que você achou da casa como um todo. Em especial do seu quarto.
- É claro que gostei. Também agradeço pelo cuidado com os aposentos da minha irmã.
- Isso é mérito da Nana. Eu escolhi esta casa, não só pelo conforto e proximidade, mas principalmente pela posição do sol e pelo jardim. Eu sei que as flores e a pintura são seus maiores amores.
- Ming, não precisava tudo isso. Estou acostumado com coisas mais simples. Não quero ser ingrato, mas fico desconfortável. Não tenho como retribuir a você e a seu pai.
- Você não tem que pensar nisso. A sua presença já é a retribuição que preciso. Quanto ao meu pai, ele ficará satisfeito se vir bons resultados do nosso trabalho.
O que mais está te incomodando?
Quero que você me fale com sinceridade.- Ming, sempre falo com sinceridade. As vezes tenho dificuldade de colocar em palavras o que estou sentindo, então, prefiro me calar.
- Não para mim. Eu quero que você fale. Preciso saber para me corrigir.
- Esse não é o caso. Não quero te corrigir em nada. Só preciso que me escute e tente me entender.
- Prometo. Estou pronto. - Ming se colocou mais ereto e suspirou fundo. -
- Lobo bobo. - Yíng deu um tapinha no ombro de Ming. - Estou falando sério. Só me ouça com atenção.
Você lembra quando nos conhecemos?- Claro, no dia do meu aniversário de 9 anos.
- Não era de 8 anos?
- Não, eu tinha 8 e estava fugindo da festa. Lembra que comemoramos na manhã seguinte? Eu estava completando 9 anos. Dia 27 de dezembro.
- Não lembrava desse detalhe. Você fazia tanta questão de dizer que era mais velho que eu...
- Bem mais velho... Hahaha.
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Onde você está? - Lavanda
RomanceVocê acredita em vidas anteriores? Eu não acreditava... Há um mês, eu estava entrando naquela loja e alguém, distraidamente, bateu no meu ombro. Foi muito rápido, ele se desculpou sem me olhar nos olhos, mesmo assim pude ver seu rosto, embora ele n...