— Washington DC, (CCOR)
Eu estava de volta ao meu "lar", mesmo que fora do meu tempo. Eu estava voltando para o lugar onde havia nascido, não crescido, mas sim nascido e mais tarde revivido.
A arquitetura antiga dos bairros fundiam-se com as modernas instalações da central. Restrições e sinalizações indicavam que estávamos entrando no terreno onde os homens e mulheres eram responsáveis pelas nossas vidas e pelo futuro.
Passamos por uma primeira rua que se estendia por um quilômetro e chegava a uma farmácia popular de dois andares, na rua que se seguia à direita já era possível ver a torre da Central. De longe ela lembrava um prédio íngreme e pontiagudo, era imponente, nenhuma outra construção em pé era parecida com aquela estrutura de metal cinzenta. Janelas pontuavam e ricocheteavam as luzes fantasmagóricas e o logotipo da central que lembrava a bandeira americana estava lá, dando esperança para todas as pessoas.
— Calma aí, esse aqui só tem um cavalo de potência.
Por mais engraçado que tivesse sido a referência, eu não conseguia rir; o ar rarefeito me afetava mesmo usando a máscara, as cores esverdeadas do ambiente dificultam a minha visão, eu sei que estou exigindo mais do Jambo a medida em que nos aproximamos, mas eu sei que o motivo é por eu não saber o que eu vou encontrar.
James Vaughn prometeu que eu daria de cara com algo que me deixaria sem palavras, que mudaria tudo, e a minha intuição dizia que algo terrível havia acontecido ou que no mínimo alguém de lá me contaria algo.
O que mais eu precisava saber, meu Deus?
O que mais faltava me contar?
O caminho parece mais longo e imensamente mais doloroso por eu não saber de nada do que se soubesse e tivesse vindo às pressas para resolver.
Porém, o meu desespero nos colocou em risco.
Eu havia me esquecido que estavamos em um apocalipse zumbi.
Infectados surgiram dos escombros; puladores de pele vermelha, comuns cambaleantes, Mutantes fortes.
Theo viu o que estava acontecendo.
— Me da uma katana.
— Sabe usar?
— É só uma faca longa.
— Ok!
Parei o Jambo com distância o suficiente para que ele não fosse atacado, mas a primeira coisa que ele fez foi pular sobre as duas patas, enganchando os meus pés na cela e eu literalmente voei por cima da cabeça dele e bati com o cotovelo no calçamento antes de vê-lo escoicear para trás; acertou a minha coxa e eu gritei de dor, porém, pior, ele saiu trotando até mesmo por cima dos carros onde escorregou e foi ferido por um dos Infectados antes de sair correndo.
Theo me ajudou.
Um segundo apareceu atrás do carro e o destruiu quando usou suas mãos para separa-lo e rugiu.
— Nada bom.
— Estou bem — acenei, pegando a outra katana.
Para onde Theo apontava, havia mais cinco. Todos eles tinham a pele na cor avermelhada com pontos verdes, gosma verde saindo pela boca e roupas em frangalhos.
Partimos para cima deles. Um gordo tentou morder o meu braço, mas eu virei e passei por cima dele enfiando minha espada no seu pescoço e puxando para cima.
Depois da execução restou apenas um na primeira onda, uma mulher de cabelos curtos.
Eu pensei que a pegaria pelas costas distraída, mas ela simplesmente virou e me derrubou, fazendo minha espada cair, "Theo!", Não consigo gritar por estar sendo sufocada com suas unhas que penetram meu pescoço. Ela tentou me morder e eu desfiei, segurei seu crânio tentando arrancá-lo, mas ela era forte e persistente. Então ela mordeu meu pescoço ferozmente logo começando a rasgar minha garganta, eu perdi os sentidos pelo sangramento leve que começou a surgir, me engasgando.
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Projeto Maggie
HorrorO Virus Maltad transformou homens em criaturas-infectadas quando, na esperança de encontrar uma solução para a sua rápida disseminação e alta taxa de contágio, a humanidade criou um desastre biológico que mutou o seu próprio DNA. Em uma sociedade en...