capítulo 13

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Becky

Acordei sentindo o sol entrando pela janela. Me mexi um pouco na cama. Estiquei o braço para tocar o local onde Freen obviamente deveria estar, já que depois da noite passada eu tinha mais que certeza de que havíamos adormecido juntas, depois de trocarmos mais alguns beijos sem dizer mais nada.

Mas para minha surpresa o lugar estava vazio. Abri bem os olhos e olhei ao redor do meu quarto, talvez Freen estivesse no banheiro. Olhei na mesa de cabeceira ao lado da minha cama e o relógio marcava 7h da manhã.

Saí da cama e inspecionei o quarto e não havia vestígios das roupas de Freen e para ter certeza fui ao banheiro e não havia ninguém lá.

- Claro, Becky, o que você achou? - disse para mim mesma. - Ela tem tudo que os homens têm, porque você achava que ela era diferente. -  e bati na testa com a palma da mão.

Fui até o chuveiro e entrei para tomar um banho quente. Meu corpo precisava disso, apesar de Freen ter sido muito cuidadosa em todos os momentos, não consigo deixar de sentir a dor na virilha, meu Deus, Freen é ótima.

Depois de cuidar do meu corpo, saí para me vestir com um vestido que chegava um pouco abaixo dos joelhos com abertura na perna direita. Peguei o caminho até a sala para sair de casa, daqui a pouco ia ser hora de ir para a loja.

Não pude deixar de me sentir um pouco mal, um pouco triste. Mesmo que tenha sido eu quem convidou Freen para passar a noite comigo. Eu me sinto mal só porque ela foi embora sem me dizer nada.

- Nem mesmo a porra de um bilhete do Freen? - perguntei a mim mesma enquanto atravessava o jardim para entrar na casa dos meus pais.

- Bom dia, querida. - ouvi a voz do meu pai. Balancei a cabeça e tomei meu lugar na frente dele.

- Bom dia pai. - eu disse um pouco chateada.

- Nem porra de um bilhete, maldita Freen. - resmunguei baixinho, pegando um pedaço de torrada.

- O que há de errado, filha?  - Minha mãe me perguntou, sentando-se ao lado de meu pai e servindo café em uma xícara.

- Nada, mãe, só não acordei de mau humor. - eu disse e ela assentiu.

- Você está menstruada filha? - Minha mãe me perguntou e eu neguei.

Mas algo na minha cabeça clicou. Não havia usado proteção com Freen ontem à noite.

- Merda! - eu disse ao ver que tinha derramado geléia no meu café - Preciso... eemm...voltarei em um segundo.

Levantei-me da mesa e corri em direção ao meu duplex. Tive que encontrar aquelas pílulas do dia seguinte. Depois disso, eu sabia que tinha algumas por aí. Não que eu sempre as tomasse, mas às vezes Nico estava com tanta pressa na hora de fazer sexo que se esquecia de colocar a camisinha.

- Onde diabos elas estão? -  perguntei a mim mesma quando entrei no meu quarto e comecei a vasculhar todas as minhas gavetas. Corri para o banheiro e entrei olhando meu armário de remédios improvisado.

- Aqui está! - Fiquei feliz em encontrá-las.

Tirei um da embalagem e corri para minha cozinha improvisada, enchi o copo com água e tomei rapidamente o comprimido. Suspirei e coloquei uma das mãos no peito para diminuir um pouco a adrenalina.

- Deus! - eu disse e suspirei mais uma vez - Ainda não é hora de ter filhos, principalmente com alguém que nem se despediu depois de fazer sexo comigo. Maldita Freen!

Voltei para a casa dos meus pais para terminar o café da manhã, fiz isso em tempo recorde, e já estávamos no carro do pai a caminho da empresa.

- Está tudo bem, filha? - ele me perguntou enquanto estacionava em frente à empresa.

𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗖𝗵𝗮𝗻𝗸𝗶𝗺𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora