— Um bolinho nada agradável, você não acha?Rimos enquanto Davison verificava a textura do bolinho de chocolate, que realmente, não estava nada agradável ao nosso ver. Mas deu para vencer a fome!
— Eu quase não como aqui.
— Sério? Sua casa é perto?
— Mais ou menos. — Torci o nariz. — Você mora perto da faculdade?
— Um pouco! Na verdade o motorista sempre se embola quando vem deixar a gente de manhã.
— Uau. — Me impressionei. — Você tem um motorista.
— Não é tão bom quanto parece. Dá um ar de que estamos sendo... Vigiados.
Aquilo me fez rir, não sei por quê.
— Fala aí.
Dylan apareceu ao lado do irmão, acabando com o clima ótimo que estávamos tendo. Revirei meus olhos internamente, eu odiava aquele garoto! Por que ele apareceu?
— Dylan, será que dá para você agir como pessoas normais? — Davison se irritou com a presença do irmão. — Você não deu bom dia para Sophia!
— E aí, loirinha! — Roubou o bolinho de Davison. — Foi mal ter xingado você aquele dia. Eu estava com pressa, e você, me atrapalhando.
— Na verdade você deveria chegar mais cedo e aprender a respeitar os outros! — Rebati.
— Ela é brava! — Dylan debochou, rindo para o irmão. — Amo garota brava, me deixa...
— DYLAN! — Davison forçou os olhos, parando o irmão automaticamente. — Por favor, eu gostaria que você se esforçasse um pouco mais. Sei que você não é assim. — Estava morrendo de raiva.
Ele tinha vergonha de Dylan, será?
— Ok. — Dylan respirou fundo. — Desculpa por ter te xingado, Sophia! Eu não sou assim. — Nos encaramos. — Por me desculpar sinceramente, eu gostaria que você fosse na minha festa.
Davison franziu o cenho, enquanto eu ficava assustada como a forma do seu linguajar mudou. Eu sabia que era deboche, mas foi como se Davison tivesse falando no lugar de Dylan. E detalhe, os dois eram gêmeos!
— Sua festa? — Davison encarou o irmão. — Desde quando você vai fazer uma festa?
— Desde agora. — Dylan levantou os ombros. — Qual foi, maninho? Chegamos agora! Precisamos marcar território. Fora que essa faculdade é muito parada pro meu gosto. — Olhou ao redor. — Eu quero farra, diversão, bebida, droga e sexo. — Dylan voltou a me encarar. — Eu adoro sexo! Você gosta de sexo, Sophia?
— Dylan, já chega! — Davison empurrou sua bandeja, se irritando. — Você precisa de modos.
— Eu tenho modos. Só não tenho papas na língua. — Piscou para o irmão, antes de sair da mesa. — Você vai, Sophia? Eu te espero ansiosamente.
— An... — Fiquei sem ter o que dizer. — Posso levar uma amiga? — Cerrei meus dentes.
— Você pode levar quem você quiser! É só chegar e se divertir.
— Que dia é essa festa? — Me interessei.
— Hoje à noite.
O QUE?
— Meu Deus... — Davison fechou os olhos, negando com a cabeça.
— Te vejo lá, loirinha! — Saiu de perto.
Davison estava incrédulo com a postura do irmão, um pouco envergonhado também. Fiquei sem graça de ter aceitado, parecia que ele não queria aquilo.
— Eu tinha raiva dele, antes que você me xingue também. — Me encolhi, como uma defesa.
— Não vou te xingar! Eu só não queria isso.
— Eu ser amiga do Dylan?
— Não! Ele fazer uma festa, hoje à noite. — Massageou suas têmporas. — Meu irmão sempre dá festas estrambólicas! Nunca acaba bem.
— Sério? — Ferrou!
— Ainda mais agora que a gente chegou na cidade. Ele quer mostrar quem é que manda!
— Se você conversar com ele...
— Esqueça Sophia, ele não vai mudar de ideia. — Pausou. — A tal festa vai acontecer, e você vai.
— É, eu vou. — Soltei um risinho.
Sai de onde estava, caminhando com Davison até o portão de entrada.
— Você quer uma carona?
— Ah, não precisa! Eu vou de ônibus porque preciso passar na farmácia. — Lembrei.
— Eu posso passar na farmácia! Quer dizer, o motorista pode passar, fica mais fácil para você chegar em casa à tempo. — Davison se referiu a festa.
— Não seria incômodo? — Fiz uma careta.
Eu não queria aceitar mas juro que pegar ônibus aquele horário era péssimo! Fora que a farmácia ficava um pouco longe do apartamento. Eu teria que andar três quadras para chegar até lá.
— Óbvio que não. — Davison sorriu. — Vamos indo?
— Vamos.
Andamos até o carro estacionado em frente à faculdade, com o motorista dos irmãos à disposição. Davison informou ao homem os locais em que iríamos, e ele foi. Me levando até a farmácia e depois, me deixando em frente ao condomínio.
Agradeci ele quando desci do veículo, acenando até ver o carro sumir pelas ruas. Subi para o meu andar, vendo Stephanie ajeitando o tapete do apartamento.
— Olá. — Ela sorriu. — Demorou hoje!
— Uma longa história. — Entramos juntas. — Primeiramente você precisa de uma roupa. Nós vamos à uma festa!
— Festa? De quem? — Stephanie franziu o cenho.
— Dos irmãos que chegaram na faculdade. Davison e Dylan, na verdade é o Dylan que está fazendo a festa, então o Davison não conta. — Soltei, bastante empolgada para ir à minha primeira festa de universidade.
— Sophia, eu não acho legal a gente ir. Sei lá... Você mal conhece eles.
— Para de ser assim, Stephanie! Vai me dizer que você não queria sair um pouco?
— Vem cá, o Micael sabe que você vai à uma festa?
— Ele não precisa saber de nada, tá bem?
— Ok. — Ela rendeu as mãos. — E como você vai à essa festa?
— Com você! Nós vamos nos divertir e saber o que tem de bom lá.
— Essas festas sempre acabam mal! Sabe o que vai ter lá? Muita droga, muita bebida e muito sexo.
Assim como Dylan havia falado hoje mais cedo.
— Eu queria ir. — Me fingi triste. — Eu nunca fui! Fora que os dois tem dinheiro, ou seja, a festa vai ser incrível.
— Não sei. — Stephanie não estava com a cara boa. — Eu acho que a gente deveria ficar em casa, é melhor para todo mundo.
— Se você não quer ir comigo, eu vou sozinha. — Remexi meus ombros, igual à uma criança.
— Ah, é? — Stephanie se impressionou. — Vai tomar essa coragem de ir sozinha?
— Vou! Eu fui convidada assim como você, e já que você não quer participar, eu vou.
— Tudo bem, não está aqui quem falou! — Stephanie rendeu as mãos novamente. — Só peço que você se cuide, Sophia. Somente isso.
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Meu Professor - Coast | 2ª Temporada
RomansaApós Sophia iniciar sua nova vida em Nova Iorque e saber que Micael é seu professor de Direito, novas surpresas vão lhe abalar no caminho. A paixão pelo professor e a chegada inusitada de dois garotos problemáticos.