Capítulo 41

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Voltei o interfone na base rapidamente, bastante assustada. Micael já tinha entendido quando se juntou à mim, tirando minha mão do aparelho e atendendo no mesmo instante.

— O que você quer? — Soou grosso.

Que merda!

Mordi meus dedos antes de puxar o interfone das mãos fortes de Micael, que me olhou esbravecido.

— É SÉRIO ISSO? — Gritou comigo.

— E-eu posso explicar. — Rendi minhas mãos. — Eu não sabia que ele ia estar aqui hoje, eu...

Micael não deu ouvidos. Ajustou sua calça e vestiu-se novamente, saindo porta à fora. Meu corpo gelou, achando um jeito de me vestir e correr atrás dele.

E como eu imaginava, Micael já estava no estacionamento subterrâneo do prédio, junto com Dylan. Que esperava fora do carro.

— Eu não acredito. — Dylan deu dois passos para frente. — Como você tem coragem de vir até ela depois de tudo?

— Como você tem coragem! — Micael deu ênfase, empurrando o peito de Dylan. — Enroscou ela em uma gravação suja. Você é podre, moleque!

— Gravação suja? — Dylan soltou um risinho. — Você foi mais podre ainda! Era professor dela e fez de tudo para comê-la.

Apartei no mesmo segundo que vi Micael voar em cima de Dylan, fechando os punhos para bater em sua face. Soltei um grito, me espremendo para não levar um soco qualquer.

— JÁ CHEGA! — Gritei, de novo. — Dylan, eu não vou sair com você. — O encarei.

— VOCÊ ESTAVA DANDO PARA ELE? PORRA, SOPHIA! — Dylan quase chorou.

Deu um chute no pneu do carro, se retorcendo por ódio.

— Eu não estava dando pra ninguém, Dylan. — Passei a mão em meus cabelos. — Micael veio conversar comigo sobre o caso da Lorelai.

— E aproveitou para vestir sua blusa do avesso, não é mesmo? — Rebateu, soltando enquanto apontava para minha blusa.

E sim, ela estava do avesso.

— Dylan...

— Você é safada! Suja! Podre! — Começou a me ofender. — Disse que queria se vingar do Micael mas não consegue se separar dele.

— EU NÃO ESTOU COM ELE, DYLAN! E TAMBÉM NÃO ESTOU COM VOCÊ. — Bati meu pé, irritada. — Não sei de onde você tirou que estamos namorando.

— VOCÊ TRANSA COMIGO EM HORÁRIOS FLEXÍVEIS, SUA PIRANHA!

— NÃO CHAMA ELA DESSE JEITO, SEU OTÁRIO! — Micael segurou no colarinho da blusa de Dylan, o deixando com medo.

Recebeu um riso sarcástico do mesmo.

— Você se acha, né?

— Muito mais que você. — Micael soltou ele, que quase caiu no chão. — Deixa ela em paz.

— Eu só vou deixar ela em paz quando você estiver atrás das grades. Entendeu? — Dylan nos observou. — Espero que a Lorelai saiba de tudo.

— Dylan... — O chamei, vendo que ele já havia entrado no carro novamente.

Cantou pneu ao fazer uma manobra para sair da vaga, me deixando com Micael, em pleno estacionamento.

— Você transa com ele em horários flexíveis?

Micael me perguntou, levantando uma sobrancelha. Passei as mãos no meu rosto, querendo me livrar daquele pesadelo.

— Meu Deus. — Fiquei cansada só de pensar em responder aquilo. — Eu só transei com o Dylan três vezes, e ele acha que é o meu namorado!

— Você trabalha com ele, Sophia.

— NÃO! — O repreendi, levantando o indicador. — O Dylan é o meu cliente, nada mais do que isso.

Micael ficou em silêncio.

— Ele parecia ser uma boa pessoa mas agora... Não posso ficar transando com o meu cliente, é péssimo até para mim. — Fiquei em transe, pensando na possibilidade de alguém contar aquilo.

— Eu concordo plenamente. — Micael cruzou os braços.

— É lógico que você concorda.

— Sim! É super errado, antiético, ridículo.

Micael foi me encurralando até a parede mais próximo do estacionamento. Sorri tentada, me empoleirando em seu colo, beijando sua boca carnuda até me dar conta de que estávamos em um estacionamento público.

— Aqui não. — Parei o beijo, rindo de como ele estava agindo.

— Ninguém vai ver. — Beijou meu pescoço, me deixando tentada.

— Vai sim! — Tentei o parar mas não consegui. Fui fraca. — Micael...

— Hum... Meu carro. — Ele parou de me beijar.

Olhou ao redor, procurando seu carro, que estava estacionado lá. Eu não entendi como ele havia conseguido estacionar no subterrâneo, aquilo me encafifou de uma maneira grande.

Não era hora de pensar naquilo, era hora de outra coisa.

— Vem, vamos. — Me puxou pela mão, bastante rápido.

Soltei outro riso quando escutei o alarme do veículo ser desativado, destrancando a porta do banco traseiro. Entrei lá dentro com Micael, que fechou a porta em um solavanco, voltando a me beijar com toda sua volúpia.

Iríamos terminar o que estávamos começando no sofá do meu apartamento. Porém, transar no carro não era tão confortável quanto parecia. Mesmo o carro de Micael sendo grande e completo, eu sentia falta de uma cama e o espaço dela.

Já estava nua quando fiquei por cima de Micael, o observando. Ele sorria ansioso, segurando em minha cintura para qualquer movimento que eu fizesse.

— O que há? — Me perguntou.

— Aqui tem camisinha? — Procurei com o olhar, pensando em onde ele guardaria alguma camisinha.

— Acho que não. Não sei. — Levantou os ombros.

— COMO VOCÊ NÃO SABE?

— Porque eu não sei! Eu não transo com a minha excelentíssima esposa dentro do meu carro. — Respondeu irônico, blefando em seguida. — E o seu anticoncepcional?

— Eu parei de tomar! — Expliquei. — Eu fiquei muito sozinha e aí eu parei.

— E o Dylan? — Nos encaramos. — Não responde, eu não quero saber.

— Ótimo. — Foi minha vez de blefar.

— Na hora que eu for gozar eu tiro, tudo bem?

Encarei Micael, um pouco desconfiada. Eu confiava nele mas não à esse ponto.

— Micael...

— Você não confia em mim?

— Eu confio, só que... A minha mãe sempre dizia que quem transa dentro do carro, engravida.

— Ok, então a sua mãe errou nessa possibilidade. — Sorriu falso à mim. — Eu vou te avisar quando eu for gozar. Fique tranquila! — Segurou em meu rosto.

Ainda fiquei um pouco tensa quando senti Micael beijar o meu rosto. Me encaixei em seu membro, relaxando como ele havia pedido. Gemi manhosa três minutos depois, apoiando minha mão no teto do carro, exaustiva pelo tesão que me perseguia.

Minha mente simplesmente se apagou quando meu corpo teve o êxtase necessário para se satisfazer. Eu não escutei nada!

Nem mesmo Micael me avisar que havia gozado.

Meu Professor - Coast | 2ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora