capítulo 43

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Narrador

Becky caminhou furiosamente pela loja sem se importar em bater em alguns clientes ao passar. Ela estava cega pelo ciúme e seus hormônios não ajudavam em nada.

- Senhorita... - ela ouviu Ben chamando-a.

- Agora não! - Ela disse num tom que fez o garoto praticamente correr para o outro lado da loja.

Todos na loja já sabiam do relacionamento de Freen e Becky e ninguém levantou objeções.

Becky fervia de ciúme ao se aproximar e ficar na frente de sua namorada. Ambas estavam sorrindo e Becky sentiu que não poderia odiar mais aquela mulher e o que dizer sobre Freen.

- Uhjm... - Becky fez um barulho com a garganta para dar a conhecer sua presença.

- Becky - Disse Valéria, lembrando-se da loira.

- Olá! - Becky disse em um tom mais frio que o próprio Pólo Norte.

- Amor - Freen disse gentilmente, com medo da namorada. Ela conhecia aquele olhar e sabia que nada de bom estava para acontecer.

- Freen, que rápido, hein - Disse Becky sem olhar para Valéria que não entendia nada - Só uma briga pela manhã e você já tem sua cadela na loja. - Ela disse olhando para Valeria de cima a baixo, ela odiava aquela mulher.

- Becky... - Freen disse tentando se aproximar da namorada. Que viu sua tentativa e levantou a mão para impedi-la.

- Com licença? - Valéria perguntou, percebendo que ela a havia chamado de cadela. - Mas Freen só está me ajudando com alguns sapatos.

- E você não poderia procurar um dos vendedores? - Becky perguntou, incrédula com o que a mulher à sua frente estava dizendo. - Freen é minha namorada e vamos ser mães. - Disse Becky, olhando feio para Valéria.

- Percebi isso - Disse Valéria - Mas Freen está apenas me ajudando.

Aparentemente Becky não acreditou nas palavras de Valéria e apenas suspirou e olhou para Freen que estava apenas observando a interação entre as duas mulheres. E ela não queria interromper, não queria brigar de novo.

- Você não vai dizer nada? - Becky perguntou e Freen olhou para ela com a pior face de tristeza.

Ela sabia que os hormônios e a condição de Becky poderiam falar por ela. E ela não queria perdê-la por causa disso. Freen leu algo na Internet sobre humor e apetite sexual.

- Só estou ajudando ela. - Disse Freen e sorriu para Valéria para acalmá-la.

Becky viu isso e pensou o pior.

- Bem, vou deixar você em paz - Disse Becky, olhando para Freen. - Aparentemente eu as interrompi, adeus. - Disse ela, virando-se e indo em direção ao escritório do pai. O que não estava lá e ela estava grata por isso.

Freen viu o caminho por onde sua namorada havia passado. E ela não poderia acreditar em tudo o que aconteceu em tão pouco tempo, se na noite anterior elas compartilhassem gemidos e palavras de amor. E agora ela só recebia gritos e ciúmes da namorada.

- Freen? - Valéria disse chamando os olhos castanhos.

- Sinto muito, Ben irá ajudá-la. - Disse Freen com tristeza.

- Não se preocupe, a gravidez dela faz com que ela aja assim. - Disse Valéria, entendendo o mau humor da loira. - Basta ter paciência e dar muitos abraços nela. Foi isso que me ajudou. - Disse ela.

- Obrigado... - Freen disse e saiu a caminho do escritório do sogro para conversar com a namorada.

Ela chegou e bateu na porta sem receber resposta. Ela agarrou a maçaneta e entrou, vendo Becky sentada em uma das poltronas que o sogro tinha em seu escritório.

𝗔 𝘀𝗲𝗻𝗵𝗼𝗿𝗶𝘁𝗮 𝗖𝗵𝗮𝗻𝗸𝗶𝗺𝗵𝗮 Onde histórias criam vida. Descubra agora