Capítulo 14

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Micael e eu decidimos procurar pelo tal Gaspar, onde só tínhamos um número de protocolo e nada mais. Cocei meus olhos, cansada de tanto procurar. Afinal, três horas procurando por um homem desconhecido era demais para mim.
Micael também estava cansado, vi isso quando ele coçou a cabeça, em seguida, coçou o maxilar.

— Não consigo achar nada nesse número idiota. — Fechou a tampa do notebook.

— Vou ter que achar mais pistas. — Descansei minhas costas no sofá. Estávamos sentados no tapete da sala, destruídos.

— Vou tentar arrancar alguma coisa dela. Eu preciso saber quem é esse cara!

— Calma. — Parei Micael com minhas mãos. — Você não pode citar esse nome perto dela.

— Por que?

— Porque ela vai saber que estamos juntos, Micael! — Me apavorei. — Deixa que eu cuido disso. Você precisa mostrar à ela que não sabe de nada. Não pode ficar com raiva também.

— Impossível! Isso vai tirar o meu sono até quando puder. — Rolou os olhos, bem cansado.

Toquei no rosto de Micael, que emitiu um sorriso leve, gostando do que estava recebendo. Ele saiu de onde estava, se empoleirando em mim.

Começou a me beijar mas eu tive que parar. Estava morta de cansaço!

— Você vai brigar comigo? — Segurei em sua nuca, tendo o próximo de mim.

— Depende. — Arrancou um beijo à força dos meus lábios.

— Eu estou morta de cansaço. — Fiz uma careta. — Será que podemos continuar amanhã?

— Amanhã? — Micael levantou uma sobrancelha. — Então você quer dormir aqui?

— Não era esse o combinado?

— Na verdade... Eu aceito todos os combinados que você sugerir, querida. — Sorrimos. — Só que eu preciso te lembrar que você tem aula da Lorelai amanhã. A primeira do dia!

— Sério? — Joguei minha cabeça para trás, bufando. — Ah não, eu não aguento mais ela na minha cabeça.

— Você precisa aguentar! Pelo bem do seu estágio.

— Não vejo a hora de receber e procurar outro lugar para mim.

— Verdade. — Micael ajeitou em seu lugar, se preparando para dizer algo. — Você conseguiu saber mais alguma coisa dela e do senhor Fontana?

— Eles estavam na biblioteca quando a gente chegou, até esqueci de te falar. — Mordi a ponta dos dedos. — Fora que a Lorelai soltou uma frase meia estranha.

— Estranha do tipo?

— Meio que ela quis dizer que... Tem coisas que a gente precisa ficar em silêncio, para ganhar na vida. Algo assim. — Torci o meu nariz. — Bizarro!

— Ela é bizarra.

— E por que você está com ela?

— Porque você já sabe da história! Ou eu fico com ela até ganhar um certificado próprio do estado, ou, volto para Malibu com um certificado suspenso. — Micael respirou fundo. — Ela é capaz de tudo.

— Coisinha ruim ela é. — Fiquei em transe.

— Será que agora você... — Desfez meus braços cruzados, me fazendo pegar em sua nuca novamente. — Pode me dar um pouco de atenção? Ou melhor, um pouco de carinho intenso?

— Hum... Carinho intenso? — Recebi beijos de Micael em meu pescoço. — O que seria isso?

— Você vai gostar, eu prometo! — Sorrimos cúmplices.

Eu queria receber o carinho intenso de Micael, mas estava muito cansada para fazer qualquer tipo de coisa que envolvesse o meu corpo.

Eu pedi à ele para que eu tirasse um cochilo antes do dia amanhecer. Micael assentiu, arrumando sua cama confortável para deitarmos. Recebi uma blusa sua, larga. Retirei meu vestido e optei por usar o tecido grande em meu corpo.

Deitei e apaguei. Eu estava morta de cansaço. Trabalhar com Lorelai e ainda por cima procurar por Gaspar durante três horas não era brincadeira. Custou meu sono, cansaço e vontade de fazer alguma coisa.

Eu não sei quanto tempo dormi mas tive certeza de que tirei um breve cochilo, daqueles gostosos que parece que dormimos por oito horas seguidas. Acordei com Micael, suas mãos estavam dentro da blusa larga, acariciando meus seios enquanto seu membro já se encontrava duro, pinicando minha bunda.

Eu sorri, ainda sonolenta. Fiz carinho em suas mãos, ainda de olhos fechados, errando nitidamente o que eu estava fazendo. Micael prendeu meus mamilos diante de seus dedos, circulando com força. Beijou meu pescoço antes de mordiscar minha orelha.

Arfei pois havia sentido bem mais do que aquilo. Remexi minhas pernas querendo por mais, abrindo meus olhos e subindo em cima de Micael, o beijando.

Mal liguei quando vi a claridade vindo da janela. Eu não tinha tirado um cochilo, eu tinha dormido descaradamente no apartamento de Micael e ele não fez o favor de me avisar. Eu tinha que brigar com ele, mas agora, estava preocupada em tirar seu membro para fora e encaixar na minha intimidade, que estava extremamente pronta.

Micael subiu a camiseta larga mas parou quando escutou a campainha tocar, aquela hora da manhã.

— É a campainha? — Franzi meu cenho, um pouco desnorteada.

— É sim.

A campainha tocou de novo.

— Fique aqui! — Micael me tirou de cima dele, se vestindo rápido.

— Como eu vou ficar aqui? E se for a Lorelai? — Me desesperei.

— Debaixo da cama, rápido! Rápido! — Quase me empurrou quando eu passei por ele.

Vesti a camiseta novamente e me escondi debaixo da cama, rezando para que não fosse Lorelai.

Eu não estava tendo visão de nada, afinal, o quarto de Micael era afastado da sala. E ele havia feito o favor de fechar a porta do quarto.

— E agora? — Perguntei para mim mesma, com medo do que poderia vir.

Tentei sair mas voltei meu corpo quando escutei uma voz familiar.

— Por que você não me atendeu, Micael? Eu te liguei várias vezes depois que sai da biblioteca. — Abri minha boca, incrédula.

Era ela!
E eu, sou uma pessoa morta agora.

Meu Professor - Coast | 2ª Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora