capítulo 24

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Bom dia, senhoras. Vejam como acabar com os sonhos das leitoras apenas usando um cap. Boa leitura.
(⁠◠⁠‿⁠◕⁠)



Becky

Eu estava parada na frente da porta da casa dos meus pais. Eu não sabia se entrava ou se andava direto pela lateral, atravessava o jardim e entrava no meu duplex, e depois saía e fingia que estava ali o tempo todo.

Quando estava pronto para fazer a segunda coisa que pensei, a porta da casa se abriu revelando meu pai na minha frente.

- Não vou perguntar de onde você vem neste momento, porque sei que você vai dizer que estava na casa da Irin. - ele me disse. - E não vou perguntar por que você tem uma marca no seu pescoço, porque eu não quero saber.

Imediatamente levei minha mão direita ao pescoço para cobrir a marca que Freen certamente deixou em mim e não percebi.

- Está do outro lado. - ele disse e pegou minha mão para virar para o outro lado e cobrir minha marca. - Agora, por favor, vá tomar um banho e esperaremos por você para o almoço.

Balancei a cabeça sem contradizer meu pai e corri para meu duplex para tomar um banho rápido. 30 minutos depois, eu estava andando pelo jardim para ir à casa do meu pai. Eu não pude deixar de rir de mim mesmoa Não acredito que não percebi a marca.

Que pena que meu pai viu e eu não. Eu teria que falar com Freen. Embora eu tenha certeza que ela deve ser igual a mim. Pois tenho certeza que eu mordi e deixei várias marcas em diversas partes do seu corpo.

Só de pensar no corpo nu de Freen me fez estragar minha calcinha.

- Boa tarde! - meu pai disse em tom sério. Levantei o olhar, que estava para baixo devido ao constrangimento que tive com ele, na entrada da casa.

- Boa tarde pai. -  eu disse olhando para ele com uma cara envergonhada. - Mãe. - eu disse e dela recebi um sorriso lindo, que me ajudou a me sentir mais confortável.

O almoço estava indo bem. Meu pai falou sobre como éramos bons com vendas de calçados. E ele falou sobre o quão bem
Freen desenvolveu-se em sua posição. E isso me fez sentir um pouco desconfortável

O simples fato de meu pai confiar tanto em Freen, de vê-la de uma forma tão admirável, me fez acreditar que ele surtaria se descobrisse o que estava acontecendo entre nós.

- Becky - ouvi a voz da minha mãe - Você está bem, querida?

- Ehm? - olhei para ela - Sim, estou bem mãe, eu só estava pensando.

- Deve ser a pessoa que deixou aquela marca no seu pescoço. - disse meu pai de repente.

- Pai. - eu disse, não queria falar sobre isso.

- Arthur! - minha mãe o repreendeu - É normal, ela tem namorado.

- Ah, é verdade que você tinha namorado. - meu pai disse, mas depois negou. - A propósito, você tem um namorado que eu não vejo há mais de um mês. Nem vai buscá-la no trabalho como fazia antes.

Olhei para ele sem entender, agora acontece que Nico era do seu agrado?

- Você gosta dele? - perguntei a ele.

- Não gosto dele, sempre o achei um idiota, arrogante e mal educado. - ele me disse e eu não sabia o que dizer.

- Pai, eu acho... - Tentei conversar.

- Nada, Rebecca! - ele me disse, franzindo as sobrancelhas. - Diga-me por que, há mais de um mês, eu não vejo aquele garoto vaidoso que você tinha como namorado? - perguntou para mim.

Suspiro não queria brigar no meio do almoço.

- Você sabe por que você não o vê, pai. -  eu disse em tom sério - Porque não estou mais com ele, porque terminamos há um mês. - olhei para minha mãe, que arregalou os olhos.

- Então me diga quem é a pessoa que você está saindo há algum tempo. - ele me disse. Aparentemente ele estava bravo - Me diga quem é ele, me diga quem é que faz você chega tarde em casa e às vezes não volta. E não me diga que é a Irin, porque não acho que ela seja assim. - assim? A que ele estava se referindo?

- Assim como pai? - perguntei - Lésbica?

Ele cerrou os punhos e bateu na mesa.

- Sim, assim, lésbica. - ele disse e se levantou, derrubando a cadeira em que estava sentado.

Eu sorri e balancei a cabeça ao mesmo tempo.

- Eu não sabia que você era homofóbico. - eu disse a ele e me levantei, ficando na altura dele.

- Bem, agora você sabe. - ele me disse - E se aquela garota é assim, eu não quero mais ver ela dentro da minha casa.

Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Eu não podia acreditar que isso vinha dele. Achei que meu pai tinha a mente mais aberta.

- Arthur - minha mãe disse, tentando se aproximar dele. Mas ele se afastou e passou por mim.

- Você foi avisada, Rebecca. - ele me disse e saiu da sala de jantar, deixando minha mãe e eu sem acreditar no que acabara de acontecer.

- Filha. - senti as mãos da minha mãe apertarem as minhas.

Fiquei olhando para onde meu pai tinha ido. Fiquei chocada, nunca pensei que ele tivesse esse pensamento.

- Mãe - eu disse e a abracei - Eu... eu... - tentei falar mas não consegui, não consegui superar meu espanto.

- Não se preocupe, filha. - disse ela, passando a mão para cima e para baixo em minhas costas. - Você quer conversar sobre alguma coisa, quer me contar algo? - ela me perguntou.

- Eu... ainda não. - eu disse enquanto me aproximava dela - Mas prometo que falo com você, assim que eu me recompor eu falo com você. - Ela assentiu e eu a abracei novamente.
- Obrigado, mãe. - eu disse e beijei sua bochecha. Para então me separar do abraço e partir para o meu duplex.

Enquanto caminhava em direção à minha pequena casa, muitas coisas passavam pela minha cabeça. E uma delas era ela, Freen...

O que eu faria agora sabendo o que meu pai pensa?

Embora Freen seja uma mulher e tenha seu segredinho. Ele ainda a aceitaria por mim? Será que ele pararia de pensar assim se soubesse que havia algo entre Freen e eu.

Empurrei minha porta e a fechei. Caminhei em direção à minha cozinha e de uma pequena porta que estava na cozinha.

Retirei uma pequena garrafa de vodka.

- Eu preciso dessa bebida. - eu disse e abri a pequena garrafa para beber todo o seu conteúdo de um só gole.

𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗖𝗵𝗮𝗻𝗸𝗶𝗺𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora