capítulo 20

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Narrador

- Heidi, por favor. -  disse Freen ao sentir as mãos da garota em seu membro.

Elas estavam na porta do apartamento de Freen. A mulher de cabelos negros não tinha vontade de fazer sexo. Apesar de estar toda excitada graças à maldita interrupção do namorado de Becky.

- Vamos, Freen, eu sei o que você quer. - disse ela, tentando se aproximar e beijar o pescoço da garota de cabelos negros.

- Não. - disse Freen, pegando as mãos da garota para afastá-la - Não estou com humor, estou cansada. Eu preciso dormir.

- Você não parecia cansado no carro. - disse Heidi com raiva.

Freen assentiu, mas ela fez isso por um único motivo: ela saiu toda excitada depois de quase pegar Becky nos braços.

- Eu sei - disse ela, soltando um suspiro - Mas acabou, me desculpe, Heidi, não fique com raiva.

- Você vai se arrepender disso, Freen. - disse Heidi - Quando sentir vontade de fazer sexo. - disse ela, apontando para Freen - Se masturba.

E então ela saiu, deixando Freen sozinha na frente da porta dela. A mulher de cabelos negros sorriu e balançou a cabeça.

Foi a primeira vez que ela rejeitou Heidi, foi a primeira vez que ela disse a ela que não queria fazer sexo com ela. E foi só por causa de uma mulher.

- Becky - ela sussurrou ao entrar em casa.

Ela vai até a cozinha para preparar alguma coisa. Ela não estava com muita fome. Mas ela teve que fazer isso para voltar atrás e enfrentar uma tarde inteira ao lado daquela mulher, que quase a fez terminar só de vê-la deitada naquela mesa.

Antes que ela percebesse, a garota de olhos castanhos já estava do lado de fora da loja esperando Becky abrir as portas. Freen não conseguiu evitar olhar para a bunda de Becky. Sem perceber, ela mordeu o lábio no momento em que Becky abriu caminho para elas entrarem.

- Freen, você estava olhando para minha bunda? - Becky perguntou a ela.

- Eu...eu...De jeito nenhum... - ela disse tentando parecer convincente.

- Ok. - disse Becky, estreitando os olhos e entrando na loja antes de Freen. A loira com todas as suas intenções e sabendo que Freen ainda estava olhando para sua bunda. Andou da maneira mais sensual possível.

Ela olhou por cima do ombro para ver o rosto perfeito da mulher que pegou seus sonhos e a fez molhar a calcinha sem nenhum problema.

A tarde passou com mais movimento que pela manhã. A loja estava mais lotada que o normal.

Freen sorriu ao ver uma Becky atenciosa que não parava de ajudar e supervisionar os funcionários. Ela viu em Becky uma mulher diferente daquela que conheceu da primeira vez. Agora eu a via como mais responsável e mais disposta a tomar conta da empresa.

Ela sorriu e em um momento seu sorriso se transformou em uma careta de raiva.

Um homem um pouco mais velho aproximou-se de Becky com um sorriso sedutor. A loira percebeu a presença do homem e sorriu apenas por gentileza.

Freen começou a caminhar para alcançar a loira. Ela percebeu que sua Becky ficou um pouco desconfortável porque o homem estava chegando perto demais dela para falar com ela.

- Becky, está tudo bem? - Freen perguntou assim que se aproximou.

A loira suspirou de alívio, ela rezou aos céus para que alguém viesse em seu auxílio. O homem avançava muito e flertava com ela sem se importar, ela se sentia incomodada.

- Está tudo bem, senhorita. - disse o homem, respondendo a Freen.

- Com licença, não quero ser rude, mas perguntei à minha namorada. - disse ela, deixando o homem de boca aberta.

- Estou bem, amor. - disse Becky, acompanhando o jogo.

Mas Freen sentiu aquela palavra sair da boca da loira direcionada a ela. Ela sentiu seu coração batendo muito forte contra seu peito. Freen olhou para Becky com um sorriso nos lábios. E a loira olhou para ela e viu um brilho estranho em seus olhos e ela também sentiu seu coração querer sair.

- Bem, me diga como posso te ajudar? - Freen disse olhando para o homem que apenas mostrou um sorriso.

- Preciso de ajuda com alguns sapatos que vi na vitrine masculina. - disse ele, apontando para o corredor.

- Bem - Freen disse a ele - Um vendedor irá ajudá-lo em um momento. - Ela olhou para cima e viu Ben desocupado. Ela acenou para ele levantando a mão e o jovem acenou com a cabeça para se aproximar dela com passos rápidos.

- Para que eu sirvo? - Ben disse olhando para Becky sorrindo. - Olá, Becky.

A loira sorriu de volta e acenou com a mão em saudação.

- Preciso que você ajude o homem que quer ver alguns sapatos na vitrine. -  disse ela, apontando para o homem que ainda olhava para a loira com cara degenerada.

Freen cerrou os punhos, querendo matar o homem à sua frente por ser tão óbvio sobre a loira.

- Ok, siga-me, por favor. - disse Ben ao homem que apenas assentiu. Para começar a segui-lo.

Não se importando com o que Freen havia dito agora, o homem voltou e entregou um cartão a Becky.

- Caso você se canse de bancar a lésbica e queira um homem de verdade. - disse o homem com um sorriso.

Freen não percebeu quando sua mão atingiu a bochecha esquerda do homem.

- Freen! - gritou Becky assustada devido à reação da garota de cabelos pretos.

O homem tropeçou um pouco para trás e estava prestes a atacar a mulher de cabelos negros. Ben se atrapalhou e o agarrou para evitar briga no meio da loja.

- Tire esse idiota da loja agora mesmo! - disse Freen, cerrando os dentes.

Ela olhou para baixo e viu como Becky agarrou sua cintura para evitar que Freen avançasse sobre aquele homem estúpido.

Ben assentiu e tirou o homem da loja. O homem olhou para Freen enquanto cobria a marca deixada pelo punho da mulher de cabelos negros em sua bochecha.

- Freen, por favor. - a loira disse em tom suplicante.

A mulher de cabelos negros sentiu o coração doer após o tom suplicante da loira.

- Acalme-se. - disse Freen, virando o corpo para abraçá-la. - Estou bem, você está bem?

Becky apenas assentiu e enterrou a cabeça no peito de Freen, sentindo seu aroma. Aquele aroma que ficou impregnado em sua pele, em sua casa, em seu quarto, na noite em que os olhos castanhos a fizeram dela.

- Estou bem, por favor, não faça isso de novo. - disse Becky, saindo de sua zona de conforto e pegando a mão de Freen para beijar os nós dos dedos que estavam um pouco inchados.

- Sinto muito. - disse Freen, olhando com amor como Becky acariciou sua mão e o beijou - Ele é uma pessoa nojenta. Ninguém vai falar assim com você na minha frente, você me ouviu. - disse Freen, erguendo o queixo da loira para que ela pudesse olhá-la nos olhos.

Becky assentiu e se rendeu às carícias de Freen.

- Vou para o escritório do meu pai. - disse Becky - Você vem comigo?

Freen assentiu e caminhou perto de Becky em direção ao escritório.

𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗖𝗵𝗮𝗻𝗸𝗶𝗺𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora