capítulo 17

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Narrador

Becky entrou em sua casa seguida pela amiga.

- Vamos, Becky, foi só uma brincadeira. - disse a morena para a amiga que estava apenas grunhindo na sua frente.

- Uma brincadeira? - ela disse irritada. - Que tipo de brincadeira é essa? Você estava flertando com ela.

- Eu não fiz isso. - disse Irin, batendo o pé no chão de mármore. - estávamos apenas brincando com o sorvete.

- Istivimis ipinis brinquindi cim i sirviti. - disse Becky, irritada. - Você quase a beijou! - disse Becky, furiosa.

- Não é verdade, seu namorado estúpido me empurrou e Freen estava na minha frente. - disse a morena para a amiga irritada.

Flashback alguns minutos antes

Becky e Nico observaram enquanto as outras duas mulheres se divertiam tentando tirar seus sorvetes. A loira suspirou ao ver o namorado ao seu lado sorrindo com a interação entre as duas mulheres.

- Emmm? - Becky perguntou.

- Parece que elas gostam uma da outra. - disse ele repetindo.

- Parece - disse Becky com um suspiro.

Aparentemente, pedir à amiga para ficar fora disso e não ser tão afetuosa ou presunçosa com Freen não foi muito claro para ela.

Apesar da discussão de hoje, Becky não pôde deixar de se sentir mal. Mas ela tinha certeza de que o que Freen lhe disse foi feito apenas para afastá-la. Ela sabia exatamente sobre a amizade que existia entre seu pai e os olhos castanhos. E ela tinha mais do que certeza de que Freen a estava afastando por um único motivo: Seu pai.

O casal continuou observando enquanto as outras duas mulheres se divertiam na frente deles. Becky suspirou e então sentiu como seu namorado se levantou e sua amiga e Freen se aproximaram.

- Casem-se. - disse o homem de cabelos escuros, empurrando Irin, que descuidadamente atacou Freen e caiu sobre ela com seu rosto muito próximo do de Freen.

Freen reflexivamente agarrou Irin pela cintura e a segurou para evitar que ambas caíssem no chão.

Vendo que sua amiga estava quase beijando Freen, Becky se levantou e atirou seu sorvete no chão, saindo como uma alma conduzindo o demônio para fora da sorveteria.

- Querida - ela ouviu o namorado chamando ela mas ela nem parou e continuou seu caminho e entrou no carro do namorado.

Freen soltou a cintura de Irin, ajeitou suas roupas e sorriu para Irin.

- Desculpe. - Freen disse a ela - Você poderia ter caído se eu não a segurasse.

- Não se preocupe. - Irin disse a ela. E ela mostrou-lhe um sorriso. Freen assentiu e sorriu também.

- O que há de errado? - ela disse, referindo-se à amiga.

- Não é nada, ela só está com ciúmes. -  disse Irin e saiu correndo em busca da amiga, deixando Freen mais do que confusa.

Fim do flashback

- Mas você também não se mexeu quando ela agarrou você pela cintura. - disse Becky com ciúmes.

- Você só está com ciúmes porque posso brincar com Freen. - disse Irin, encolhendo os ombros.

- Ah, não. - disse Becky, apontando o dedo para Irin - Você não disse isso.

Irin franziu as sobrancelhas e começou a se afastar da amiga.

- Becky eu... - Irin disse - Eu só estava brincando.

Becky negou e se aproximou da amiga. E sem dar tempo para Irin reagir, ela se lançou sobre ela, abraçando a amiga e um soluço escapou de seus lábios.

- Você está certa. - ela disse à amiga morena - Estou com ciúmes. Estou morrendo de ciúmes porque você pode brincar assim com ela e eu não.

- Ah meu Deus. - disse Irin, abraçando a amiga com força - Me desculpe, não queria fazer você se sentir assim.

- Eu... - ela soltou outro soluço - Eu gosto do Freen, gosto muito dela, quero estar com ela. Eu sei que no começo era uma pequena obsessão para entrar em suas calças, mas depois daquela noite que passamos, eu... - ela disse e a amiga a abraçou mais forte - Eu acho que me apaixonei por ela.

Sua amiga soltou seu abraço e olhou Becky nos olhos. As lágrimas da loira caíram em seu rosto.

- Becky - sua amiga disse em um tom triste - Você tem certeza? - ela perguntou.

- Sim, Irin, tenho mais que certeza. - disse Becky - Tenho mais que certeza, estou apaixonado por ela. É impossível não estar, você mesma viu ela, não é só a beleza dela, é a personalidade dela, seu jeito de falar, sua confiança...

- Seu pênis grande. -  disse Irin, fazendo sinais com as mãos e fazendo a amiga sorrir.

- Sim, seu grande pênis. - ela disse enquanto os dois riam - Irin, eu nunca me senti assim, nem mesmo com Nico.

- Eu vejo isso, amiga, vejo isso nos seus olhos. - disse Irin - Nos seus ciúmes, nas suas birras e na maneira como você trata Nico, tão distante.

- Ela fez isso comigo - Becky disse referindo-se a Freen - Ela virou meu mundo de cabeça para baixo apenas com seu sorriso.

- E com seu amigo Lolito. - disse Irin, referindo-se ao amigo da garota de olhos castanhos.

- Lolito? - Becky disse sem entender, mas ao ver o sorriso da amiga e o movimento de suas sobrancelhas ela simplesmente negou.

- Deixe o amigo de Freen em paz. - disse a loira, ameaçando a amiga. - Eu quero você longe do Lolito, você me ouviu? - ela perguntou a ele.

Irin sorriu e negou.

- Não se preocupe, é todo seu. - disse ela, erguendo as mãos em sinal de rendição - Então, como sua melhor amiga, vou ajudá-la a fazer de Lolito só seu e de mais ninguém.

Becky levantou os braços e abraçou o pescoço da amiga.

- Obrigada Irin, obrigada por ser minha amiga. - disse Becky e a morena abraçou a amiga com mais força - Mas quero você longe de Lolito.

- Hahahaha - Irin riu - Não se preocupe, eu te disse que é todo seu.

Becky assentiu e se separou do abraço.

- Ok, vamos dormir, amanhã tenho que acordar cedo para ir trabalhar. - ela disse fazendo uma careta.

- Sim, trabalhar. - Irin disse enquanto dava um tapa na bunda de Becky.

𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗖𝗵𝗮𝗻𝗸𝗶𝗺𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora